Melhores do Ano Arkade 2024: Final Fantasy VII Rebirth

31 de dezembro de 2024
Melhores do Ano Arkade 2024: Final Fantasy VII Rebirth

Confesso que pensei muito se Final Fantasy VII: Rebirth merecia entrar em nossa lista de Melhores do Ano. Veja bem, eu gostei do jogo, e ele é a “parte 2” de um dos meus jogos favoritos da vida… mas ainda assim, eu saí dele tão cansado, tão letárgico, que quase me esqueci das suas qualidades.

Final Fantasy VII Rebirth tem a ingrata missão de ser “a parte do meio” de uma trilogia que é parte remake parte reimaginação (e meio que parte sequência) de um dos jogos mais importantes e influentes da história dos videogames. Corresponder às expectativas não é uma tarefa fácil.

Melhores do Ano Arkade 2024: Final Fantasy VII Rebirth

Final Fantasy VII Remake, porém, foi bem sucedido nisso. Até por ser um jogo mais linear, focado em Midgar, ele é expansivo, mas de forma contida, controlada. O que acrescentaram ao jogo sem dúvida deixou a experiência melhor, mais completa, aprofundou os personagens.

Final Fantasy VII Rebirth, porém, é onde o mundo do jogo se abre, e com isso chegam os problemas. O jogador precisa ter o que fazer neste mundo, composto por várias áreas abertas. Por isso, a Square Enix encheu o jogo de mini-games e atividades que vamos precisar repetir em cada uma dessas áreas — muitas delas não opcionais.

Melhores do Ano Arkade 2024: Final Fantasy VII Rebirth

Final Fantasy VII Rebirth parece um jogo da Ubisoft ali dos anos 2010. Nos coloca em mapas enormes, repletos de pontos de interesse, colecionáveis e missões repetitivas. E são mais de 5 grandes áreas abertas, com os mesmos tipos de objetivos em cada uma delas.

Essa missões “genéricas” costumam render boas recompensas (como novas Summon Materias, por exemplo, o que faz delas nem tão opcionais assim. E adivinha só: para liberar o mapa, precisamos ativar torres! Isso já era chato em jogos da Ubisoft de uma década atrás. Em um JRPG, além de chato ainda parece deslocado e datado. Olhe a imagem abaixo: “ative a torre de comunicação” é o tipo de missão que não deveria existir em Final Fantasy — a menos que fizesse sentido para a história.

Melhores do Ano Arkade 2024: Final Fantasy VII Rebirth

Sei que estou falando “mal” do jogo, mas é justamente porque colocar ele nessa lista foi uma decisão difícil. E, como um grande fã de Final Fantasy VII, eu não queria ter precisado pensar tanto para incluir o jogo em uma lista de Melhores do Ano.

A verdade é que, quando ele não está testando a paciência do jogador com mini-games bestas, ele é excelente. Os personagens são ótimos, a narrativa é interessante, as missões principais são empolgantes e o sistema de combate é incrível. Porém, todas estas partes boas estão diluídas ao longo de um game inchado, cansativo, que dura muito mais do que precisava durar.

Melhores do Ano Arkade 2024: Final Fantasy VII Rebirth

Por tudo isso, ele acabou deixando um sabor meio amargo. Eu sigo amando este mundo e estes personagens, mas odiei a forma como a Square Enix esticou o game até quase o ponto dele arrebentar. Não sei você, mas eu prefiro um jogo que dure 30 horas e seja bom ao longo de toda sua duração do que um que dure 130 horas e tenha 100 horas de encheção de linguiça.

É um dos Melhores do Ano, sim, mas com ressalvas. Que os desenvolvedores encontrem um meio termo saudável entre Remake e Rebirth no game que vai encerrar esta trilogia.

Relembre nossa análise de Final Fantasy VII Rebirth.

Compre Final Fantasy VII Rebirth na Amazon.

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

Mais Matérias de Rodrigo

Comente nas redes sociais