Confira nossa resenha de Missão Impossível 4: Protocolo Fantasma

20 de dezembro de 2011

Confira nossa resenha de Missão Impossível 4: Protocolo Fantasma

Depois de uma ausência de mais de 5 anos das telonas, eis que chega aos nossos cinemas – em uma época deveras conturbada – Missão Impossível 4: Protocolo Fantasma. Mesmo estreando no meio da semana e quase em cima das festas de final de ano, se puder, vá ao cinema conferir este filme, pois ele entrega a ação de tirar o fôlego que a gente já espera, mas desta vez com uma bem-vinda pitada de humor e, claro, muitos gadgets e efeitos especiais incríveis!

Embora seja recomendável que você conheça a série, o novo filme funciona muito bem de maneira independente, então, caso você não conheça e/ou não lembre da trilogia, pode ir ao cinema sem medo, pois você não vai ficar boiando.

Na trama, o famoso agente Ethan Hunt (Tom Cruise) é tirado da prisão para ajudar a IMF (Impossible Missions Force) em uma nova “Missão Impossível“: recuperar códigos de lançamento de armas nucleares russas que, nas mãos erradas, poderão gerar uma guerra nuclear entre Rússia e Estados Unidos.

O problema é que esta missão falha miseravelmente e, após uma série de problemas, Ethan acaba sendo acusado pelo atentado que destruiu o Kremlin (a enorme fortaleza que serve como base do governo russo) durante sua tentativa de reaver os códigos.

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A partir daí a coisa só desanda para eles: temendo uma retaliação russa, o governo dos EUA encerra as atividades da IMF. Sem a agência, Hunt e sua equipe devem agir por conta própria, rodando meio mundo não apenas para limpar seu nome, mas também para impedir que Cobalt, um perigoso terrorista, acione os mísseis e inicie uma guerra nuclear que devastaria o planeta.

Vale ressaltar que cada filme da série teve um diretor diferente e o atual, Brad Bird, já foi ganhador de dois Oscars, mas por animações: Bird é o responsável por dirigir grandes sucessos da Disney/Pixar, como os divertidos Os Incríveis e Ratatouille.

Isso não quer dizer que ele não sabe lidar com atores “de carne e osso”, muito pelo contrário: o andamento do filme é ótimo, os atores parecem muito a vontade e Bird ainda arranjou espaço para inserir uma boa dose de humor no filme. Não estamos falando de algo forçado ou pastelão, mas de um humor bem encaixado, que combina com a ação, deixando o filme mais leve e divertido.

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Boa parte deste humor vem do personagem Benji, interpretado por Simon Pegg. Se antes ele era apenas um personagem secundário, agora ele é um dos parceiros de campo de Ethan (que não pode se dar ao luxo de escolher sua equipe para esta missão), e rouba a cena com seu estilo nada heroico de se virar.

Claro que nem só de humor se faz um filme de Missão Impossível: precisamos de pancadaria, explosões, perseguições, gadgets mirabolantes e efeitos megalomaníacos. Em uma tela de IMAX tudo isso fica ainda mais incrível, então se puder pagar um pouquinho mais caro para ver o filme neste formato faça isso, pois vale o investimento.

Brad Bird consegue criar um filme onde uma cena de ação se encaixa na outra com um ótimo timing, deixando pouco tempo para a gente respirar na poltrona. O destaque vai para a já famosa cena de escalada na torre Burj Khalifa, que é o prédio mais alto do mundo, do alto dos seus 828 metros de altura.

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Claro porque, se é pra fazer algo insano, Missão Impossível chuta o pau da barraca de uma vez! O filme todo flerta com este espírito megalomaníaco, afinal, a mesma cena poderia ter sido rodada em milhares de outros prédios, mas, não, foram escolher logo o mais alto do mundo! Para acompanhar toda essa ação mirabolante, os gadgets dos agentes estão ainda mais incríveis!

Para escalar a superfície lisa da torre, Ethan usa luvas especiais que grudam em qualquer superfície (e até lembram um pouco as luvas deste game aqui). Esta cena é vertiginosa mesmo para quem está confortavelmente sentado em uma poltrona, pois a câmera nos lembra o tempo todo quão absurdamente alta é a Burj Khalifa, e isso é realmente impactante, especialmente na tela gigantesca de uma sala IMAX. O que rola dentro da torre também merce destaque, pois a maneira que eles arranjam para enganar os bandidos é muito criativa e rende uma das cenas mais tensas da película.

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Fora as luvas hi-tech, temos ainda uma BMW super estilosa com um GPS integrado ao para-brisa (que é touchscreen!), uma lente de contato que registra documentos e os envia (em tempo real) para uma impressora, um aparato nada discreto usado para projetar imagens, uma roupa imantada… isso para não mencionar os onipresentes iPhones e iPads dos agentes, que fazem coisas muito mais legais do que os de verdade!

Claro que nem tudo são flores, e há alguns momentos onde o filme abusa: com um bigodinho postiço e uma farda, Ethan entra no núcleo do governo russo sem ser detectado (?!). Mais tarde, uma tempestade de areia surge apenas para deixar uma perseguição mais emocionante, literalmente sumindo assim que a cena termina.

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Mesmo assim, há espaço para fugir de alguns clichês: não temos aqui um romance forçado entre o mocinho e a mocinha, ou a mensagem secreta que irá se autodestruir após cinco segundos. Quer dizer, até temos a mensagem, mas ela não se autodestrói, em mais um momento que deixa claro que a série evoluiu a tal ponto que pode até tirar um sarro de si mesma!

Resumindo, Missão Impossível 4: Protocolo Fantasma é um grande exemplo de blockbuster que funciona: temos um bom elenco que parece muito a vontade, cenas de ação de tirar o fôlego, humor na medida certa, uma trama intrigante e bem amarrada, efeitos especiais incríveis, adrenalina do início ao fim e, claro, alguns exageros aqui e ali. Uma ótima pedida tanto para quem é fã da série quanto para quem só quer curtir um bom filme de ação.

http://youtu.be/nB7f5gPoWKA

Missão Impossível 4: Protocolo Fantasma estreia nos cinemas de todo o Brasil nesta quarta-feira, dia 21 de dezembro.

P.S. Fala sério, o Tom Cruise com capuz e pinta de malvadão não ficou parecendo o Alex Mercer, protagonista do game Prototype?

Nota: 9,0

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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