James Cameron “vai pro VAR” e confere se Jack poderia ter sobrevivido na porta do Titanic
Uma das teorias mais faladas da história do cinema aconteceu por causa de Titanic. O fenômeno de crítica e público, que arrebatou quase todo mundo para os cinemas (e locadoras), levou 11 estatuetas do Oscar e fez com que todas os professores de inglês do planeta Terra usassem a Celine Dion para ensinarem o idioma, conta com um momento que é discutido até hoje, 25 anos após a sua estreia.
Com certeza você sabe que discussão é essa. É aquela que diz que Jack poderia também ter sobrevivido se ele tivesse subido na porta em que deixou a Rose, no final da história. Há quem leve isso na brincadeira, mas também há quem leve isso como um tom mais crítico, alegando que tal situação foi um erro ‘grave’ de enredo.
Por isso, James Cameron resolveu, de uma vez por todas, tirar esta situação a limpo, “recorrendo ao VAR” para saber se Jack poderia ter sobrevivido ao incidente e também estar vivo por mais 84 anos, ou se o personagem, vivido por Leonardo DiCaprio, não teria chance nenhuma de sobreviver, mesmo se tivesse subido na tal porta.
O cineasta resolveu investigar as alternativas que Jack e Rose possuíam para se salvarem no caos proporcionado pelo afundamento do navio. Cameron se uniu com uma equipe de especialistas e dois atores, para um especial sobre os 25 anos do filme exibido no National Geographic. Eles reproduziram a cena da porta, para tirar a teima de vez.
Eles tentaram quatro cenários diferentes, para ver se Jack teria chances de continuar vivo com Rose. Os atores Josh Bird e Kristine Zipfel, que reviveram Jack e Rose, enfrentaram os mesmos obstáculos que o casal durante o naufrágio do filme. Isso inclui o momento em que Rose quase foi afogada por outro passageiro.
E, em uma das tentativas, Jack conseguiu sim se equilibrar na porta. “Ele está estabilizado. Chegou a um ponto em que poderia ter sobrevivido até que o bote salva-vidas chegasse”, afirmou Cameron. O diretor assume que Jack poderia ter sobrevivido, mas defende o seu roteiro ao afirmar que o protagonista pensava, naquele momento, apenas na segurança de seu amor.
“Jack poderia ter sobrevivido, mas há muitas variáveis”, afirmou o diretor, que defende que este deveria mesmo ser o fim de Jack. “Acho que o processo de pensamento dele foi: ‘Não vou fazer nada que coloque Rose em risco’, e isso é 100% do personagem”.
Quem concorda com Cameron é a própria Rose. Kate Winslet, em entrevista no ano passado, também falou sobre o assunto, acreditando que apenas ela sobreviveria ao naufrágio. “Tenho que ser honesta: não acredito que teríamos sobrevivido se tivéssemos subido naquela porta. Acho que ele caberia, mas teria tombado e não teria sido uma ideia sustentável”.