RetroArkade – Kiss Psycho Circus: The Nightmare Child
Os integrantes do Kiss, especialmente quando usam suas famosas maquiagens e armaduras, seriam facilmente personagens de um jogo de videogame, não é mesmo? Pois em 1999, aproveitando o sucesso do disco mais recente, Psycho Circus, e também uma bem sucedida aventura nos quadrinhos, a banda estreou um game bem interessante, no Dreamcast e no PC.
Naqueles tempos, os games de PC estavam evoluindo, graças à consolidação do DirectX, e também pela evolução natural dos computadores, que já permitiam melhorias gameplay e gráficos bem melhores do que os jogos do início da década. Quake e Unreal são dois bons exemplos da evolução que os games de computador viveram nestes dias.
Assim, o Kiss também ganhou um shooter, para chamar de seu. Feito pela Third Law Interactive e publicado pela Gathering of Developers, os fãs do lendário grupo de rock e os fãs dos games de tiro (ou os fãs dos dois), puderam conferir um game bem interessante. Que unia o bom e velho tiroteio nos games, com uma trilha sonora (mais ou menos) muito especial.
O que foi o Psycho Circus?
Para entender melhor o game, é interessante entender também o contexto do grupo no final dos anos 90. Psycho Circus foi o décimo oitavo álbum de estúdio do Kiss. Foi divulgado como o primeiro álbum a envolver todos os quatro membros originais da banda, coisa que não acontecia desde 1979.
Na verdade, Peter Criss e Ace Frehley, que já tocavam após muito tempo com Gene Simmons e Paul Stanley desde 1996, tocaram apenas algumas músicas do álbum, que celebraria o “retorno”. Tommy Thayer e Kevin Valentine foram quem tocaram bateria e guitarra na maioria das músicas, mas de qualquer forma, era um retorno, seja da forma que aconteceu, dos quatro membros originais. O suficiente para chamar a atenção dos fãs da banda e dos fãs de rock.
O disco surgiu após a turnê de reunião de 1996 e 1997, que foi bem sucedida. Um novo álbum selaria de vez o retorno da banda, que não acontecia desde Dynasty, de 1979. O conceito de Psycho Circus, segundo Simmons, surgiu como um tema de turnê do Kiss, mas também rendeu uma série de quadrinhos, que estreou um ano antes do álbum.
Os quadrinhos foram publicados pela Image, a mesma Image de Spawn, e contaram com 31 edições. No Brasil, os quadrinhos chegaram em 1999, através da Abril. Após duas décadas de quadrinhos publicados pela Marvel, a banda se mudou para a editora de Todd McFarlane, justamente pela proximidade e admiração com Spawn.
Na época, Gene Simmons disse que “o conceito veio de nós. O Psycho Circus é um tema de turnê que estamos trabalhando, que podemos usar o título até para um álbum”. Os quadrinhos levavam os membros da banda como seres sobrenaturais, conhecidos como os “Quatro-Que-São-Um”: o Demônio, Amante Estrelar, Celestial e Mestre das Feras. Os quatro estão ligados a um misterioso circo, que atrai atenção de algumas pessoas para seus integrantes. É um prato cheio pra quem curte o jeitão Spawn de se fazer quadrinhos.
Já o álbum Psycho Circus vendeu 110 mil cópias na sua primeira semana, e conquistou boa reputação entre os críticos. O disco conta com 10 faixas, com a extra “In Your Face” disponível na versão japonesa. Já a edição limitada trazia, também, mais seis faixas de gravações ao vivo. O álbum também rendeu quatro singles: “Psycho Circus”, “We Are One”, “I Finally Found My Way” e “You Wanted the Best”.
E o game do Kiss e seu Circo Psycho?
Com os quadrinhos e o álbum, faltava algo. E a “trilogia” se completou com um game. Baseado nos quadrinhos de mesmo nome, o game foi desenvolvido pela Third Law Interactive, sendo lançado primeiro para Windows, em julho de 2000. O Dreamcast, que usava Windows CE, teve a prioridade em um port, que chegou no final do mesmo ano, através da Tremor Entertainment.
Assim como nos quadrinhos, o game também assume a postura de carnificina e insanidade para a ação de FPS. A IGN, na época, classificou o game como um “beat ‘em up em 3D”, afirmando que apesar de ser um jogo de tiro, o que falava alto no game era o fim de “atirar em coisas e fazê-las explodir”. O gameplay, como todo game do gênero daqueles dias, tinha suas influências em jogos como Doom, assim como os contemporâneos Quake e Unreal.
Sua história envolvia os quatro grandes reinos: Água, Terra, Fogo e Ar, que, em harmonia, não libertavam a Criança do Pesadelo, uma entidade das trevas capaz de transformar tudo em caos. Os “quatro que são um”, no caso o Kiss, precisam evitar, com as armaduras dos Elders, o nascimento deste problema gravíssimo. E, para lidar com a situação, o game coloca o jogador em cenários insanos, inspirados nos quadrinhos, com hordas e hordas de inimigos.
