RetroArkade: O Retro VGS quer fazer você voltar a assoprar cartuchos!
Vamos assoprar cartuchos de fitas novas em 2015? Pela nostalgia, o Retro VGS está chegando aí!
O tempo passa, o tempo voa e além da Poupança Bamerindus não continuar numa boa, você que está lendo esta matéria continua assoprando seus velhos cartuchos e curtindo muito tudo isso. Porém será que em 2015, em meio a jogos vendidos em formato digital e Blu-Rays, existe espaço para cartuchos nas prateleiras das lojas? O Retro VGS acredita que sim!
Idealizado por Mike Kennedy, o projeto, que já tem cara e proposta, vai buscar crowdfunding entre julho e agosto para produzir em larga escala o console que terá como grande trunfo, o retorno dos cartuchos como mídia. Kennedy, que também é editor da Retro Magazine, afirma que o seu projeto busca “reestabelecer a cultura dos videogames, algo que foi desmantelado aos poucos durantes as duas últimas gerações”. Também diz que quer “promover a propriedade, tangibilidade e o colecionismo”. E tudo isso sem atualizações de sistema, download digital nem bugs, os muitos bugs que causam dores de cabeça, especialmente nos compradores de pré-venda.
O Retro VGS faz sentido para Kennedy, uma vez que o interesse pelos jogos retrô está cada vez maior, seja por esta própria coluna, seja pelos jogos retrô que sempre tem espaço nos celulares e consoles atuais (remakes ou inspirações), seja pelos colecionadores ou pelas lojas que ainda vendem jogos de Super Nintendo, Mega Drive e companhia.
O console, que lembra muito o Atari Jaguar, também representa um pouco do que seria os consoles caso as fabricantes insistissem no formato de cartuchos, sendo que o último sistema popular neste esquema foi o Nintendo 64 (e o Polystation). Ele contará com suporte para até quatro controles simultâneos, porém dois no “formato Atari” e outros dois USB. A semelhança com o Jaguar tem suas razões: Kennedy encontrou algumas ferramentas de desenvolvimento do “64-bit” da Atari, que adiantou muito o processo.
Os jogos serão cartuchos com memória Flash. Algo semelhante com o que existe hoje nos Everdrive, aqueles cartuchos chineses que rodam jogos de Super Nintendo e outros usando cartões SD. A equipe de desenvolvimento tem a missão de fazer cartuchos duráveis, se inspirando por exemplo, no Atari 2600, que tem jogos funcionando de maneira plena até hoje. Porém ainda não tivemos muitas informações referentes aos títulos.
Veja algumas imagens divulgadas pela equipe e veja como está ficando o console, cartuchos e controle:
A maior dificuldade é convencer estúdios a desenvolverem jogos para o sistema, porém os indies podem encontrar no sistema um espaço interessante para desenvolvimento, da mesma maneira que encontram no Ouya. Por isso, você que é entusiasta dos jogos antigos, pode começar a torcer pois se tudo der certo, terá um ambiente bacana para relembrar os tempos de ontem num console de hoje.