O jogo japonês de estupro que causou polêmica mundial
Games são usados para simular as mais diversas situações: guerras, partidas de futebol, histórias fantasiosas e até mesmo cirurgias. Portanto, o que você pensa de um jogo que simula um estupro?
O game se chama RapeLay e começa em uma estação de metrô, onde uma moça nota que você está olhando para ela e pergunta se ela pode lhe ajudar em alguma coisa. A partir daí, o jogador pode escolher seu “método de ataque” – levantar a saia dela, agarrá-la, etc.
Não contente, o jogador pode segui-la dentro do metrô, onde “amigos” podem se juntar ao gamer. O jogador ainda pode engravidar a menina e depois forçá-la a fazer um aborto. O motivo por trás do ataque, segundo o jogo, é que a menina está lhe acusando de assédio sexual e você quer vingança.
Veja abaixo um pequeno vídeo do jogo:
https://youtu.be/a54Pu9dTJfQ
Um jogo como esse obviamente já gerou bastante polêmica, principalmente entre grupos feministas espalhados ao redor do mundo. Tiana Bien-Aime, do grupo feminista britânico Equality Now, ajudou a tirar RapeLay das prateleiras. “Um jogo como este não tem lugar no mercado”, disse Tiana.
No entanto, a proibição do jogo só serviu para ele se “popularizar”. É possível encontrá-lo na internet em dezenas de sites, às vezes até mesmo de graça. O que aconteceu com RapeLay é um motivo, segundo Tiana, para que os governos nacionais controlem a produção de jogos pornográficos.
“Obviamente, é difícil proibir este tipo de atividade na internet. Mas os governos têm um papel para regular este tipo de pornografia extrema, tanto em seus países quanto na internet”, disse a ativista, que afirmou entrar em contato com o governo japonês “para banir todos os jogos que promovam ou estimulem violência sexual, tortura sexual, perseguição e estupro contra mulheres e meninas”.
Jogos como este são famosos no Japão. São os chamados hentai games. Eles são facilmente encontrados em lojas de games e produtos eletrônicos no país. E quem pensa que isto é coisa recente, está enganado. Jogos como RapeLay são produzidos há anos, mas sem a internet, eles ficavam restritos aos japoneses. Agora, qualquer jogo é facilmente digitalizado e distribuído pela rede, principalmente para os PCs, que contam com grande facilidade de executar arquivos diversos, o que incluem jogos japoneses, que até um tempo atrás, ficava restrito a videogames desbloqueados, sem travas de região.
Curiosamente, existe uma legislação no Japão a respeito da pornografia — as genitálias ficam obscuras em qualquer tipo de conteúdo pornográfico, até mesmo em conteúdo animado. No entanto, não há nada que impeça ou limite a criação de jogos como RapeLay.
Todos defendem a liberdade de expressão e de criação, mas em casos como este, não teria sido melhor ter uma espécie de legislação que impeça ou limite a criação de um jogo de gosto duvidoso? Será que desta vez os desenvolvedores de games não foram longe demais?
(Via CNN)