Preview Arkade: Jogamos o beta de Salt and Sacrifice

24 de março de 2022
Preview Arkade: Jogamos o beta de Salt and Sacrifice

No último fim de semana rolou o beta fechado de Salt and Sacrifice, sequência do Souls-like 2D Salt and Sanctuary, de 2016. E nós pudemos conferir como está o game, e vamos falar sobre as primeiras impressões que tivemos!

A mesma base, mas com maior foco no online

Preview Arkade: Jogamos o beta de Salt and Sacrifice

A principal diferença de Salt and Sacrifice para seu antecessor é que agora o game foi pensado com um maior foco no multiplayer, tanto para jogatina cooperativa quando PVP, diferente do primeiro game que possuía apenas co-op local.

O multiplayer funciona exatamente como na série Dark Souls da FromSoftware: com o uso de um item, você se dispõe a ajudar outro jogador que precise de ajuda. Então, assim que outro jogador usar um item que convida um visitante, você é transportado para o mundo desse jogador. E vice versa.

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No multiplayer co-op o objetivo é derrotar um chefão, com toda a área atual acessível (pelo menos na demo). O co-op acaba quando o chefão é derrotado, ou quando você ou o host da partida morrerem. Algo bem legal é que o progresso feito no multiplayer aparentemente é transferido para o seu próprio jogo. Em meus testes, enfrentei um chefão que ainda não tinha vencido no meu próprio mundo, e quando o co-op acabou, esse mesmo chefão também constava como derrotado para mim.

Abaixo você pode ver um vídeo de gameplay dessa exata situação, comigo ajudando outro jogador online:

E o PVP não tem segredo, você usa um item que fará com que você invada o mundo de outro jogador. Derrote-o e a invasão será bem sucedida. Nesse ponto, eu tive meu mundo invadido várias vezes, mas nunca encontrei o invasor. Isso acontece pois o invasor e o visitante aparecem em locais aparentemente aleatórios, e então devem se encontrar para batalhar. Felizmente o game indica o caminho para o outro jogador através de nuvens ou névoas que apontam na direção que você deve ir.

Em minha jogatina não passei por muito lag, com as sessões multiplayer rodando bem lisas, o que tornou a experiência bem mais divertida e imersiva.

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De resto, o sistema de combate, de equipamentos e de level up são os mesmos do game antecessor, para o bem e para o mal. Se você jogou Salt and Sanctuary, não vai ter dificuldade para se habituar com os controles. E há ainda algumas novidades, com armas com habilidades especiais, que utilizam pontos de foco.

Por outro lado, há a característica de enorme gasto de stamina quando você está em level baixo, que, aliado a inimigos que literalmente tem combos infinitos que você só consegue escapar usando a esquiva, dificultam as coisas de forma um pouco desbalanceada. E, o ponto que é a maior crítica para mim, é o sistema de level up baseado em árvore de habilidades.

Não há nenhum problema com seu funcionamento, mas em sua organização. A árvore de habilidades é uma bagunça enorme! Não há uma estrutura que facilite escolher os pontos que você deseja evoluir, como um “ramo” da árvore focado em força, outro focado em defesa, outro em uso de diferente tipos de arma e etc.

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A imagem acima mostra como é essa árvore de habilidades, que é realmente chata de se mexer pois não torna as coisas nem um pouco intuitivas. E o problema não é ser uma árvore de habilidades ao invés de evolução de números de stats, mas a imensa bagunça de ícones aparentemente desconexa, parecendo mais uma teia de aranha sem estrutura. E levando em conta que o game anterior tinha esse mesmo sistema, essa seria uma boa chance de melhorar esse ponto.

Um novo mundo, com um estilo mais próximo de Demon’s Souls

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Salt and Sactuary contava a história de um personagem que estava acompanhando uma princesa em uma viagem de navio. Até que o navio foi atacado e a princesa sequestrada. Logo depois, o jogador, controlando este personagem, acordava na praia de uma ilha misteriosa, com a tarefa de resgatar a princesa.

Salt and Sacrifice conta uma história completamente diferente. Você é um criminoso que foi condenado por qualquer que tenha sido sua transgressão (você escolherá seu crime na criação de personagem), e para fugir da pena de morte, você aceitou participar de um ritual que o tornou praticamente um imortal, sendo então enviado para uma ilha amaldiçoada com uma missão: Exterminar os magos que controlam a ilha e usam poderes heréticos para propagar destruição.

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Além das diferenças na história, há uma enorme diferença nos mundos de ambos os games. O primeiro game possuía um mapa único e enorme, dividido em áreas interligadas entre si, como em Dark Souls, Bloodborne, Sekiro e Elden Ring. Mas Salt and Sacrifice implementou uma mudança drástica ao utilizar um mapa ao estilo de Demon’s Souls.

Funciona assim: há um hub central, em que você encontra diversos NPCs importantes para comprar itens, melhorar armas, pegar quests e etc. E nesse hub, há um portal que leva o jogador à diferentes áreas da ilha, e aparentemente cada uma dessas áreas será independente da outra, assim como em Demon’s Souls.

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O beta estava limitado apenas à primeira área do game, que é até grande, sendo ela própria subdividida em diferentes áreas menores interligadas, porém com algumas passagens bloqueadas no beta. E deu para jogar por longas horas para poder ver tudo o que havia disponível, isso levando em conta que não consegui acessar algumas poucas áreas secretas que podia ver ao longe.

Por fim, uma fundamental característica do game está em seus chefões. Os principais inimigos que devemos enfrentar no game são os magos, e eles são encontrados andando livremente pelos cenários. Nesses encontros, você pode lutar contra eles, forçando-os a recuar. Eventualmente, eles chegarão ao local que servirá de arena para suas batalhas. E todo dano que você causou enquanto os perseguia também será levado para a batalha verdadeira. Assim, é uma ótima ideia causar o máximo de dano possível quando encontrá-los.

Porém, isso não será fácil, pois enquanto eles estão livres no mapa, eles invocarão monstros para protegê-los, que dificultarão muito sua vida. E, além dos magos, há chefões mais tradicionais espalhados pelo mapa, que estão localizados em pontos fixos, normalmente oferecendo um desafio mais tranquilo.

Conclusão

Preview Arkade: Jogamos o beta de Salt and Sacrifice

O beta de Salt and Sacrifice já mostra muitas melhorias e evoluções em relação ao game original, deixando o hype lá em cima para seu lançamento, que promete ainda mais desafio e diversão.

Como já dito, minha maior reclamação em relação ao game está em sua árvore de habilidades, que não é um “defeito” realmente, mas definitivamente poderia ser bem melhorado. O sistema de progressão ao estilo Demon’s Souls foi uma escolha ousada, mas muito interessante e promissora, mas infelizmente não há (pelo menos na demo), nenhuma forma de fast travel entre pontos de descanso, com tudo tendo que ser feito a pé. Isso torna esse estilo de mapas menores mais convidativo, além de facilitar a viagem entre regiões.

O multiplayer é divertido e funciona muito bem, de forma que provavelmente no máximo precise somente de alguns balanceamentos para melhorar a forma como as conexões são feitas (apesar de rodar sem lag, as vezes o tempo para achar um jogador é bem alto), mas da forma como o co-op e o PvP foram apresentados na demo, já mostram um sistema bem robusto.

Agora, vamos aguardar pelo lançamento completo do game, que está muito promissor! Salt and Sacrifice chega no dia 10 de maio com versões para PC, Playstation 4 e Playstation 5.

Renan do Prado

Amante de Metal Gear, platinador de Soulsborne e exímio jogador online (quando o lag não atrapalha).

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