GameXP 2018: Assassin’s Creed Odyssey terá a guerra como o coração do game
Em um primeiro momento, ao olharmos Assassin’s Creed Odyssey, imaginamos que o game pode ser “apenas” um upgrade de Origins. Afinal, temos um plano de fundo parecido. Épocas semelhantes que facilitam a engine do game. Mas, ao jogar a demo disponível na GameXP, recém chegada da Gamescom, dá pra observar que a Ubisoft quer expandir conceitos com a aventura grega.
Pudemos participar da batalha de navios. Diferente do que já estamos acostumados nos games da série com navios, aqui não há velas e nem bala de canhão. Ou seja, é preciso usar de estratégias diferentes, como jogar o navio (caso seja preparado pra isso) em cima de seus rivais. Ou ainda, se aproximar mais para as flechas chegarem no navio inimigo.
Também não há velas. São homens remando a todo tempo, e é possível fazer com que, por um breve período de tempo, seus homens remem mais rápido, aproximando ou fugindo de encrencas. Assim, os mares do game prometem ser mais hostis do que os encontrados em Origins.
Conversei com Pablo Toscano, diretor de animação do game. Toscano, que já participou de vários games da série, desde o primeiro, passando por Brotherhood, Revelations e mais recentemente, em Unity, nos comentou detalhes sobre o game. Perguntei sobre a mitologia grega, já que os personagens estão mergulhados nela. Os personagens acreditam em deuses e suas lendas. Isso fará com que estes elementos estejam sempre vivos, mesmo ao observar uma estátua e ouvir comentários deles durante as jornadas.
Odyssey também terá um interessante sistema de economia. Toscano nos disse que, como mercenário que você será, terá a oportunidade de cumprir contratos, e ganhar um bom dinheiro com isso. Como você está em um ambiente de guerra, entre atenianos e espartanos, há interesses políticos em jogo, e muitos serviços poderão ser solicitados a você. Assim, você poderá ser chamado por um líder político para matar o seu rival, ou intervir em algumas batalhas. A guerra será o centro da economia do game, e poderá te ajudar a conseguir muitos recursos através dela.
Guerras e “novos” navios
Falando em guerras, teremos batalhas entre 300 guerreiros no game. Sobre isso, o diretor nos explicou que colocar 300 guerreiros é um desafio tecnologico. Eles estarão lutando entre si de maneira sincronizada, dando a sensação de batalha. Mas, ao encarar um guerreiro, ele entrará em contato direto com seu personagem. E a sua luta com ele será igual a todas as outras que estarão no game. Embora a luta seja “coreografada” ao fundo, todos os guerreiros poderão ser confrontados por você. Execuções poderão ser feitas em série. E assim, o game promete entregar grandes momentos com este modo.
Para Toscano, desenvolver um game é uma “grande ilusão”. É usar bem os recursos que você tem, para apresentar um ambiente em que centenas lutam. Como animações, mas, ao confrontar um NPC, ele “automaticamente” consegue entrar no game, e brigar com você. A impressão de guerra, assim, fica bem realista e interessante. Além de cinematográfico.
E, finalizando, os navios. Os navios não terão mais as mecânicas de Assassin’s Creed IV e seus derivados. Assim, Toscano nos explicou que as capacidades limitadas darão lugar a um novo elemento. A tripulação. Você precisará de homens fortes para remar, aguentar tranco e atirar flechas. Então será preciso recrutar bons homens para aumentar o poder de ataque, velocidade e defesa do navio.
Com foco na guerra entre Atenas e Esparta, a possibilidade de controlar Alexios e Kassandra, a primeira protagonista mulher da série, batalhas de navio e guerra entre 300, Assassin’s Creed Odyssey chega no dia 5 de outubro, para Playstation 4, Xbox One e PC.