Glitch Gazette: A zine de um brasileiro com a premissa de responder uma profunda questão
O grupo independente brasileiro Loud Noises apresentou um novo projeto, uma espécie de zine digital que une diversos desenvolvedores, artistas e personalidades do mundo dos games para responder duas profundas perguntas.
Por que você faz jogos ou se envolve com jogos?
Uma lição de vida que você aprendeu e gostaria de passar para os outros.
Várias pessoas envolvidas na cultura gamer devem ter pensado nestas questões e a Glitch Gazette pretende respondê-las com a ajuda de um super grupo composto por produtores, críticos, jornalistas e amantes de videogames. Andre Asai, que é um terço do grupo indie Loud Noises, apresenta este incrível projeto repleto de ensaios sentimentais e significativos envolvendo estes dois pensamentos.
Só para ter uma ideia, o criador de Canabalt, Adam Saltsman, o escritor da Indie Game Mag, Joel Culture, e os brasileiros Danilo Dias (Oniken e Odallus), Amora B. (Out There Somewhere e Towerfall), Glauber Kotaki (Rogue Legacy) e várias outras personalidades do mundo dos jogos estão na lista para participar do projeto.
A zine, que será publicada digitalmente e impressa em forma de um livro de 100 páginas, pretende criar uma experiência completa, com ensaios, diferentes respostas, ilustrações da artista Camila Torrano, José Osmar e do próprio André, além de uma trilha sonora composta por William Poleto para criar o clima animado de Glitch Gazette.
Neste momento, André esta tentando sua sorte pelo Indie GoGo para que os custos de ilustração, tradução profissional e composição da trilha sonora sejam quitados, e para que tudo dê certo a modesta quantia de US$ 2,600 será o bastante.
O projeto é bem interessante e se pararmos para pensar, não acredito que exista algo como um livro de ensaios para a posterioridade em nossa cultura. Videogames fazem parte de uma estrutura tão imensa quanto outras formas de entretenimento, com inspirações, ambições, conceitos e todo este significado por trás da criação; Assim como vemos um certo estilo de direção no movimento da câmera, um pequeno detalhe no roteiro ou até um tique nervoso desenvolvido pelo ator para o seu personagem em um filme, o mesmo vale para jogos eletrônicos graças aos personagens tomando forma durante a narrativa do jogo, a escolha no design em cada fase e todas as inspirações tomadas para criar inimigos, cenários e o jogo por inteiro.
E é interessante ver como que estas duas pequenas perguntas conseguem desenrolar uma discussão tão profunda e tocante, é só acessar no demo disponivel em sua página do Indie GoGo que você verá uma pequena amostra de Glitch Gazette, com as respostas de Glauber Kotaki, Terri Vellmann (Heavy Bullets), Sophie Houlden (BANG BANG BANG!) e Przemyslaw Sikorski (QbQbQb). E se você quiser se aprofundar ainda mais no tema, recomendo a série 31 Gaems do Overloadr, que está em parceria com o Loud Noises e publicará ensaios semanais que farão parte do Glitch Gazette, e para começar em grande estilo, Thais Weiller, do já mencionado Oniken e Odallus, expressou como Super Metroid fez parte de suas inspirações profissionais e emocionais.
Então se você esta envolvido em videogames de alguma forma, aconselho que preste atenção neste projeto e veja o que cada desenvolvedor, artista e crítico tem a dizer sobre videogames em todas as suas formas culturais, emocionais e profissionais.
E você, chegou a pensar nestas duas perguntas a respeito das coisas que você mais ama? Não estou falando somente de videogames, mas sim da sua vocação, daquilo que você tem mais interesse e paixão na vida. Se tiver a resposta, compartilhe ela nos comentários e participe da discussão, afinal, quanto mais visões e opiniões diferentes, melhor!
(Via: Indie GoGo, Overloadr)