Jogamos a demo do remake de Resident Evil 2, que promete ser um dos grandes games de 2019

2 de agosto de 2018

Jogamos a demo do remake de Resident Evil 2, que promete ser um dos grandes games de 2019

Na WB Summit, realizada ontem em São Paulo, os jornalistas participantes puderam, ao final da apresentação, que contou com apresentações de games como Mega Man 11, Hitman 2, Assassin’s Creed Odyssey e Battlefield V, testar alguns games disponíveis no local. Entre eles, o remake de Resident Evil 2, para sentirmos um pouco do que será o retorno a Raccoon City no sombrio dia de 29 de setembro de 1998.

De cara, a sensação que o jogo oferece, para quem desbravou delegacia, esgoto, e laboratórios em Raccoon City há 20 anos, é a de que você está perdido dentro da própria casa. Os cenários são os mesmos, a situação é a mesma e os personagens, idem. O “problema” é que os novos gráficos, a nova dinâmica de gameplay e cenários mais realistas, no que diz respeito a uma delegacia abandonada devido ao caos que se instalou no lugar, faz com que você fique “perdido” com tanta novidade em um lugar que você provavelmente conhece tão bem.

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Este desconforto, sabiamente implementado pela Capcom, continua na hora do gameplay. Com melhorias na câmera de ombro, inaugurada em RE4 e, que após ter seus altos e baixos, enfim o estilo se encaixou com o estilo de jogo. Como RE2 não é um jogo de ação, a visão ajuda muito na exploração, especialmente em locais com pouca luz, que obrigará Leon a usar uma lanterna. Além disso, é bacana ver a transição de portas, uma vez que, se não há mais a clássica animação tensa do abrir de portas, temos no lugar a câmera que chega mais perto do rosto do personagem, dando margem a diversos sustos que podem acontecer a todo momento.

Falando em sustos, o jogo promete vários. Desde corpos jogados pelo cenário, pendurados em vários locais que podem cair em cima de você, até zumbis que aparecem em vários locais. E não pense que atacar os zumbis será apenas na base do “mirar” na cabeça. Percebi no gameplay que vamos lidar, de maneira mais tensa, com limitações, seja de espaço em itens, como na munição, afinal, estamos em um ambiente de sobrevivência, e não em uma guerra.

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Além da escassez, o gameplay também chama atenção por estar bem atualizado, mas sem perder seus elementos clássicos. Acessar o mapa (lembrando que você precisa procurá-lo antes pela delegacia, assim como antes) ficou mais fácil com o toque no botão de toque do PS4, assim como mirar, atirar, e jogar a faca. Um botão de correr ficou esquisito no L1, mas no geral, tudo está bem funcional e demonstrando capricho, e olha que estamos falando de um game que ainda tem seis meses para ser lançado.

No mais, tudo o que você adora em RE 2 está lá: as peças que precisam ser recolhidas para abrir passagens, os itens que são importantes para avançar no jogo, os personagens que aparecem durante a jornada e ampliam a história, várias criaturas mortais que vão te dar trabalho toda hora, e os adorados puzzles, que fritavam nossos cérebros e, pelo visto, vão fritar muito mais.

Por fim, os gráficos. Com a intenção de reimaginar os eventos de Resident Evil 2, os cenários ajudam muito. Há mais drama nos cenários, coisa que o pré-renderizado de 1998 não permitia. São cadáveres espalhados, muita bagunça e cenas que mostram que houveram momentos caóticos antes de você passar, com rastros de sangue e tudo.

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O próprio saguão da delegacia, que se mostra muito bonito na versão de PS2, está de pernas para o ar, apresentando assim os momentos de pânico que os policiais ali viveram após sofrerem com a corrupção de seu chefe, Brian Irons. E há até uma forma de nostalgia no jogo, como notebooks utilizados naquela época e toda a tecnologia do final dos anos 90 disponível na delegacia, que dá um ar de saudade para quem viveu aquela época.

Resident Evil 2 tem uma história cinematográfica, e muito rica. Arquivos e situações ajudam o jogador a entender muito sobre os eventos do primeiro jogo, e sobre as atividades sombrias da Umbrella. Com este remake, a Capcom vai ajudar, e muito, a colocar o jogador ainda mais imerso neste rico enredo, com a promessa de que várias situações, assim como o remake do RE original, possam somar ainda mais na história.

Tudo em RE 2 está ali por alguma razão, incluindo os quadros espalhados, peças que abrem portas e documentos encontrados. E será incrível conhecer mais sobre este caos, além de vivenciar novamente, com a promessa de maior impacto, os eventos com Ada, Sherry, Irons e todos os outros que ali estão.

Resident Evil 2, que promete desde cara ser um dos grandes games de 2019, chega no dia 25 de janeiro para Playstation 4 e Xbox One, e terá legendas em português, como confirmado no evento da WB Games. A versão testada foi a de PS4 Pro.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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