[UPDATE 2] Tribuna Arkade – Hotline Miami 2: Wrong Number passa dos limites com cena de estupro

15 de agosto de 2013

[UPDATE 2] Tribuna Arkade - Hotline Miami 2: Wrong Number passa dos limites com cena de estupro

Os criadores de Hotline Miami perderam a moral ao forçar uma cena de estupro na sequência do game. Confira esta história tensa e dê sua opinião.

Os caras da Dennaton Games, responsáveis pelo até então aclamado Hotline Miami, causaram revolta em diversos sites e publicações com uma cena do seu novo game.

Em uma prévia de Hotline Miami 2: Wrong Number, publicada pelo site da revista PC Gamer – um dos veículos mais influentes e tradicionais da indústria -, a editora Cara Ellison se deparou com a seguinte cena, narrada por ela:

“Eu avanço para terminar o serviço*, mas ao invés disso, os controles ficam bloqueados e meu personagem, Pig Butcher, prensa a mulher e abaixa suas calças…”

“Terminar o serviço”, no caso, seria matar o(a) inimiga, algo que acontecia ininterruptamente no primeiro game. Dessa vez a cena foi tão pesada que a editora se declarou “traída” pelos criadores do jogo.

[UPDATE 2] Tribuna Arkade - Hotline Miami 2: Wrong Number passa dos limites com cena de estupro

Vocês nos conhecem: temos opiniões bem firmes quanto aos “certos” e “errados” dos games. O fato de que “sabemos separar os games da vida real” não quer dizer que não estamos de olho na qualidade e no conteúdo deles! Existem, sim, casos onde jogos passam dos limites e, sinceramente, esse é um deles.

Algumas coisas, como obrigar o personagem do jogador a estuprar uma mulher (com tantas vítimas reais tendo suas vidas destroçadas hoje em dia), são tão abomináveis e nojentas que não existe “justificativa” ou “licença poética” para elas. Há coisas com as quais não se “brinca”, ponto.

É vergonhoso, depois de tanta luta para mostrar que games têm bons conteúdos e que hoje usam a violência no mesmo patamar que o cinema e os livros – como uma ferramenta de narrativa – , ver um game jogar isso para o alto exagerando na dose sem um pingo de responsabilidade.

E aí, qual é a sua opinião sobre o assunto? Podemos saber a diferença entre a vida real e os games, mas e dentro deles, onde ficam os limites entre o que é ousado e o que é ofensivo? Será que são apenas pixels?

UPDATE: IMHO

UPDATE 2: Confirmando o que foi notado ontem nos comentários, temos uma informação para acrescentar: a cena de estupro de Hotline Miami 2: Wrong Number, é simulada e acontece em um set de filmagens que faz parte da história do jogo, segundo o próprio site PC Gamer. Falha minha ter perdido essa informação, dou o braço a torcer.

Definitivamente os caras da Dennaton passaram dos limites, pois era justamente isso que eles queriam. No fim, a ousadia deles desafiou nossos conceitos e nos fez pensar, antes mesmo do jogo ser lançado. Por bem ou por mal, mérito deles, e não seria justo manter a informação de que eles “forçam” o jogador a cometer um estupro “pra valer” (dentro do game). Quer dizer então que agora está tudo bem!? E quando eles te forçam a cometer assassinatos? E os olhos furados? Encenar estupro pode?

Bom galera, cada um tem a sua própria percepção sobre os atos violentos em games, vocês já conhecem um pouco da minha. O que é válido para você pode não ser para mim, ou para aquele outro cara ali. Nós não estamos aqui para julgar nem ditar o que vocês pensam. Essa discussão sobre os limites da violência nos games ainda vai longe, vamos encontrando as respostas juntos.

(Via: CVG, PC Gamer)

Daniel Zimmermann

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