Preview Arkade: eFootball PES 2020 e a sua busca pelo topo da tabela
Está valendo! Foi dado o pontapé inicial para a tão aguardada batalha anual pelo título (e principalmente pelo mercado) de melhor game de futebol do ano. PES ou FIFA? Quais as suas apostas?
Com a demo lançada mundialmente no último dia 30 de julho, eFootball Pro Evolution Soccer 2020, ou PES 2020 para os íntimos, apresenta suas primeiras jogadas para fãs e, pelo que se pode perceber, para um novo público que quer alcançar.
Vale destacar que esse texto é construído em cima de uma versão não de testes, ou um Beta, e sim uma demo que, a princípio, é algo bem próximo do que vamos encontrar no produto final, mas que mesmo assim ainda pode passar por algumas melhorias e ajustes até o lançamento oficial.
Então, acabou o pré-jogo. Abaixo, contamos tudo o que percebemos (e o que sentimos) nesse preview, que obviamente ainda não é uma análise, claro, mas já apresenta nossas primeiras impressões do game.
Entrando em campo
Não é tão difícil encontrar quem acredite que essas edições anuais de games de esportes são atualizações padronizadas da edição anterior, com escalações, uniformes e uma maquiagem migué para vender como algo novo. E provavelmente quem diz isso está 80% ou 90% certo.
Contudo, quem joga com mais regularidade consegue sacar mudanças, algumas mais sutis, outras mais profundas, que podem inclusive transformar o modo como se encara uma partida.
eFootball PES 2020 traz algumas melhorias gráficas se comparado com a versão do ano passado. Há variações climáticas dinâmicas, animações de jogadores mais variadas, uma atenção maior a expressões faciais, e correções em termos de iluminação e movimento de câmera.
Algumas coisas, porém, como os uniformes, ainda soam um tanto quanto artificiais e devem ser refinadas até o lançamento e, portanto, ainda é cedo para falar do conjunto da obra, mas olhares mais atentos já podem perceber essas diferenças sutis em termos audiovisuais.
Quando a bola rola…
Já quando se fala da jogabilidade, as mudanças parecem um pouco mais evidentes. Logo de cara, o jogo se mostra mais cadenciado, valorizando a plasticidade de movimentos e a reação dos jogadores em situações diferentes.
A impressão é que há mais atrito, a bola não parece deslizar na grama do mesmo jeito sempre, e a correria desenfreada parece se equilibrar com um jogo mais pensado, com mais possibilidades.
Isso, claro, pode ser uma qualidade ou um retrocesso para o jogo, dependendo da expectativa do jogador. Há quem prefira jogar PES exatamente pela simplicidade arcade do game quando comparado ao seu principal concorrente.
E há quem queira que o elemento de simulação seja mais valorizado. Então, não entenda essa característica da cadência como um elogio ou uma crítica negativa, e sim uma observação que pode agradar ou não os fãs mais longevos ou os que preferem o lado de lá do muro.
Contudo, há algumas arestas a serem polidas nesses 40 dias até o lançamento. A inteligência artificial parece ter regredido bastante e faz tempo que eu não via, na franquia, companheiros de time tão atrapalhados.
É comum perceber que estão o tempo todo procurando os piores lugares do campo para se posicionarem, seja quando estamos com a bola, seja quando estamos defendendo. Em muitos casos, parecem estar completamente fora do jogo, e a impressão é que até se assustam quando a bola se aproxima.
Não foram raros os casos dos jogadores do meu time irem de encontro comigo quando estava com a bola, trombarem em mim e ambos caírem só pro adversário sair com ela limpa nos pés. As vezes, é mais difícil driblar um aliado do que um adversário.
E não, não é uma reclamação de quem apanha da bola (ainda que isso aconteça constantemente), já que o mesmo se observa inclusive com os times controlados pela CPU. Parecem sempre escolher a pior jogada, a pior forma de trocar passes, algo que está um passo atrás da versão anterior.
Outro elemento que sempre precisa de atenção é a física do jogo. Como é bastante comum nos primeiros meses desses jogos, o sistema de colisão está diferente, gerando um jogo muito mais faltoso do que estamos acostumados. É bem comum roubar a bola, o adversário tropeçar no seu pé e o juiz marcar a falta.
Isso tudo torna o jogo, sobretudo o multiplayer, bem mais truncado. Se é uma novidade em termos de jogabilidade ou algo a ser ajustado, veremos na versão final. Mas certamente, quem entra nessa demo com a setup mental de PES 2019 vai sofrer um pouco até se adaptar.
A primeira impressão
As características mais estruturais do jogo ficam para um outro momento, quando tivermos o game completo em mãos. Licenças, modos de jogo, menus, e todo o background certamente serão pauta para os próximos meses.
A demo se concentra em nos mostrar o que esperar dos 90 minutos, do primeiro ao último apito do juiz. E, nesse sentido, por mais que os clichês apontem para um mais do mesmo com uniforme do Barcelona atualizado, há algumas mudanças substanciais que parecem trazer algo novo para PES esse ano.
As diferenças que percebemos e relatamos nesse preview parecem, portanto, ir na direção de um jogo que valoriza um estilo de jogo com mais atenção, onde os sistemas assistidos de passe, de seleção de jogadores a serem controlados, de chute, de tomada de bola ou de movimentação e posicionamento parecem menos efetivos do que outrora.
Isso significa também que aqueles que dominam os controles manuais podem se dar bem, uma vez que mesmo sendo um elemento a mais a se preocupar no meio de uma partida intensa com muitas coisas acontecendo, pode ser o diferencial entre a satisfação e a vontade de jogar o controle na TV.
Isso não significa, claro, uma quebra de paradigma definitivo, já que as jogadas mais manjadas continuam funcionando – na dúvida, bota o CR7 pra correr na ponta, corta pra dentro e caixa – mas é um aceno para que possamos nos apropriar dos controles mais complexos de chute ou direcionamento de passe, que estão lá há algum tempo e pouca gente usa de fato, e assim passar menos nervoso ao fazer um lançamento que parecia simples e a bola ficar nas mãos do goleiro por alguns centímetros.
Como um todo, eFootball PES 2020 promete um sistema mais vivo, uma dinâmica com mais fluidez de movimentos e mais cadência no ritmo, e a demo, de fato, entrega algo (um pouco) diferente do que já vimos nos anos anteriores. Há ajustes a serem feitos, e o feedback da comunidade certamente pode ajudar nisso. Se isso tudo faz valer a pena investir, de novo e mais uma vez, nessa edição anual, vai depender dos velhos, e quem sabe novos, fãs.
Por fim, fique com o trailer especial dessa demo:
eFootball PES 2020 tem lançamento previsto para 10 de setembro de 2019 para Playstation 4, XBox One e PC, totalmente localizado para o nosso bom e velho português do Brasil.