Preview Arkade: Immortals Fenyx Rising tem muita cor, aventura e ótimos combates
Hoje durante o evento Ubisoft Foward o mundo pode ver mais sobre a nova IP da Ubisoft. Antes conhecido como Gods & Monsters, o atual Immortals Fenyx Rising nos leva direto para a mitologia grega numa história original bem cativante. Aqui no Arkade, tivemos a oportunidade de experimentar (remotamente) em primeira mão uma demo do jogo, e o que vimos foi muito promissor!
Um mundo aberto colorido e bem chamativo, sistema de combate excelente, diversos colecionáveis, progressão cativante e narrativa carismática. Esses são alguns dos pontos altos que podemos observar enquanto jogávamos a demonstração do jogo. Mas vamos falar melhor sobre tudo isso nessa matéria.
E aproveite para conferir 30 minutos do game, em uma gameplay que jogamos, à convite da Ubisoft Brasil.
A ilha dos deuses
Na demonstração, somos apresentados à protagonista da aventura, Fenyx. Ela é uma humana que acaba naufragada na ilha dos deuses. Perdida, a aspirante a heroína se vê no meio de uma trama épica. A personagem, segundo a Ubisoft, será completamente customizável. Na demo, entretanto, não tivemos a oportunidade de experimentar esse sistema.
No enredo, o titã chamado Tifão rompe as barreiras entre o mundo real e o tártaro, criando um verdadeiro caos. Para piorar, a ilha dos deuses é tomada e seus habitantes acabam aprisionados ou destruídos. Desse modo, cabe à Fenyx libertar os deuses e acabar com o terror criado por Tifão.
A jornada da heroína se passa toda na ilha dos deuses, local onde supostamente as divindades gregas governavam seus próprios reinos. O local é bastante vasto, com regiões temáticas de alguns dos principais deuses da mitologia. Na demonstração, pudemos explorar livremente a região referente à Hefesto, deus do fogo e das forjas. A história, inclusive, é toda narrada por Zeus e Prometeus, em um tom sarcástico sensacional.
Mundo aberto convidativo
O pessoal da Ubisoft Quebec fez muito bem o dever de casa. Eles já haviam feito isso ao construir um mundo aberto incrível em Assassin’s Creed Odyssey. Porém, aqui eles foram além: com influências de jogos como The Legend of Zelda Breath of the Wild e do próprio Assassin’s Creed Odyssey, Immortals Fenyx Rising possui um mundo vasto, exuberante e convidativo.
O visual mais estilizado e cheio de cores vivas é incrível. Mesmo as terras secas, rochosas e cheias de lava da região de Hefesto conseguem ser coloridas e vivas ao seu modo. Fico desde já curioso para ver como locais ainda mais exuberantes serão retratados no jogo, como os Jardins de Afrodite por exemplo.
Mas além do visual, o mundo é altamente interativo e cheio de pontos de interesse que saltam no relevo para você. Abrindo um pouco a mão de elementos guia excessivos na tela, Immortals Fenyx Rising traz um mundo que te convida a explorá-lo — seja com pontos brilhantes, construções, relevos ou figuras emblemáticas.
Em um determinado ponto, resolvi explorar o mundo sem o auxílio do mapa. E assim, tal qual foi quando joguei Ghost of Tsushima, me encantei ao começar a “tropeçar” em pontos de interesse únicos e divertidos. Esses pontos foram variados e interessantes o suficiente para as mais de duas horas de jogatina que tive acesso passarem voando!
Puzzles inteligentes e instintivos
No mundo do jogo, temos vários coletáveis e pontos de interesse instigantes. Parte deles nos dá armas, armaduras e skins de equipamentos. Isso fazendo as mais variadas tarefas, desde encontrar locais secretos até enfrentar criaturas lendárias como o ciclope que encontrei na jogatina teste. Já outros, servem para desbloquear moedas especiais, raios de Zeus e outros elementos poderosos que aumentam as habilidades de Fenyx.
Estes nos dão alguns puzzles bem divertidos de serem superados. Uma atenção especial precisa ser dada às fendas do tártaro. Estes locais nos levam para dungeons onde precisamos resolver puzzles de raciocínio lógico para alcançar um dos raios de Zeus. A mecânica lembra bastante os shrines de Breath of the Wild, mas tem seu quê de criatividade com mecânicas novas e usos inteligentes das habilidades da personagem.
Outros puzzles também desafiam a atenção, capacidade de observação e respostas rápidas do jogador. Em um deles, precisei desvendar mensagens simplistas em paredes para entender como um mecanismo específico funcionava. Já em outro, precisei de controles precisos para guiar uma flecha mágica através de vários aros distintos.
Tudo que vi neste early access me leva a crer que essa variedade de puzzles será um dos carros chefe da jogatina. Toda a exploração da ilha dos deuses deve girar em torno de encontrarmos e desvendarmos os segredos desses locais. A variedade e criatividade destas atividades me surpreendeu na demo, e deve agradar ainda mais no jogo final.
Combates de primeira
Outro dos grandes pilares de Immortals Fenyx Rising são seus combates. Os momentos de ação do jogo são de primeira. Seja pela fluidez e liberdade de movimentação durante os combates, ou pelas inúmeras possibilidades de combos. Poderemos melhorar skills e ajustá-las da forma que quisermos, de acordo com a própria Ubisoft. Nos testes, pude usar quatro delas.