A trilha sonora, como aguardado pelos fãs tem Kiss. Mas é curioso, pois, apesar do visual e influência dos quadrinhos, as músicas do Kiss, de forma geral, não combinam com o game. Entretanto, há outras músicas que não são da banda, que combinam melhor com o game. É esquisito, mas é assim que funciona.
Mas o grande problema aqui está na qualidade inferior do game. Como foi o primeiro game da Third Law, o jogo não oferecia a qualidade esperada, e desejada, uma vez que uma das maiores bandas de rock de todos os tempos estampava a capa, e que também era baseada em uma série de quadrinhos que fez o seu sucesso. As críticas ficaram entre o “ok” e o “terrível”, com o game recebendo críticas, principalmente, por ser algo genérico.
De qualquer forma, trata-se daquele capítulo especial dos games que merecem uma visita, seja pelo fã de games antigos e que gostam de FPS clássicos, ou pelos fãs da banda, que querem conhecer tudo o que o Kiss produziu em quase cinco décadas de história. Reflete um tempo nos quais os shooters em primeira pessoa evoluíam rumo ao formato que jogamos atualmente, e também uma época na qual o Kiss investia em outras mídias, incluindo games, muitos anos antes de videogames serem “algo legal” para músicos e bandas.
Shows do Kiss no Brasil
Antes agendados para 2020, e adiados devido às questões envolvendo a pandemia de coronavírus, a Mercury Concerts, responsável pela KISS, End Of The Road World Tour no Brasil, havia reagendado os shows, que passam por quatro cidades brasileiras, para o final de abril e início de maio.
Assim, as datas definidas para os shows, em suas respectivas cidades, são as seguintes:
– Porto Alegre/RS, 26/04/2022 (terça-feira) – Arena do Grêmio
– Curitiba/PR, 28/04/2022 (quinta-feira) – Pedreira Paulo Leminski
– São Paulo/SP, 30/04/2022 (sábado) – Allianz Parque
– Ribeirão Preto/SP, 01/05/2022 (domingo) – Arena Eurobike
Os shows haviam sido anunciados em 2019, durante o Rockfest, em São Paulo. E, quem possui o ingresso desde a primeira venda de ingressos, não precisa fazer nenhuma troca ou substituição, pois eles continuam válidos. O reembolso não será aplicado, em virtude da Lei 14.046/2020, que pode ser conferida neste link.
No entanto, o direito à meia-entrada, em São Paulo, será garantido para quem comprovar que, nas datas originais do show, 16 de maio de 2020, possuíam o direito. Informações em relação às outras cidades podem ser encontradas abaixo:
Serviço
PORTO ALEGRE
- Data: 26 de abril de 2022, terça-feira
- Local: Arena do Grêmio
- Abertura dos portões: 16h
- Horário do Show: 21h
- Classificação etária: 0 a 15 anos: entra acompanhado dos pais ou responsável – Acima de 16 anos: entra sozinho
Informações sobre ingressos: produtora Opus Entretenimento, ticketeira (https://uhuu.com)
CURITIBA
- Data: 28 de abril de 2022, quinta-feira
- Local: Pedreira Paulo Leminski
- Endereço: Parque das Pedreiras – R. João Gava, 970 – Abranches (PR)
- Abertura dos portões: 15h
- Horário do Show: 20h
- Classificação etária: 0 a 15 anos – entra acompanhado dos pais / 15 a 18 anos – entra acompanhado de um responsável maior de 18 anos / Acima de 18 anos – entra sozinho
Informações sobre ingressos: produtora Opus Entretenimento, ticketeira (https://uhuu.com)
SÃO PAULO
- Data: 30 de abril de 2022, sábado
- Local: Allianz Parque
- Endereço: Avenida Francisco Matarazzo, 1705 – Água Branca (SP)
- Abertura dos portões: 16h
- Horário do Show: 21h
- Classificação etária: 14 (quatorze) anos desacompanhados. Menores de 14 (quatorze) anos poderão comparecer ao evento desde que acompanhados dos pais e/ou responsáveis legais. Informação sujeita à alteração, conforme decisão judicial.
RIBEIRÃO PRETO
- Data: 1º. de maio de 2022, domingo
- Local: Arena Eurobike
- Endereço: Rua Edgar Rodrigues, 373 – Ribeirão Preto (SP)
- Abertura dos portões: 16h
- Horário do Show: 21h
- Classificação etária: 14 anos: Permitida a entrada acompanhados dos pais ou responsáveis legais. De 16 anos em diante: Permitida a entrada desacompanhados.
Informações sobre ingressos: produtora BConcerts, ticketeira (https://uhuu.com)*
*Em Ribeirão Preto, a Mercury explica que houve a substituição da ticketeira “Ingresso Rápido” pela “Uhuu”, em razão de questões logísticas naquela cidade.