Melhores do Ano Arkade 2024: Dragon Age: The Veilguard
O histórico recente da BioWare, sobretudo a partir do momento em que a EA assume a gestão, sempre nos fez segurar um pouco no hype em relação a Dragon Age: The Veilguard (antes divulgado como Dreadwolf), jogo que sucede, praticamente uma década depois, o premiadíssimo Dragon Age: Inquisition.
Mesmo assim, seria impossível não aguardar com ansiedade uma das maiores e mais bem sucedidas franquias de fantasia medieval dos últimos tempos, que traria de volta alguns dos personagens mais icônicos da saga diretamente para uma nova geração. E a recepção mista com o material de divulgação trouxe mais dúvidas do que certezas sobre o game.
Finalmente lançado, Dragon Age: The Veilguard logo se tornou o centro de uma batalha cultural que, sinceramente, se prova cada vez mais absurda e despropositada, então não vamos nos alongar aqui em temas que não merecem tanto holofote, e vamos focar na essência do jogo que, mesmo com alguns tropeços, é realmente muito bom.
Com uma narrativa que se apropria bastante do passado recente, a proposta de um novo (ou nova) protagonista soa como uma ótima oportunidade para quem pretende adentrar esse universo sem os pré-requisitos da trilogia anterior. Ou seja, para novatos, é um jogo gentil e receptivo.
Na pele de Rook, a trama, que gira em torno das duas 50 a 60 horas, é emocionante e bem construída, mesmo sem a carga dramática excepcional que já vimos nos jogos anteriores. A construção de personagens é sólida, mas contida dentre o grupo que acompanha nosso herói, e muito da mitologia de Thedas fica em segundo plano.
O sistema de exploração se prova muito adequado ao formato da progressão, sem a necessidade de um mundo aberto excessivamente grande. No lugar, áreas amplas com um bom trabalho de level design ajudam a manter o foco e a executar missões principais e secundárias sem tantas distrações. É um jogo mais objetivo do que o esperado, e até mesmo mais direto que o seu antecessor.
Visualmente, há quem torça o nariz para um tom um tanto mais cartunesco — se comparado ao estilo mais sombrio a que já estamos acostumados –, mas considerando o conjunto, funciona, tal como o sistema de combate mais ágil, que entretanto abre mão de possibilidades estratégicas em favor dessa dinamicidade.
Dragon Age: The Veilguard certamente não atinge todos os maiores desejos de seu público, e provavelmente jamais conseguiria tal feito considerando as altíssimas expectativas criadas, mas mesmo tendo decepcionado um grupo significativo de jogadores, definitivamente tem o seu lugar de destaque dentre os melhores jogos de 2024 e merece uma chance para além do hate, da polarização e das discussões fúteis que nada tem a ver sobre a qualidade do jogo em si.
Compre Dragon Age: The Veilguard com desconto na Amazon.