Preview Arkade: Blast Brigade, um MetroidVania com pinta de filme de ação dos anos 80

24 de outubro de 2021
Preview Arkade: Blast Brigade, um MetroidVania com pinta de filme de ação dos anos 80

MetroidVanias estão super em alta no mundo dos games. O legal é que este subgênero pode se aventurar pelas mais diversas temáticas, e funcionar bem em todas (se for bem feito, claro).

Vejamos: Metroid é um sci fi espacial sisudo. Já Guacamelee é pura zoeira com tempero mexicano, enquanto Ori and the Blind Forest é uma aventura cheia de significado e Ender Lilies traz uma pegada gótica com elementos de Souls-like à receita. Tem até um excelente MetroidVania com gameplay de pinball protagonizado por um besouro rola-bosta, ou seja, há muito espaço para ser criativo dentro do formato.

com demo gratuita e acesso antecipado disponível na Steam, Blast Brigade promete ser mais um MetroidVania cheio de atitude, uma vez que busca inspiração nos filmes de ação dos anos 80 para contar uma história explosiva e cheia de humor.

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A história do jogo acompanha a incursão do esquadrão que dá nome ao game à ilha onde o maligno Dr. Cread está reunindo suas tropas para colocar em prática um plano de dominação.

Após uma nem tão suave aterrisagem que divide o grupo de heróis, nossa missão é, obviamente, frustrar os planos do vilão. Mas, para isso, teremos que lidar com ciborgues, ninjas, soldados, robôs gigantes e diversos outros perigos.

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Isso não é bem um robô gigante, mas você entendeu…

Blast Brigade usa e abusa dos clichês dos filmes de ação oitentistas, mas faz isso do jeito certo, com muito bom humor, sempre em tom de paródia. Eu aprecio muito jogos que não se levam a sério, e pelo que joguei de Blast Brigade até agora, seu humor está na medida certa.

Sinergia entre os heróis

Enquanto outros MetroidVanias descortina suas possibilidades conforme o jogador coleta novos equipamentos e habilidades, Blast Brigade traz uma pequena, mas interessante subversão desta fórmula.

Neste jogo, cada personagem tem um conjunto específico de habilidades e equipamentos. Como podemos alternar entre eles a qualquer momento, progredir se mostra uma questão de usar a habilidade certa, do personagem certo, no lugar certo.

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A questão é que, como eu falei antes, a aterrisagem um tanto atrapalhada separou o grupo. Assim, começamos a aventura com o “herói americaníssimo Jeff“, mas precisaremos reencontrar nossos aliados pelo mapa para só então termos acesso às suas habilidades específicas — e, consequentemente, às novas áreas que eles podem acessar

Além de Jeff, o esquadrão é composto pela agente soviética (com visual estilo anos 70) Shura, o “escocês ciborgue” Galahad e a ágil Vortex, que não está disponível no Early Access, e por isso, suas habilidades ainda são um mistério, mas ela parece ser uma espécie de dançarina tribal.

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Todos podem correr, pular e realizar ações de combate básicas. É na exploração, porém, que o diferencial de cada um faz diferença. Jeff, por exemplo, é capaz de explodir barricadas e abrir caminhos “na força bruta” com seu lança-granadas. Já Shura possui um gancho com arpéu/grappling hook, o que lhe permite chegar a lugares que seus companheiros não alcançam. Galahad, por sua vez, possui um braço cibernético que dispara descargas elétricas, muito úteis para ativar plataformas móveis e outros mecanismos.

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Em um MetroidVania “normal”, teríamos um protagonista encontrando equipamentos que lhe permitissem fazer tudo isso. Mas, o charme de Blast Brigade é entregar diferentes personagens, cada um com sua própria personalidade, para isso. Como eu disse, é uma pequena subversão dentro do gênero, mas que traz frescor e injeta muito carisma ao game.

Visual cartunesco

Fugindo da pixel art e do 2.5D que são bastante comuns no gênero, Blast Brigade opta por apresentar seu mundo por meio de belos desenhos feitos à mão. O tom cartunesco e colorido do jogo muito me agrada: ele realmente parece aquele tipo de desenho animado que passaria no sábado de manhã, sabe?

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Embora estejamos em uma “ilha paradisíaca”, há muita variedade de ambientes: temos, claro, praias e bosques, mas também vamos passar por bases, campos de treinamento, pântanos e até áreas congeladas. Há muitos biomas distintos para um ambiente tão pequeno, mas, afinal, quem precisa de realismo?

Todos os personagens têm vozes, e os dubladores entregam performances super canastronas e caricatas, que evidenciam o tom de sátira da coisa toda. E, mesmo em Early Access, já temos menus e legendas em português brasileiro, o que sempre é bem-vindo.

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A trilha sonora não me chamou particularmente a atenção, mas também não é ruim. Cumpre seu papel. Já os sons de tiros, explosões e gritos são ótimos, totalmente condizentes com a vibe “filme de ação” do jogo.

(Pré-) Conclusão

Ainda está cedo para bater o martelo, mas pelo que experimentei até agora, Blast Brigade tem tudo para ser um ótimo MetroidVania.

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A mistura de ação explosiva e bom humor, somado ao carisma dos protagonistas e ao bom nível de desafio me deixaram a fim de jogar mais, formar o time completo e, claro, salvar o mundo do temível Dr. Cread.

Vamos ter que esperar mais um pouco para descobrir — mas, enquanto espera, baixe a demo e experimente o game!

Blast Brigade Vs. the Evil Legion of Dr. Cread deve ser lançado em definitivo em algum momento de 2022, com versões para PC, PS4, PS5, XOne, Series X|S e Nintendo Switch.

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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