O Kiss se despediu mas não disse adeus, já que vão continuar com avatares digitais
A despedida definitiva do Kiss dos palcos no último sábado, 02, no Madison Square Garden, em Nova York, não marcou apenas o encerramento da longa turnê de despedida End of The Road Tour (que veio duas vezes ao Brasil), mas também revelou ao mundo uma nova era para a banda, que agora continuará sua jornada como avatares digitais.
A notícia foi compartilhada no final do último show histórico do Kiss. Paul Stanley, o frontman, fez o anúncio durante a despedida, indicando que apesar da aposentadoria física dos membros, a banda inicia uma fase futurista com apresentações tecnológicas usando avatares. “Não vamos a lugar nenhum. Vocês nos verão de muitas formas diferentes o tempo todo. Veremos vocês em seus sonhos”, declarou Stanley.
Após a saída da banda do palco, os avatares do Kiss fizeram sua primeira aparição no telão, apresentando God Gave Rock n’ Roll To You.
Na realidade virtual, os avatares ganharam poderes relacionados aos personagens icônicos de cada integrante.
Em um trailer que antecipa a novidade, Gene Simmons afirmou que o novo show do Kiss com avatares será “o melhor que vocês já viram”. Os avatares, criados pela Industrial Light & Magic (ILM) e produzidos pela empresa sueca Pophouse Entertainment, a mesma por trás da turnê ABBA Voyage em Londres.
Gene Simmons já havia dito, em meados de novembro, que o adeus dos integrantes da banda não era necessariamente um adeus do Kiss. Ele já havia dado pistas deste formato de show, lembrando que a banda também tem um museu em Las Vegas, vários cruzeiros, um filme e também seguem trabalhando em um desenho animado, além do que já existe com o nome da banda, como HQs, brinquedos e até games.
O uso de IA e avatares digitais é um tema que segue em discussão. Björn Ulvaeus, um dos B’s do ABBA, que como dito está em turnê com avatares representando os integrantes da banda como eram nos anos 70, propôs recentemente uma discussão sobre o melhor uso de IA na música. Já Keith Richards, apesar de não ser um entusiasta do tema, sabe que os “Rolling Stones continuarão” de alguma forma, mesmo após a morte de todos os seus integrantes.
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