Phil Spencer paz e amor não quer “guerra” de consoles e acha estranho alegria por notas baixas

6 de outubro de 2016

Phil Spencer paz e amor não quer "guerra" de consoles e acha estranho alegria por notas baixas

Em entrevista, Phil Spencer, o chefão máximo de Xbox, conversou um pouco sobre o atual cenário do console, e aproveitou para comentar que não tem interesse em uma “guerra de consoles”, além de achar muito estranho jogadores comemorarem notas baixas em alguns jogos, como foi o caso de ReCore.

Sobre o lançamento do Xbox One, Spencer comentou que chegou a receber mensagens de fãs de Playstation celebrando as notas baixas do game. “Quando ReCore foi lançado e surgiram algumas notas mais baixas, recebi tweets de fãs de PlayStation, contentes por ReCore não ter uma boa nota em algumas análises. Penso que isso é negativo para a nossa indústria, que alguém tenha ficado encantado por outro alguém ter dado uma análise mais baixa do que aquilo que a equipe esperava.”

“Eu não me divirto mais com o meu Xbox baseado nas notas de jogos que estão na Playstation, ou vice-versa. Se tem um Xbox One, então quero lançar jogos fantásticos para você, e quero que se divirta com o console. É esse o nosso foco, apenas este. Não se trata do que outro alguém está a fazer com a sua plataforma. Sei que existem grupos em todas as comunidades, não quero dizer que o Xbox é totalmente limpo, mas no que eu tiver influência, não é algo que vou suportar ou promover. Desculpem, é algo que eu precisava mesmo dizer.”

E sobre a “cutucada” recente, no qual um tweet do Xbox supostamente provoca o Playstation Pro, lembrando que o próximo console da Sony não tem leitor de Blu-Ray 4K, Spencer afirmou que tal lembrança não faz parte de uma possível “guerra de consoles”. O chefe de Xbox, que já se declarou contra este tipo de coisa, explicou que o tweet era apenas para informar seus consumidores sobre o que seu Xbox One S pode oferecer.

“Penso que apenas assinalar uma característica do nosso console que acreditamos que é um ponto importante para vendê-lo está dentro do jogo limpo. Apostamos no Blu-Ray 4K, mas eles não o fizeram. Não estou dizendo com isso que eles tomaram uma má decisão e nós a certa, mas se alguém quer um leitor de 4K UHD Blu-Ray, temos um console que conta com um, e queremos ter a certeza que as pessoas saibam disso. Se as pessoas pensam que isso é guerra de consolas, então estão enganadas”, explicou.

E ele aproveitou para reafirmar seu respeito para com a concorrência, lembrando que ambas as empresas estão trabalhando duro em apresentar seus próprios conceitos, e o quanto isso é saudável para a indústria do videogame.

Obviamente, vivemos outros tempos. O saudosismo fará com que lembremos dos anos 90, época a qual a provocação fazia parte do dia a dia das empresas, com anúncios em revistas e na televisão em que Sega e Nintendo (e a Sony mais tarde) viviam se cutucando, Nintendon’t? Também podemos lembrar dos anúncios de Mortal Kombat, que faziam questão de dar um “alô” para seu rival na época, Street Fighter.

Phil Spencer paz e amor não quer "guerra" de consoles e acha estranho alegria por notas baixas

“Street Fighter quem?”, as provocações dos anos 90 eram divertidas, mas será que seriam legais hoje, com tanto hater enchendo o saco por aí?

Porém os dias atuais, para o bem ou para o mal (isso vai da opinião de cada um) não permite que tais anúncios sejam feitos. Nem pela provocação em si, que quando feita de maneira inteligente, tira sorrisos até do “alvo”, mas pelo ambiente nocivo que o mundo do videogame tem se tornado, com jogadores raivosos querendo provar uma superioridade vazia de um game ou console com ataques infantis para o outro sistema ou empresa.

Via (Eurogamer)

Junior Candido

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