Mais uma vez, a Nintendo reforça que seu foco é a diversão, e não a tecnologia

23 de outubro de 2019
Mais uma vez, a Nintendo reforça que seu foco é a diversão, e não a tecnologia

Até os dias de GameCube, a Nintendo sempre buscou oferecer consoles que, ao mesmo tempo que ofereciam diversão, contavam com importantes avanços tecnológicos. O Mode 7, do Super Nintendo, é só um de muitos exemplos neste sentido. Mesmo assim, a excelência tecnológica nunca foi a prioridade extrema. É só ver o Game Boy monocromático, em meio a outros portáteis de sua época, todos coloridos e com luz própria.

Entretanto, com a chegada do Wii, a Big N mudou de postura, pra valer. A empresa começou a ignorar o avanço tecnológico, propondo um foco maior no gameplay e na diversão. Wii U e Switch, seus sucessores, nunca quiseram chegar perto do que Sony e Microsoft faz com seus consoles, recheados de 4K, teraflops e tantos outros elementos que são comuns na indústria.

E, para reforçar esta posição, o presidente atual da Nintendo, Shuntaro Furukawa, em entrevista à TIME, deixa bem claro: o que é importante na Big N, afinal de contas, são os seus jogos, personagens, e a liberdade criativa. O presidente afirmou que sempre terá a liberdade de experiências entre suas decisões, enquanto encoraja suas equipes a tentar coisas novas.

“A Nintendo é a Nintendo por causa de seus jogos, personagens e IPs. Por isso, dar a nossas equipes a liberdade de experimentar novas ideias é algo com o qual eu concordo fortemente”, explicou, na entrevista. “A expansão não pode acontecer sem a liberdade de experimentar algo novo, e a coragem de entrar em terreno desconhecido”.

Mais uma vez, a Nintendo reforça que seu foco é a diversão, e não a tecnologia
Shuntaro Furukawa, presidente da Nintendo

Furukawa acredita que o entretenimento e a diversão é muito mais importante do que a tecnologia, o que reforça a postura da Big N, que já dura mais de uma década, com a chegada do Wii. O presidente explicou que a Nintendo só abraçará as novas tecnologias, se elas acrescentarem algo à experiência do consumidor, e deixar o jogo mais divertido.

“Não só o streaming, mas qualquer tipo de tecnologia, se vai ser boa ou não para o consumidor, depende da qualidade da experiência que podemos fornecer. A Nintendo continua a procurar novas maneiras de aumentar a diversão que as pessoas podem ter através de sua experiência de jogo”, esclareceu.

A Nintendo, ao seu modo, navega em novas tecnologias. Apesar de funcionar só no Japão e ter um modelo totalmente diferente de Stadia e xCloud, a Big N trabalha com streaming, por hora, com Resident Evil 7 ou Assassin’s Creed Odyssey. Apesar de que, as próprias produtoras tem feito ports milagrosos para o console, o que anula essa necessidade. E, quanto ao VR, o Labo adquiriu funções em Realidade Virtual para alguns games.

Junior Candido

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