O disco da banda Genesis que “desbloqueou o sangue” no primeiro Mortal Kombat
Existem coisas que apesar de bem distintas entre si, possuem uma conexão bem interessante, que garantem coisas bem curiosas. Caso da banda Genesis e o primeiro Mortal Kombat, dois elementos que nada tem em comum entre si, exceto por uma palavra só: Abacab, ou ABACABB, dependendo do seu ponto de vista.
O ano de 1981 testemunhou a chegada de um álbum que desafiou as expectativas e transcendeu as fronteiras do rock progressivo. “Abacab”, a obra-prima do lendário grupo Genesis, não apenas consolidou a posição da banda no cenário musical, mas também abriu novos horizontes sonoros, incorporando elementos que desafiavam as convenções estabelecidas.
Explorando as Faixas
O álbum “Abacab” do Genesis apresenta uma jornada musical eclética, começando com a faixa-título que combina composição intrincada, ritmos envolventes e os vocais distintivos de Phil Collins.
“No Reply At All” destaca-se pela fusão de pop e funk, enquanto “Me and Sarah Jane” explora temas de nostalgia e perda com habilidade lírica. “Keep It Dark” cria uma atmosfera misteriosa, e “Dodo / Lurker” oferece uma transição fluida entre experiências sonoras distintas.
“Who Dunnit?” desafia expectativas com experimentação musical, e “Man on the Corner” segue a jornada com uma melodia suave e reflexiva, destacando a versatilidade única da banda. O álbum ainda conta com “Like It or Not” e encerra com “Another Record”.
O disco que “libera sangue”
“Abacab” mostrou a capacidade da banda de se reinventar e explorar novas direções influenciou gerações subsequentes de músicos. As complexidades técnicas, as letras envolventes e a fusão de estilos estabeleceram “Abacab” como um marco na discografia do Genesis.
E, pelo visto, alguém que participou ao menos do port de Mortal Kombat para Mega Drive, curtia muito a banda, pois usou ela como referência para uma questão bem interessante. Como bem sabemos, o primeiro Mortal Kombat foi alvo de muitas polêmicas, por causa de sua violência que rendeu até audiências no Senado dos EUA.
E como naqueles dias videogame era mais conectado com crianças do que hoje em dia, os ports do game chegaram no Super Nintendo, Mega Drive e demais consoles sem sangue. Mas, pelos lados da SEGA, que queria ser mais descolada do que a rival, o sangue estava lá, bastando fazer um código, que era meio como “deixar escondido” o que todos queriam e assim, escapar da caça às bruxas naquela época.
Era preciso apenas, na tela de texto que aparece após o logotipo do desenvolvedor (Probe), pressionar A, B, A, C, A, B, B. O texto da tela ficará amarelo e Scorpion dirá “Get over here” para confirmar a entrada correta do código. E sim, o código é quase que o nome do álbum “Abacab“, mas ainda há outra coincidência nessa história.
A banda que gravou o disco se chama Genesis, que é o nome do console nos EUA. Assim, mesmo sem saber, Phil Collins e companhia “descobriram”, anos antes, que o “outro Genesis” teria apenas os botões A B e C, o que facilitou muito para que esta dica em Mortal Kombat fosse uma referência mais do que direta a um disco de uma banda que compartilha o mesmo nome dos 16-bits da SEGA na América do Norte.