RetroArkade GOG – Visitando nos games o mundo ideal de Aladdin
Aladdin foi (e é) um baita sucesso da Disney, e também faz parte de uma época extremamente criativa da Casa do Mickey, chamada de O Renascimento da Disney, em que muitas animações de sucesso se tornaram eternas, e por causa disso, também geraram games de tanta qualidade quanto os longas que o inspiraram.
E é claro que a história, que foi um gigantesco sucesso de público e crítica em 1992, ganhou suas versões para o videogame. Naquela época, era comum que dois ou até mais estúdios cuidassem de versões e adaptações para os mais variados consoles que existiam na época, sendo as mais famosas a feita pela Capcom, para Super Nintendo, a de Master System, e a feita pela Virgin Interactive, lançada para Mega Drive e a que ganhou as adaptações para os outros sistemas, como a de PC, que é a que iremos falar hoje.
Fugindo dos guardas, esfregando lâmpadas, ou passeando de tapete por aí com a Jasmine, é hora de voltarmos para o século IX, na era dos sultões, e ajudar Aladdin tudo de novo, para que ele possa ver tranquilamente o seu mundo ideal.
O Renascimento da Disney
Claro que a Disney sempre foi gigante e bem sucedida em tudo o que fazia, porém estava estagnada e refém apenas de Mickey e seus amigos, no final dos anos 80. A empresa até ia muito bem com DuckTales, Tico e Teco e várias outras séries animadas, porém faltava um fenômeno, que levasse de volta a Disney para seus tempos em que seu fundador ainda era vivo e causava um enorme impacto cultural com Branca de Neve, Pinóquio e tantas outras obras que definiram para sempre o mundo do entretenimento.
E, trazendo de volta a tendência de adaptar contos clássicos, colocando linguagem moderna, animação de primeira qualidade, trilha sonora marcante e personagens carismáticos (e comercialmente exploráveis), em 1989 fomos apresentados a Ariel e sua história: A Pequena Sereia, que inaugurou uma nova era de princesas, seguida pela Bela de A Bela e a Fera e, posteriormente, a Jasmine de Aladdin. Entre 1989 e 2000, a Disney sempre colocava nos cinemas (e depois, nas clássicas fitas VHS verdes da Abril) um longa que tinha a “missão” de dar mais sucesso e lucro do que seu antecessor, e no meio disso, tivemos vários longas eternos, como O Rei Leão, Pocahontas, Hércules e Tarzan.
Em 1992, no meio desta época tão especial para os estúdios da Disney, eis que chega Aladdin, adaptação do conto Aladim e a Lâmpada Mágica, uma das histórias da coletânea As Mil e Uma Noites, que foca, obviamente, no que era mais interessante para a Disney: ação, romance e uma pegada bem mais leve do que os contos que os inspiravam traziam, sem mortes ou violência em excesso. Além das mudanças no conto, também houve outro fator determinante para o seu sucesso: a trilha sonora, que é tão inesquecível quanto o filme: se você não se lembra de “Um Mundo Ideal” (ou A Whole New World), provavelmente está no planeta errado.
O filme, seguindo a tendência dos sucessos da Disney, não conseguiu se limitar apenas ao seu primeiro filme, ganhando duas sequências em vídeo, uma série animada, exibida aqui no Brasil no Disney Club, e diversos produtos que são vendidos até hoje, além, é claro, dos games que pegaram carona no sucesso do filme.
Um mundo ideal
Os PCs, então, receberam uma conversão bem fiel ao jogo da Virgin, o que havia sido lançado para o Mega Drive. Mas, graças aos recursos mais avançados que os computadores tinham sobre os 16-bits, o jogo acabou ficando bastante impressionante, especialmente na questão da animação e do som, que transmite não só o clima de aventura das Arábias, como também a trilha sonora clássica do desenho, com direito a “Um Mundo Ideal” logo na abertura, nos levando direto para o clima do jogo.
A trilha é assinada pelo Tommy Tallarico, conhecido por trabalhar em outros games e por tocar o projeto Video Games Live, que no jogo em questão, sabiamente utilizou tudo o que de melhor foi proposto por Alan Menken, o compositor do desenho, que trabalhou em vários outros longas da Disney. Metade das dez músicas são adaptações do longa, porém as outras cinco são fruto da mente de Tallarico e sim, caberiam facilmente no filme, o que comprova ainda mais o capricho na produção do game.
No gameplay, algo muito simples, porém direto. Aladdin anda para a frente, ataca os guardas com uma espada (que ao invés de matá-los, os atrapalha cortando o cordão das suas calças, dando um ar mais leve para a ação) ou com frutas, passando por cenários inspirados na animação, com checkpoints, vidas e itens especiais, todos explicados logo no começo do jogo por uma tela.
Mas o que chama atenção, de verdade, são os cenários. Pelas 11 fases do jogo, que trazem Agrabah, o Deserto, a Caverna das Maravilhas e vários outros locais da animação, temos um dos melhores visuais de sua geração, com muitos detalhes e uma riqueza artística muito á frente de seu tempo. É quase como se o desenho tivesse sido transportado diretamente para o computador, e olha que estamos falando de uma animação que é extremamente elogiada ainda hoje, 25 anos depois de seu lançamento.
Aladdin é, até hoje, uma referência em jogo de plataforma. Rápido, direto e divertido, o game consegue conciliar um gameplay fácil para quem gosta de curtir um game apenas para passar o tempo, mas ao mesmo tempo enchendo de detalhes, para quem é mais dedicado e gosta de explorar as telas. E, obviamente, é um game obrigatório para todos aqueles que gostam de videogames e querem conhecer bons jogos, não importando a sua época.
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Assim como vários jogos clássicos, Aladdin está no GOG, com versões para PC, Mac e Linux. O jogo não tem DRM, o que siginifica que uma vez comprado, você poderá jogar em qualquer computador, sem restrição. E também é possível organizar a sua biblioteca de jogos com o GOG Galaxy, uma ferramenta que te ajuda a manter seus jogos atualizados e em ordem.
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