Lynyrd Skynyrd segue eterno ao celebrar seus 50 anos de história em São Paulo
A história do Lynyrd Skynyrd será mantida por mais do que os 50 anos que a banda já possui de legado. Com todos os seus membros originais falecidos, os representantes que subiram ao palco na noite de ontem (22) em São Paulo (e subirão hoje novamente, mas desta vez no palco do rodeio de Jaguariúna), fizeram questão de entregar um grande show, com tudo o que a histórica banda tinha para oferecer, mesmo em seus primeiros anos.
Com aproximadamente uma hora e quarenta e cinco minutos de música, a banda foi simples, e direta: subiu no palco, não deu respiro para o público durante todo esse tempo, mandando música atrás de música. Ás vezes, tal formato de show pode parecer robótico, sem graça, mas isso, com certeza, não aconteceu por aqui. Seus integrantes, principalmente Johnny Van Zant e Rickey Medlocke, esbanjavam carisma, dividindo suas participações no palco com o público.
Compartilhamento este que rendeu até visita de fã no palco. Nando Fernandes, vocalista do Sinista, foi para o show como um fã comum do palco Premium. Entretanto, munido de uma faixa pedindo para cantar, teve seu pedido atendido por Johnny e cantou com a banda Simple Man.
A banda começou com uma ótima sequência de porradas, com Workin’ for MCA, Skynyrd Nation, What’s Your Name e That Smell, tudo de uma vez. Seguiu com I Know a Little, Whiskey Rock-a-Roller, Saturday Night Special e The Ballad of Curtis Loew, com Tuesday’s Gone sendo dedicada para Gary Rossington, o último membro original remanescente do Lynyrd Skynyrd, que faleceu em março deste ano.
Depois tivemos Gimme Back My Bullets e Simple Man, quando o sortudo Nando cantou com a banda no palco, dizendo no final que “é mais um guerreiro do rock”, e que sempre foi um divulgador da banda, muito emocionado no palco. Além de cantar, ele teve a liberdade de ir expressar seu carinho para cada membro da banda, incluindo as backing vocals que somavam no show.
A banda fez mais uma sequência com Gimme Three Steps, Call Me the Breeze e Sweet Home Alabama, que por ser uma das músicas mais famosas da banda por aqui, foi cantada a plenos pulmões. E no final, como deveria ser, Free Bird, que agora, além de trazer um dos maiores solos da história do rock, também é usada para homenagear todos os membros originais da banda, que hoje descansam em paz. A música foi cantada por Ronnie, obviamente em um telão, como forma de homenagear não apenas ele, mas todos os membros que passaram pela histórica banda.
Um show do Lynyrd Skynyrd hoje é formado totalmente por admiradores da banda. Seja Johnny Van Zant, irmão de Ronnie e, por isso, com laços de sangue com o grupo, mas também passando por Rickey Medlocke, um dos membros atuais de maior tempo de banda, ou Damon Johnson, o membro mais recente, que substituiu Rossington após sua passagem, todos os que no palco estão são admiradores do legado do Lynyrd Skynyrd. É notório ver o respeito que possuem pela história da banda e como se esforçam para entregar não só um show, mas uma homenagem em forma de um legítimo show que ostenta este nome icônico.
O que é somado pelos fãs, que certamente estão ali nos shows pela mesma admiração. Logo, o resultado final de um show do Lynyrd Skynyrd, hoje em dia, é diferente. Não estamos apenas falando do desempenho de uma banda em um palco, e sim de uma rara conexão entre fãs, uma banda que representa legitimamente um legado de 50 anos de Rock’n Roll, e o próprio legado de um grupo que marcou, para sempre, a história da música.
Vida longa ao Lynyrd Skynyrd.
