Nintendo: “Não podemos continuar um negócio sem vencer”

20 de janeiro de 2014

Nintendo: "Não podemos continuar um negócio sem vencer"

Com fracasso anunciado nas vendas de consoles, presidente da Nintendo diz que a empresa pode rever sua estrutura. Entenda o que está rolando na casa do Super Mario.

No final da semana passada, a Nintendo anunciou um corte bastante drástico na previsão de vendas do Wii U: a companhia, que esperava vender 9 milhões de unidades, agora aposta em apenas 2,8 milhões, uma queda de 70%. A previsão de vendas do 3DS também foi reduzida, passando de 18 milhões para 13,5 milhões de unidades.

O prejuízo causado pela queda nas vendas deve ultrapassar a marca dos US$ 300 milhões, um péssimo sinal que acabou derrubando as ações da empresa em Tóquio. Este já é o terceiro ano seguido em que a empresa fecha o período fiscal “no vermelho”.

Na esteira dos anúncios, o presidente da Nintendo, Satoru Iwata, garantiu que não vai resignar, porém assumiu a responsabilidade pelo mau desempenho dos consoles nas lojas. Segundo ele, o momento ruim exigirá mudanças na abordagem da empresa em relação à produção e venda de games e consoles.

Em uma entrevista coletiva, o executivo declarou que a gigante japonesa não pode continuar no ramo “sem vencer”:

“Estamos pensando em uma nova estrutura de negócios. Com a expansão de dispositivos smart, naturalmente estamos estudando como eles podem ser usados para aumentar nossos negócios. Mas não é tão simples como deixar o Mario ir para os smartphones”.

Nintendo: "Não podemos continuar um negócio sem vencer"

No final do ano passado, a empresa havia mencionado a intenção de explorar o mercado móvel com “pequenas experiências”. Dois dos últimos games exclusivos para aparelhos Nintendo (Super Mario 3D World e Pokemon X/Y) tiveram boa recepção de público e crítica, mas não aumentaram as vendas o suficiente para evitar o prejuízo.

O último console anunciado pela empresa foi o curioso 2DS, apresentado em agosto do ano passado. Vamos aguardar para ver o que a companhia fará para sair desta má fase.

(Via: CVG, G1)

Daniel Zimmermann

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