Confira como foi a edição do Lollapalooza onde os videogames foram importante atração do festival

6 de março de 2015

Confira como foi a edição do Lollapalooza onde os videogames foram importante atração do festival

Videogames e música estão eternamente ligados. Foi com este pensamento em mente, que em 2003 o Lollapalooza foi mais que um festival de música, sendo uma espécie de “mini-E3“, com jogos e muito mais.

O Brasil está perto de receber um de seus grandes festivais de música de 2015. O Lollapalooza já é uma marca estabelecida em nosso país e nos dias 28 e 29 de março, em São Paulo, trará atrações como Robert Plant (do Led Zeppelin), Smashing Pumpkins, Interpol, a “Cassia Pitty Cage” e muitos outros artistas. Saiba mais sobre o evento e suas atrações no site do festival.

Mas você sabia que em 2003 o festival também foi um interessante ponto de encontro para gamers?

Nesta época o festival, que nasceu em 1991 com Perry Farrel, vocalista do Janes Addiction e apresentou bandas em turnês itinerantes do calibre de Pearl Jam e Metallica, estava passando por um longo hiato, pois sua última edição havia sido em 1997. E quando decidiram retornar com os shows, com a geração Y (pessoas nascidas entre a década de 80 e 90, que tinham seus 20 e poucos anos na época) já estabelecida, procurou um parceiro de impacto para se unir a todas as bandas descoladas da época, como o Incubus e o Audioslave. O parceiro existia e se chamava Microsoft.

Confira como foi a edição do Lollapalooza onde os videogames foram importante atração do festival

O autódromo de Interlagos tem bastante espaço e colocar uma tenda de jogos não seria má ideia, hein?

Na época a Microsoft já contava com seu primeiro Xbox no mercado e apesar de não contar com o mesmo impacto que seus outros consoles mais a concorrência de Playstation 2 e Gamecube, estava caminhando bem e estabelecendo suas próprias franquias, como Halo, por exemplo.

O apoio para inserir os videogames no evento contou com o aval do próprio idealizador do Lollapalooza, Perry Farrel, que disse em nota da Microsoft na época que: “Adoro desafios, e enquanto estou na estrada, curtia meu Xbox. Estamos praticando nossa música para a turnê e nossas habilidades de videogame para os torneios.”

Confira como foi a edição do Lollapalooza onde os videogames foram importante atração do festival

Project Gotham 2 foi um dos jogos do momento que estavam disponíveis no festival.

Isso mesmo, torneios. Um pavilhão no centro dos locais por onde o evento passava (era itinerante nesta época) trazia concursos, jogatina livre de jogos como Tony Hawk Underground, True Crime e Project Gotham 2, além de torneios de jogos, da mesma maneira que temos hoje de maneira “obrigatória” em vários eventos. Entre os shows, os participantes do festival podiam testar durante todo o dia os jogos e a Xbox Live, que ainda era novidade em 2003.

“Este patrocínio é ideal, pois videogames e música estão intrinsecamente ligados”, explicou Michael Kassan, especialista de mídia e entretenimento da época de Xbox que ajudou na união das duas marcas. “Sabemos que o Xbox é uma marca que os fãs do Lollapalooza querem ter em suas mãos e agora eles podem.”

O vice-presidente corporativo de marketing da Xbox na época, Mitch Koch, também se pronunciou a favor da união: “Sabemos o quão próximo os públicos de ambas as marcas estão uma da outra, o que aproveitou a oportunidade de sermos patrocinadores com a turnê, oferecendo aos fãs a combinação de tecnologia e entretenimento que tem conquistado os Estados Unidos.”

O Audioslave era um dos fenômenos musicais da época e atração do Lollapalooza 2003.

O Lollapalooza 2003 contou com o selo “apresentado por Xbox” em todas as referências ao evento, incluindo publicidade, ingressos, anúncios de rádio e muito mais.

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Tudo envolvendo o Lollapalooza 2003 contou com o “apresentado por Xbox”

Como estamos vivendo uma época onde os videogames fazem cada vez mais parte da vida das pessoas, tanto dos gamers hardcore quanto os casuais, fica aí a sugestão para os organizadores do próprio Lollapalooza BR ou de outras programações inserirem os videogames em suas programações. Até porque estamos falando de um festival aberto, com várias atrações e momentos onde as pessoas saem dos palcos para trocar uma ideia ou descansar. Um espaço destes seria algo interessante, se bem planejado.

E você que nos lê — e vai no festival — acha isso uma boa ideia?

Via (Microsoft) Fotos (Lollapalooza)

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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