Resident Evil 3 de Dreamcast é a melhor versão do game entre as originais?
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Resident Evil 3 chegou em 1999, apenas para PlayStation. E agradou muito, ao levar o jogador para a mesma Raccon City que já havia sido explorada no game anterior, porém com Jill Valentine, novos locais, novos puzzles e a presença do inesquecível Nêmesis. O projeto, que era um projeto secundário e foi promovido a terceiro game canônico da série, é um dos mais queridos entre os fãs.
Um dos motivos é que ele conseguiu ser uma balança perfeita entre a ação e o survival horror. Embora tenha mais ação, mais explosão e mais adrenalina em seu gameplay, Resident Evil 3 também mantém a mesma mecânica original, com o “ir e vir”, os puzzles, e o ambiente de terror de uma cidade em colapso.
E o charme especial seria ninguém mais, ninguém menos, do que Nêmesis. A arma biológica, feita pela Umbrella para eliminar os membros sobreviventes da S.T.A.R.S., testemunhas oculares de seus planos e suas consequências, persegue Jill, em boa parte do jogo, de forma insistente e obstinada, já que foi programado para isso. Isso rendia momentos de escolhas, que ditavam mudanças na história e no desenrolar do game.
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O jogo saiu primeiro para o PlayStation, mas depois recebeu versões para outros sistemas, como o Windows (que receberia uma versão “definitiva” em 2006), o GameCube (que receberia a sua versão em 2003, quando a Capcom iniciou uma parceria com a Nintendo), e o Dreamcast, que teria as facilidades permitidas pela “conexão” com o sistema da Microsoft.
Para o Dreamcast, a Capcom usou de base a versão de PC, já que o console da SEGA tinha como sistema operacional uma versão otimizada do Windows CE, que garantia facilidade de ports de jogos vindos dos computadores. Além disso, o console possuía saída VGA, que deixava o visual ainda mais interessante, sendo uma solução muito interessante em dias pré-HDMI.
Só isso garante que a versão tenha personagens mais limpos do que no jogo original. O visual é mais bonito e detalhado, e também com cores mais vivas. Além disso, essa versão conta com o Modo Mercenaries aberto desde o início, não sendo necessário terminar o game para acessar o minigame, como era exigido no PlayStation. Também oferecia duas roupas extras para Jill, sendo uma delas exclusiva.
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Os controles também são levemente diferentes, por causa do esquema de botões do Dreamcast. Mas nada que atrapalhe a aventura, que é ainda melhorada por causa do analógico do console, que funciona muito bem e, mesmo ainda se tratando da era de “controle de tanque”, se sai muito bem. Preferi o analógico ao direcional, inclusive.
Além disso, temos também um charme em especial, cortesia do controle do Dreamcast e seu VMU. Infelizmente, o marcador de sinais vitais, que representa a vida dos personagens, não é visível por aqui. Mas ainda assim aparece uma simples imagem com a logo do game, que já era um diferencial bem legal do console.
Joguei o game em meu Dreamcast com um disco gentilmente oferecido pela Old Game, empresa especializada em produzir réplicas perfeitas de jogos antigos, que não são mais fabricados, em mídia física. O projeto envolve a reconstrução completa do game, o que inclui capa, impressão, gravação em alta qualidade e até manual. O produto se mostra de muita qualidade, e tem um papel muito importante na preservação de jogos.
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Seu funcionamento no Dreamcast também aconteceu de forma exemplar, se comportando como um real game original daquela época. Zero travamentos, zero problemas, desempenho excelente. A preservação de games não envolve apenas o jogo em si, mas também seus elementos originais, como capas e manuais. E é bem interessante saber que existem pessoas dispostas a trazer a mesma qualidade do passado, em jogos clássicos como o do Dreamcast.