O responsável pelo marketing do Xbox acredita que estamos na última geração tradicional de consoles
Aaron Greenberg é o responsável pelo marketing de Xbox e acredita que Playstation 4, Xbox One e o futuro Nintendo NX representam a última geração de consoles, pelo menos no formato o qual estamos acostumados, explicando que o futuro reserva conceitos diferentes para os games.
Tal posição veio junto com a apresentação do Xbox One S e a revelação do Project Scorpio, o que mostra que a Microsoft está com o plano de introduzir consoles cada vez mais poderosos em um intervalo de tempo menor, semelhante ao que já acontece no mercado de smartphones.
No conceito tradicional, os consoles levam cerca de quatro anos “úteis”, sendo substituídos por uma nova geração totalmente nova. O Scorpio, por sua vez, funciona mais como um upgrade do Xbox One, oferecendo 4K e gráficos melhores, porém, totalmente compatível com o que já saiu para o seu antecessor, já que é uma atualização e não um novo projeto.
“Para nós, o futuro será sem gerações de consoles. Acreditamos que a capacidade para criar uma biblioteca, uma comunidade, pode nos fazer capazes de melhorar o equipamento. Vamos apostar forte nisso com o Project Scorpio“, declara. Greenberg também explica o posicionamento do novo console: “Basicamente estamos dizendo que ‘isto não é uma nova geração; tudo o que você tem continua e funciona’. Pensamos nisso como uma família de aparelhos”.
Esta posição de fato traz algo muito diferente ao mundo do videogame. Ao invés de consumir os jogos do Xbox One por um período de tempo, e aguardar o “próximo Xbox“, começando o ciclo do zero, a proposta da Microsoft é a de fazer seu sistema de jogos funcionar como o mundo dos smartphones: todos os videogames rodam os mesmos jogos, porém versões mais atuais contam com mais recursos, melhores gráficos e possibilidades específicas. Seria o mesmo que o jogador de smartphone, que conta com melhores recursos de acordo com as capacidades de seu dispositivo.
Na Microsoft, não teremos mais “gerações” de consoles, e sim upgrades.
Este conceito, embora nunca usado em grande escala, não é novidade: o N-Gage, aquele celular com jogos da Nokia, contou com uma segunda versão atualizada, que mesmo sem ter ganhos técnicos, contou com grandes mudanças conceituais, nos dando a entender que, se o aparelho tivesse sido um sucesso, teríamos mais modelos do “console”. E o Ouya, que quando foi anunciado, oferecia a proposta de contar com upgrades de tempos em tempos, caminhando junto com as atualizações em jogos para Android.
Toda mudança faz com que os jogadores tenham opiniões variadas. Uns acreditam que estes “upgrades” são apenas maneira de fazer dinheiro rápido, enquanto outros já gostam da proposta, afirmando que pode ajudar de fato no desenvolvimento da indústria. Mas, como sabemos bem, apenas o tempo é que vai afirmar se a iniciativa da Xbox será sucesso ou não.
Via (Eurogamer)
