Polêmica: Segundo informações, a Konami é um lugar péssimo para se trabalhar
Mais um novo capítulo para a longa novela de tretas envolvendo a Konami, mas dessa vez o capítulo é realmente ruim, pois segundo um importante jornal japonês, trabalhar na empresa não é algo a se orgulhar…
Quando achamos que a novela poderia ter se estagnado, que apesar de toda a polêmica envolvendo a Konami e Hideo Kojima as coisas ficariam por isso mesmo, eis que surgem novas informações para piorar ainda mais a situação da produtora. Piorar e muito! Pois segundo o jornal japonês Nikkei, a Konami trata seus funcionários, parafraseando a série Metal Gear Solid, “ferramentas dispensáveis”, ou até como “prisioneiros de guerra”.
Segundo o jornal, tudo isso é, em parte, reflexo de algo que comentamos há pouco tempo, que a Konami estaria focando no mercado mobile e transformando isso em sua meta principal. Pois no ano de 2010, um game mobile da empresa chamado Dragon Collection tornou-se um sucesso arrebatador de vendas, graças ao resultado desse game, a alta cúpula da Konami decidiu mudar sua estratégia para seu setor de games: baixo orçamento, alto lucro. (Segundo o próprio Nikkei, o game Metal Gear Solid V: The Phantom Pain que será lançado no dia 1º de setembro custou cerca de 80 milhões de dólares para ser produzido.)
Porém, o resultado dessa mudança de foco tornou as coisas dentro da Konami insuportáveis para seus funcionários, O que mostra que não é só Hideo Kojima que está tendo tempos difíceis dentro da Konami, e sim praticamente qualquer um que trabalhe lá. Veja só a lista de acusações que surgiu no Nikkei:
- Como você já deve saber, a Kojima Productions não existe mais, e agora é chamada internamente na Konami de “Departamento de Produção Número 8“, e que, como já é de conhecimento público há bastante tempo, os computadores usados pelo pessoal da ex-KojiPro não estão conectados na internet, e podem apenas transmitir mensagens internas.
- As saídas dos funcionários da empresa para almoço são monitoradas por cartões que marcam o tempo. Se um funcionário demorar para voltar ao trabalho, o seu nome é anunciado para toda a companhia.
- “A surveilance camera?”: o jornal ainda diz que dentro da Konami existem várias câmeras instaladas, mas que não são usadas para segurança, e sim para vigiar o que cada funcionário da empresa está fazendo.
- Os funcionários da Konami não possuem endereços de email próprios para trabalho, ao invés disso eles recebem endereços randômicos de tempos em tempos, os únicos funcionários que possuem e-mails próprios são os que trabalham com contatos exteriores.
- Aqui, o ponto mais polêmico. Quando a Konami julga que um desenvolvedor de games em seu grupo não está sendo útil, eles o trocam de cargo, para algo totalmente diferente do que ele fazia. Se um desenvolvedor não está sendo aproveitado, a Konami o coloca para trabalhar como segurança da empresa, para trabalhar em sua fábrica de pachinkos, ou até mesmo para trabalhar no setor de limpeza da companhia!
- A Konami monitora até mesmo as ações de seus funcionários em suas contas particulares em redes sociais. Como no caso de um funcionário que anunciou que estava deixando a companhia para ir trabalhar em outra que segundo o próprio seria melhor, e teve seu post monitorado pela Konami. Bem como todos os funcionários da empresa que curtiram a publicação sofreram consequências internas, chegando a serem reformulados (provavelmente, tiveram seus cargos trocados).
A Konami ainda não se pronunciou sobre tudo isso, mas como infelizmente todos os últimos rumores acabaram se confirmando, é bem possível que tudo isso acabe realmente sendo verdade. Tenso.
O que você acha das atitudes da Konami? Acredita que esses casos acima possam ser reais? Deixe seu comentário!
(Via: Kotaku)