Preview Arkade: jogamos o beta de Dead Island 2

Demorou, demorou muito, mas finalmente Dead Island 2 está chegando, e dessa vez parece que sem mais adiamentos (assim esperamos)! E além disso, nós pudemos participar de seu beta fechado e conferir um pouquinho de como está o game!

Então vamos falar do que vimos e jogamos nessa sequência há muito esperada, colocando o jogador para tentar escapar de uma Los Angeles completamente devastada pelos zumbis!

Fuga de Hell-A

Em Dead Island 2 você controlará um entre seis “Slayers”, personagens únicos com suas próprias personalidades, habilidades, pontos fortes e fracos. Todos eles eram moradores de Los Angeles que conseguiram chegar a tempo a um dos aviões de evacuação da cidade.

Mas, obviamente, a fuga dá errado, e você volta a ficar preso em Los Angeles sem ter para onde ir. E se isso já não fosse ruim o suficiente, logo acaba piorando ainda mais, pois você é mordido por um zumbi.

A partir daí, a missão é sobreviver a “HELL-A”, ou melhor dizendo, esta versão infernal de Los Angeles. Mas tudo não está perdido, pois não demora muito até percebermos que o Slayer que controlamos é de alguma forma “imune” ao vírus zumbi. E não apenas isso, mas pode despertar poderes especiais graças a esse vírus, como super força e resistência.

Com isso, você deve explorar a cidade em busca de itens, recursos, novas armas e ajuda para conseguir fugir com vida, neste game que é considerado cum RPG de ação em primeira pessoa.

Sobrevivendo ao apocalipse na cidade das estrelas

Dead Island 2 possui um gameplay movido a ação ininterrupta, com elementos de RPG e crafting na fórmula para deixar tudo ainda mais caótico.

Aqui, além de seu poder de ataque ser influenciado pelas armas que estiver carregando, que possuem diferentes níveis de raridade e de poder, o seu personagem e suas estatísticas também influenciam muito. Há personagens com maior foco em velocidade e ataques rápidos, outros focados na força bruta, em uso de equipamentos, corpo-a-corpo e etc. Cada personagem tem suas próprias particularidades e um estilo de jogo que combina melhor. Mas no fim, a carnificina zumbi será igual para todos.

Você explorará a cidade de forma “semi-livre”. Você poderá ir para qualquer lado que quiser e pegar caminhos diferentes para seus objetivos, mas certas casas ruas estarão bloqueadas inicialmente, algumas precisando que você ache bateria e disjuntores para abrir portões elétricos ou mesmo chaves escondidas.

Sendo considerado um RPG de ação, o game conta com evolução de personagem, que acumula XP ao matar zumbis e cumprir objetivos. A cada novo level conquistado, ao invés de ganhar pontos de atributo que podem ser usados numa skill tree ou na “build” de seu personagem, você desbloqueia cartas que habilitam perks.

Existem perks bem úteis, como aumentar a força física, mas alguns muito específicos e não tão úteis assim, como causar mais dano ao atacar com voadoras. Cada carta tem uma função específica, e o legal é que você pode equipar as cartas que quiser sem restrição. Se você está num trecho que demanda força e depois em um que demanda destreza, pode alterar sua build a qualquer momento.

Caindo na matança

Algo que não falta no game são armas e diversas formas de matar zumbis. Em todo lugar você encontra algo útil para atacar, como facas, tacos de baseball, canos quebrados e etc. E também existem muitos tipos de armadilhas que podem ser usadas, desde piscinas que podem ser eletrificadas, galões de gasolina, objetos arremessáveis e muito mais. O que não falta é variedade para matar zumbis.

E para auxiliar nisso, o game conta com um botão de esquiva. Com essa habilidade você pode se afastar e evitar ataques dos zumbis, criando brechas para usar golpes especiais que podem matá-los instantaneamente. Aliado a esse recurso, cada arma possui pelo menos uma forma de ataque específica. Por exemplo, com uma katana você pode decapitar e desmembrar zumbis facilmente, e ela possui um golpe especial que empala um zumbi pela barriga. Já uma marreta é especialmente eficaz para quebrar pernas e joelhos, e para esmagar corpos no chão.

