World of Warcraft: Cataclysm (PC) – Primeiras Impressões
Continuando este clima da Blizzcon, nós trazemos agora para vocês nossas primeiras impressões a respeito do próximo lançamento da Blizzard, a expansão World of Warcraft: Cataclysm, que promete mudar tudo que você já viu em World of Warcraft.
Cataclysm introduz duas novas raças no game: os Goblins e os Worgen. A escolha dos Goblins como nova raça da Horda a princípio parece não ser muito animadora, pois os Goblins no jogo sempre foram vistos como meros mercadores não muito confiáveis, sem alguma capacidade “mágica” ou poder. Mas essa ideia logo vai embora ao jogar com um Goblin hunter. As cidade iniciais foram muito bem desenhadas no melhor estilo insano dos Goblins, com bugigangas e invenções malucas – umas mais loucas e engraçadas que a outra. As quests, além de também serem divertidas, estão simples de interpretar, fazendo com que novos jogadores de WoW não tenham nenhum tipo de dificuldade.
A nova raça da Aliança, os Worgens, por sua vez, eram uma das novidades mais aguardadas desta nova expansão. Gilneas, a capital da nova raça, tem um dos melhores e mais belos visuais do jogo, com suas construções que lembram muito as cidades europeias dos anos 30-40. Não bastasse isso, a história por trás dos Worgens é interessantíssima: a cidade de Gilneas foi infectada pela praga Worgen e apenas com a ajuda dos Night Elves que os cidadãos da cidade conseguirão sobreviver. As quests iniciais retratam bem isso, mostrando bem a transformação dos habitantes e seus novos poderes.
Goblins e Worgens de lado, o grande destaque na nova expansão é a presença do temível dragão Deathwing, o Destruidor. Com a volta de Deathwing, todo o mundo foi completamente modificado, áreas destruídas e partidas ao meio, novos lugares a explorar – tudo resultado do cataclisma causado pelo poderosíssimo dragão. Toda a sensação de destruição ainda é corroborada por você já ter visto Azeroth inteira. Isso também serve de motivação aos jogadores de níveis avançados começarem novos personagens para explorar essas mudanças em todos os continentes, com novas quests e mudança de quest level de algumas áreas.
Além das mudanças para os novos personagens, quem vem de Wrath of the Lich King também encontra boas surpresas em regiões antigas que estavam bloqueadas como Mount Hyjal e Deepholm, local onde Deathwing descansava. Quem segue toda a história de Warcraft sabe que essas regiões são as mais marcantes de toda a história pelos seus acontecimentos e o fato de você finalmente por os pés nessas terras também dá uma boa motivação para os jogadores de níveis avançados. Podemos encontrar nestas áreas novas quests, novos itens, dungeons normal e heroic de 5 jogadores e as duas dungeons classicas em suas versões heroic, Deadmines e Walling Caverns – uma das principais novidades dessa nova expansão. Os níeis de dificuldade dessas novas dungeons e raids, tanto no modo normal quanto heroic, estão muito acima das dungeons da expansão anterior, exigindo não só um personagem bem equipado, mas também agilidade e reflexo do próprio jogador.
As classes estão bem mais balanceadas, novas mudanças nos talents e novas skills diminuem a vantagens de algumas classes sobre outras mas mesmo assim não há como deixar todas as classes num mesmo nível. Todas elas receberam suas devidas modificações, mas acho que as mais importantes e que merecem destaque são os Hunters, que não usam mais mana e sim Focus, muito parecido com o energy dos Rogues e Druidas Feral; a nova UI de Druida Balance, com a barra do eclipse, tornando a rotação dessa árvore de talentos um pouco mais complexa do que a atual. Druidas Balance alternam suas skills em danos Arcane e Nature, fazendo com que a barra do Eclipse carregue para o Eclipse Lunar, se voce usar skill de dano Nature, e Eclipse Solar, usando skill Arcane.
Outra classe que recebeu um upgrade na interface foi Warlock, com o novo sistema de Soul Shard, que antes ficavam no inventario como um item comum. Os Warlocks agora têm um total de 3 soul shards, logo abaixo da barra de mana. Algumas skills consomem esse soul shard como um reagente, e, para “criar” outro, a skill Drain Soul é utilizada como se fosse um evocation dos Mages. Cataclysm ainda traz uma nova profissão secundária, arqueologia, que permitirá aos jogadores coletarem e eventualmente usarem artefatos de raças antigas de Azeroth.
Falando da parte técnica do jogo, o mais marcante são as melhorias gráficas do jogo. Os novos efeitos de luz e águamas tornaram o jogo muito mais atual, mas sem descaracterizar o game, ao contrário de muitos MMOs que lançam uma segunda versão do jogo, com gráficos melhorados, mas que acabam perdendo este elo com o jogador. Além disto, áreas já conhecidas dos jogadores como Kalimdor e os Eastern Kingdoms receberam designs novos, que permitirão a utilização de montarias voadoras, dinamizando o transporte dos jogadores de uma área para outra.
A interface de usuário continua basicamente a mesma, mas com alguns detalhes interessantes tanto para os jogadores mais hardcore, quanto para os iniciantes. Algumas destas novidades são as novas janelas de skills e talents e um upgrade no quest tracking, onde agora mostra uma seta no mini-map, indicando a direção do local onde está certo NPC ou a área onde os monstros que voce terá que matar estão. Outro destaque nesta interface é o novo instalador, que permite que o jogador vá desbravando Azeroth enquanto o game carrega.
No geral, a nova expansão está muito mais empolgante que a Wrath of the Lich King, bem diferente, mas sem perder o feeling de World of Warcraft. Mesmo trazendo apenas um acréscimo de 5 levels para os jogadores, existe muita coisa para os gamers fazerem até alcançarem o lv. 85. O jeito agora é esperar até 7 de dezembro, que é quando World of Warcraft: Cataclysm será lançado.
Esta matéria contou com a colaboração de Tabriz Vivekananda.