As Lanças de Atena fazem com que dezenas de pontas de lança surjam do chão, jogando os inimigos para cima. O Martelo de Hefesto, por sua vez, faz com que Fenyx cause um grande dano em área jogando inimigos ao chão com a possibilidade de causar atordoamento. Pude também usar uma habilidade de atropelo com escudo e até chamar minha fênix de estimação para ajudar no combate.
Quanto aos inimigos, tudo indica que teremos uma variedade bem grande deles. Só na região de Hefesto, me defrontei com gigantes, colossos, ciclopes, crias de cérbero, harpias, górgonas, leões, javalis, ursos, soldados mecânicos, soldados corrompidos, espíritos e golens de metal. Cada um com seu próprio comportamento, ataques diferentes e habilidades especiais próprias.
No final da missão principal da demo, pude lutar contra um autômato gigante que me deu um pouquinho de trabalho. Interessante como a escala de tamanho dos inimigos pode variar consideravelmente, indo de criaturas comuns até monstros colossais. A Ubisoft sempre flertou com o fantástico na franquia Assassin’s Creed, mas de maneira velada. Sem a preocupação de ser “realista”, ela está usando e abusando da grandiosidade em Immortals, então podemos esperar batalhas verdadeiramente épicas!
Atividades secundárias
Immortals Fenyx Rising possui muitos coletáveis, muita ação e muitos puzzles a serem resolvidos. Isso por si só já é conteúdo o suficiente para o jogo ser bastante convidativo. Mas além disso, durante a minha jogatina, tive a oportunidade também de experimentar outras mecânicas.
Além de enfrentar ameaças diversas para coletar armas e armaduras, temos algumas atividades “secundárias” que aumentam o roleplay do jogo. Entre elas, um sistema de criação de poções para aumentar ataque, defesa, cura e recuperação de estamina.
Além disso, pude domar cavalos selvagens para serem usados como montaria. Em Immortals, não teremos uma mecânica muito complexa nesse quesito. Mas ela servirá para desbloquear novas skins para a sua montaria. Ao que tudo indica, teremos montarias lendárias e exóticas no jogo, que servirão de atividade opcional e devem render um bom desafio para os colecionistas de plantão.
Habilidades da protagonista e do jogador
As habilidades, magias e golpes de Fenyx são bem variados e conversam muito bem com os inimigos e puzzles do jogo. Os braceletes que permitem levitar determinados objetos, por exemplo, podem ser utilizados tanto em puzzles como para se defender de inimigos. Em um determinado momento, enfrentando um ciclope lendário que arremessava grandes rochas, pude segurar uma delas no ar com essa habilidade e jogá-la de volta nele, causando grande quantidade de dano.
Esse episódio em específico que ocorreu comigo é muito bom para demonstrar algo brilhante de Immortals Fenyx Rising: as mecânicas de jogo combinam com muita propriedade as habilidades desbloqueáveis da protagonista com as capacidades e habilidades de cada jogador. Há espaço para improvisar, tentar uma abordagem diferente, jogar “do seu jeito”.Algo que Zelda fez muito bem em 2017 e que, ao que tudo indica, veremos um próximo passo aqui.
Ter possibilidades de interação com objetos e com o mapa tão variadas é um excelente modo de explorar a criatividade dos jogadores. Um mundo aberto com combates bem formulados e um sistema de física e interação como esse podem criar possibilidades de interação e resolução de problemas que nem os próprios desenvolvedores necessariamente estão prevendo. O que é excelente do ponto de vista da jogabilidade, pois entrega uma experiência diferente para cada jogador, com base nas suas habilidades e na sua inventividade.
Uma aventura épica
Com tudo que pudemos ver e jogar em Immortals Fenyx Rising, o conjunto da obra é bem promissor. O jogo não reinventa a roda, mas parece executar muito bem mecânicas já estabelecidas em outros grandes jogos de sucesso. Um mundo aberto denso, colorido, cheio de coisas para se fazer e inimigos para derrotar é algo que ficou bem marcado nessa geração.
A evolução deste tipo de jogo foi crucial para o surgimento de grandes mundos como os de The Witcher 3, Zelda Breath of the Wild e Assassin’s Creed Odyssey. Em Immortals Fenyx Rising podemos ver uma certa continuidade dessa “evolução” de mundos abertos. Nada novo, porém aprimorado, diferente, com um tempero próprio. Na ilha dos deuses podemos escalar, voar, nadar, mergulhar, cavalgar, se esconder e muito mais.
Nos combates, podemos atacar à distância, furtivamente, com golpes leves, pesados, com dano em área, com esquivas perfeitas, com magias e até usar um inimigo contra o outro. Já na história, um pano de fundo mitológico pode até soar clichê, mas se for bem aproveitado pode cativar entusiastas da mitologia grega e jogadores que gostam de uma boa aventura com mecânicas de RPG.
Agora nos resta esperar para poder jogar mais dessa que parece ser uma excelente IP de final de ano (e de geração). Immortals Fenyx Rising chegará em 3 de dezembro para PlayStation 4, Xbox One, PC, Google Stadia, Nintendo Switch, PlayStation 5 e Xbox Series X.