RetroArkade – Games de luta para o Game Boy

18 de agosto de 2019
RetroArkade - Games de luta para o Game Boy

Quando falamos de Game Boy, o que vem à mente, na hora, é Pokémon, e games como Tetris, Mario, ou mesmo alguns ícones do portátil, como Legend of Zelda: Link’s Awakening. Mas, mesmo não sendo o gênero mais popular do portátil, o Game Boy teve sim vários games de luta.

Entre adaptações sofríveis, ports interessantes, e até alguns milagres tecnológicos, conheça com a gente algumas opções interessantes de games de luta, que garantiam, na pequena tela do portátil, um pouco da ação dos fliperamas.

Street Fighter 2

Em 1995, com Super Street Fighter 2 alucinando muita gente nos fliperamas e consoles, a Capcom adaptou Street Fighter 2 para o portátil. E, na medida do possível, foi um ótimo trabalho. A música tema aparece com alguns sons idênticos a consoles mais modernos, como o som de entrada da Capcom, de seleção de personagem ou opção.

Nove personagens fazem parte do game, com seus visuais já atualizados conforme a versão Super. Ryu, Ken, Zangief, Blanka, Chun Li, Sagat, Balrog e M. Bison são os lutadores da vez, todos com seus cenários e músicas-tema. A ação é bem satisfatória, com opção de combos e magias. Não é um port brilhante, mas muito decente.

Street Fighter Alpha

Se levar Street Fighter 2 já era uma tarefa difícil, imagina levar Street Fighter Alpha. Mas o Game Boy Color recebeu uma versão, em 1999, quatro anos depois do lançamento do game nos arcades. Diferente do Street Fighter 2, o game não foi apenas uma adaptação, e sim um game totalmente refeito para o portátil.

Tirando a música irritante, o game também agrada. Aqui temos Ryu, Ken, Guy, Chun Li, Charlie, Birdie, Sodom, Adon, Rose e Sagat selecionáveis. O gameplay é bem dinâmico, e conta até com as barras de especiais. Tudo funciona de maneira adequada e, repetindo, tirando a música horrível, o jogo é excelente.

The King of Fighters 96

A Takara era a responsável por adaptar os games da SNK para outros sistemas. E, para o Game Boy, a solução encontrada foi bem interessante. Com personagens no estilo SD, o jogo ficou mais agradável, uma vez que este conceito de personagem se apresenta melhor na pequena tela do portátil.

Dentre todas as versões, KOF 96 é uma das melhores. São 15 personagens, que, mesmo sem o sistema de trio, se mostrava bem divertido. Era possível carregar a barra de especial e, milagrosamente, as muitas opções de um game KOF foram brilhantemente adaptadas nos dois botões do portátil.

Samurai Shodown

Outro bom trabalho da Takara, Samurai Shodown chegou ao Game Boy em 1994. Eram 12 os personagens selecionáveis, um número considerável, comparando com outros games da época. Tudo do game foi adaptado, como a barra de POW, os golpes com espada e a dinâmica de gameplay. Como os itens que caem no cenário de luta, por exemplo.

Destaque também para os cenários, cheios de detalhes, e pela ótima trilha sonora. A Takara conseguia provar que, mesmo com poucos recursos, era possível sim criar games de luta muito interessantes para o pequeno notável da Nintendo. Bastava apenas trabalhar com capricho, remover o que era necessário, mas sem estragar a essência, e aproveitar as oportunidades que o pequeno oferecia.

Killer Instinct

Por incrível que pareça, pouca gente fala desta versão. Diferente de outros games, que traziam suas versões anos depois dos lançamentos para outros sistemas, Killer Instinct chegou ao Game Boy na mesma época de seu lançamento para o Super Nintendo. E, assim como foi nos 16-bits, o portátil também contou com uma grande versão, na medida do possível.

Apenas Cinder e Riptor ficaram de fora, e alguns lutadores tiveram que ser adaptados, pelo motivo de que o portátil não suportaria tamanhos combos. Mesmo assim, o jogo faz jus a toda a aura de Killer Instinct e é uma ótima versão. O capricho foi tanto, que o game era adaptado com algumas cores para o Super Game Boy e, uma vez jogando no periférico, era possível jogar com dois jogadores, com os dois controles do Super NES.

Mortal Kombat

Mortal Kombat era onipresente em sua época. Todos os games da série saíram para diversos sistemas. E, entre eles, o Game Boy. O problema é que as versões de Game Boy eram terríveis. Não por causa dos cortes, que já eram previstos. Mas sim por causa do gameplay travado, estranho, que tirava toda a “magia” de velocidade de um game Mortal Kombat.

Do primeiro ao quarto, o Game Boy recebeu todos (isso sem mencionar na tragédia que saiu para o Game Boy Advance), um pior que o outro. Pelo menos, o portátil tem algo pra se vangloriar. Através de dica, era possível jogar com Goro, algo impossível em outras versões.

Primal Rage

Primal Rage foi um outro port feito pela Probe, a mesma que adaptava as versões de Mortal Kombat. Por isso, há algumas semelhanças em visual, barras de energia e outros elementos. O game é aceitável, mesmo precisando “perder” os humanos que corriam pela tela, algo que era a personalidade do game.

Eram seis combatentes, em uma dinâmica mais rápida de luta, em cenários preguiçosos ao extremo. Tão preguiçosos que você vê, claramente que se trata apenas de um elemento copiado e colado várias vezes. A música também não é lá aquelas coisas, mas no fim, é bem melhor do que os games Mortal Kombat para o portátil.

Game Boy Advance – Este sim um “portátil de briga”

Com o avanço tecnológico do Game Boy Advance, os games de luta tiveram, desta vez, mais espaço e capacidades para levarem boas opções aos fãs. Entre versões, remakes e games novos, o portátil recebeu games das séries The King of Fighters, Street Fighter, Guilty Gear, e Tekken, entre outros.

Destacam-se as adaptações da Capcom: Super Street Fighter 2 tinha cenários levemente diferentes, e contava com algumas surpresas. Já Street Fighter Alpha 3 surpreendeu por trazer todos os personagens, sistemas de luta e conteúdo. Era uma boa adaptação que, junto a outros games, garantiram ao GBA um lugar no coração dos amantes dos games de luta, que até hoje, se divertem com os títulos do portátil.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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