Mortal Kombat será um filme violento, mas não no nível dos games, diz produtor

17 de março de 2021
Mortal Kombat será um filme violento, mas não no nível dos games, diz produtor

Os trailers do novo filme de Mortal Kombat agradaram muito os fãs, por mostrar muito do esperado: lutas, personagens bem caracterizados e violência. Entretanto, ao The Verge, o produtor Todd Garner disse que a violência do filme não será tão exagerada quanto o esperado pelos jogadores, e facilmente encontrado nos games.

“Somos como o Bambi, se comparados com o jogo”, disse Garner. Que continuou: “Somos como um filme classificado para menores em comparação o jogo. Os games são incrivelmente profundos em termos de violência, e a Motion Picture Association of America (associação que reúne os gigantes do cinema de Hollywood, e que oferece as classificações etárias para os longas) nunca nos deixaria fazer tanta violência”.

As lutas dos games de Mortal Kombat são extremamente violentas, sendo motivo de polêmica desde o primeiro jogo, de 1992. O Senado dos Estados Unidos discutiu muito sobre o game, rendendo assim, o nascimento da ESRB, órgão que cuida da classificação etária dos games. É muito comum no game ver sangue, pedaços humanos voando pelo cenário, golpes de arma, gente pegando fogo e todo tipo de brutalidade, potencializado nos Fatalities.

Hoje em dia não é diferente, com Mortal Kombat 11 Ultimate trazendo o melhor da franquia, e fazendo a alegria de seus fãs. Porém, o que funciona de maneira plena nos videogames pode não funcionar nos cinemas. Mesmo o primeiro filme, de 1995, apesar de ter conseguido agradar os fãs, não trazia a mesma violência dos games de sua época. Garner explica, então, que busca trazer o ambiente do game, mas tendo este cuidado com a violência.

“Estamos tentando fazer um filme onde você se preocupa com as pessoas, mas com fundamentos, um tom realista e com a violência vindo das regras do mundo as quais foram estabelecidas, mas não vamos apenas tentar fazer uma ‘pornografia de tortura'”, explicou. “Estamos tentando fazer algo que é fiel à propriedade intelectual, mas também queremos trazer algo motivado por personagens reais que parecem ter vivido vidas reais até o momento do longa”.

O diretor Simon McQuoid, em outra entrevista, explicou que queria sim incluir violência no filme, mas que também queria fazer algo autêntico. “Só queria fazer justiça ao Mortal Kombat. Trata-se de estudar e ver quais são os ingredientes fundamentais do Mortal Kombat. Quais são os principais elementos do DNA que tornam isso o que é?”, explica.

“Um deles, é óbvio, é a brutalidade. E o que eo gosto sobre este aspecto é que poderíamos ser autênticos. Não precisávamos conter as lutas: por exemplo, se alguém fosse esfaqueado na cabeça, ‘provavelmente o sangue cairia pelas costas'”, observa McQuoid.

13 minutos do filme foram exibidos para parte da imprensa, e o que se diz é que uma grande cena de luta com lâminas é um dos primeiros grandes momentos do filme, com direito a faca sendo cravada na cabeça de alguém, com sangue e tudo. Vale lembrar que Mortal Kombat Legends: Scorpion’s Revenge, de 2020, conta com muita violência e que poderia ser uma base sobre o que esperar.

O novo Mortal Kombat, o filme, chega aos cinemas e na HBO Max no dia 16 de abril. A plataforma chega ao Brasil apenas no final de junho.

Junior Candido

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