Dessa forma, a prática e exploração dos mapas, junto do treinamento de suas mecânicas recompensam o jogador com itens muito úteis e o aprendizado de como usá-los efetivamente. Lembrando que é possível combinar essas características de armas com características únicas de cada personagem.

Há pouco mencionei que certas armas possuem efeitos melhores ao atingirem certas partes do corpo, e semelhante a Dead Space Remake, Dead Island 2 possui um sistema de destruição de corpos bastante robusto. Conforme você ataca zumbis, seus corpos começam a se despedaçar de formas muito grotescas, como pele e músculos descolando e ossos sendo quebrados.

Um exemplo disso é ao bater em suas cabeças com um martelo ou pedaço de cano, seus rostos descolarão, deixando o crânio exposto. Ou ao atingir o torso, que fica cada vez mais despedaçado e com as costelas e órgão expostos.

E é claro, assim que você desbloqueia a função de customizar suas armas, poderá criar verdadeiras ferramentas de destruição, como espadas em chamas, armas que eletrocutam, bastões com serras e por aí vai.

Audiovisual

Dead Island 2 é um game muito bonito. E segue, ainda que não de forma intencional, o mesmo estilo de games como Far Cry: New Dawn e Rage 2, em ser um game em primeira pessoa ambientado num mundo extremamente opressivo, mas bastante colorido.

Não só a cidade de Los Angeles é colorida, especialmente na área das mansões de famosos, que é onde o preview acontece, mas em basicamente tudo. Todos os slayers e personagens que conhecemos são cheios de cores, muitos com roupas verdadeiramente espalhafatosas.

Mas o principal de tudo – o gore e a violência – jamais deixam de tornar toda essa cacofonia de cores em um chuva de vermelho. Existem zumbis para todo lado, sangue e tripas por todo lugar, e você contribuirá para deixar tudo ainda mais vermelho.

Os zumbis possuem visuais muito bem feitos, alguns já bastante feridos e sujos e outros mais limpos ficando aparente que foram recém-transformados. Há ainda tipos diferentes de zumbis, com poderes diferentes, desde gigantes musculosos, zumbis inchados que explodem, até zumbis com visual de punk e incrivelmente fortes e rápidos. Mas no fim, todos eles virarão carne moída de qualquer jeito!

A trilha sonora do game, pelo menos no preview, era boa, mas não muito marcante. Mas se faz presente constantemente, tanto para criar um clima mais de terror (que não é muito forte, afinal este é um game focado em ação), e para tornar a carnificina bem mais empolgante.

E os sons de zumbis são constantes, ainda que não sejam direcionais, por exemplo em games de terror em que podemos “sentir” suas respirações e passos quando eles estão escondidos, mas próximos.

Dead Island 2 conta com localização em português brasileiro em seus menus e legendas.

Conclusão… por enquanto

Dead Island 2 demorou muito, mas muito mesmo para ficar pronto, e logo deve ser lançado. Isso é… se não for mais uma vez adiado, pois convenhamos, mesmo que as chances sejam poucas, elas ainda existem. Mas, pelo o que pudemos ver neste preview, o game já está muito bem encaminhado e pronto para ser lançado.

Este é um game divertido, caótico, que não se leva a sério e oferece, assim como seu antecessor, bastante diversão e ação descompromissada. A mistura de elementos de RPG é bem interessante, ao mesmo tempo adicionado uma forma de customizar seu estilo de jogo, mas as vezes complicando um pouquinho o que deveria ser fácil. Mas no fim, é tudo questão de ir se acostumando.

O game não reinventa a roda, nem transforma o estilo de um shooter com zumbis, mas oferece muitas horas de diversão, exploração e bastante liberdade para destroçar mortos-vivos a torto e a direito por toda rua, avenida, casa e mansão de Hell-A.

Dead Island 2 será lançado no dia 21 de abril com versões para PC, Playstation 4, Playstation 5, Xbox One e Xbox Series X/S.

Renan do Prado

Amante de Metal Gear, platinador de Soulsborne e exímio jogador online (quando o lag não atrapalha).

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