Presidente da Nintendo fala sobre Switch Lite e o futuro do 3DS
Com o fim do ano chegando, as empresas começam a se movimentar para melhorar as vendas de seus consoles e games. Com a Nintendo, não é diferente. O The Verge conversou com Doug Bowser sobre o Switch Lite, os planos para a Black Friday nos EUA, e até sobre o futuro do 3DS. Afinal, a Nintendo segue vendendo o portátil, e mantendo a loja ativa.
Para o fim do ano, a Nintendo tem o Switch Lite, a versão simplificada do console híbrido, e lançamentos como Pokémon, Luigi’s Mansion 3, e Ring Fit Adventure. Além disso, na Black Friday, a Big N venderá seu console, nos EUA, com Mario Kart 8 incluso. O Switch, inclusive, com suas mais de 40 milhões de unidades vendidas, se aproxima do Super Nintendo, com projeção de passar o 16-bits em vendas nos próximos meses.
Sobre o Switch Lite, Bowser explicou que, além de aumentar a vendas, o portátil conseguiu ser lançado sem oferecer nenhum impacto negativo para o sistema principal. Para o executivo, “as vendas do Nintendo Switch Lite foram um acréscimo ao negócio geral do Switch“. A Nintendo também revelou que 43% dos donos de Switch compraram o Lite como um segundo sistema, seja para deixá-los com as crianças menores, ou como levá-lo a todos os lugares, como portátil. Além disso, um novo público adentrou à “família Switch“, com mais público consumindo os jogos.
Já sobre o 3DS, tanto em hardware, quanto em games, a Nintendo segue vendendo o portátil, pois o enxerga, atualmente, como um “produto de entrada”. “Enquanto houver demanda de consumidor, continuaremos a fornecer hardware e software [do 3DS]”, explicou Bowser. Questionado sobre o fim do suporte ao portátil, o executivo disse que “hoje o console não está morto”. Prometeu suporte ao portátil neste fim de ano e até 2020, embora não tenha lançado mais nenhum game ao console.
O executivo também falou sobre as dificuldades de compartilhar contas da Nintendo em vários consoles Switch (já que o próprio relatório da Big N mostrou que compradores do Lite já tinha o console original). Bowser disse que “não há nada o que falar”, mas lembrou das funções disponíveis, que é a designação de dispositivos principais e secundários. E, como todo bom executivo, mencionou que “estão analisando as experiências dos nossos consumidores e buscando oportunidades para melhorar e aprimorar essas experiências”. Em outras palavras, “nada mudará”, neste sentido.
Já sobre os problemas com a “Joy-Con Drift”, um problema do console que faz o controle registrar movimento mesmo quando está parado, Bowser não falou sobre correção ou resolução definitiva para o problema. Mas, deixou à disposição o serviço de suporte para ajudar os clientes. A Nintendo chegou a consertar gratuitamente o problema após ação coletiva. No Brasil, não há suporte oficial da companhia, mas há um serviço de reparo disponível para consoles comprados no exterior.
E, por fim, Bowser foi questionado se haverá, no futuro, mais um console retrô-mini, como o NES Classic e o Super NES Classic. O presidente explicou que o “foco agora está em nossas plataformas dedicadas, como o Switch Lite e o principal Nintendo Switch“. Ele esclareceu que “as experiências de jogo dos consoles clássicos agora estão no Nintendo Switch Online“. Mas nada foi dito sobre o futuro nem dos consoles, e nem dos games. Ou seja: nada de Nintendo 64, por enquanto.