RetroArkade – O dia que James Bond brincou de Velozes e Furiosos em 007 Racing
James Bond é sinônimo de espionagem e ação, na medida certa. Entre filmes, livros e games, o 007 conta com inúmeras histórias, que envolve toda a eficiência do agente preferido da rainha. No mundo dos games, o agente fez sua estreia em 1983, apareceu em diversos games nas gerações posteriores, mas foi em GoldenEye 007, da Rare, para o Nintendo 64, que veio a sua consagração.
Mas houveram dezenas de games estrelando o personagem. Dos FPS, como o já citado clássico dos anos 90, passando por games com ação em terceira pessoa, até alguns bem diferentes, como o que vamos ver hoje. 007 Racing, apesar de ter nome de jogo “Mario Kart”, não é uma aventura de corrida com os carros da série. Mas sim um game de ação, com foco nos carros tecnológicos (e caros) do agente, sempre equipados com um enorme arsenal destrutivo.
Vejamos, então, o que 007 pode nos proporcionar em quatro rodas, antes da chegada de sua próxima aventura, que será feita pelo mesmo estúdio de Hitman.
Contextualizando
Em 2000, as coisas eram um tanto diferente das quais estamos acostumados. Nos cinemas, o James Bond atual era Pierce Brosnan, enquanto nos games, naqueles dias a EA era quem possuía as licenças para fazer games de 007. Se não traziam a mesma qualidade do clássico da Rare, pelo menos choviam games. Eram vários, baseados em filmes, ou no universo contemporâneo do cinema.
Assim, havia ideias de vários tipos. Alguns focados no sucesso de Metal Gear Solid, que levou o nível de jogos de espionagem a um novo patamar. E este, especificamente, que se inspirou em um outro gênero, também comum na era 32-bits: o de missões com carros, como Vigilante 8, Driver e a série Twisted Metal. Desta forma, 007 entra em seu Aston Martin, e parte para resolver missões em quatro rodas.
O formato do jogo é semelhante aos demais: entre os níveis Agent e 007, algumas missões eram propostas, com nível de dificuldade ajustado, que influenciava o número de missões. Mas todas elas envolviam o uso do automóvel equipado, que resolveria as mais variadas missões.
Resolvendo tudo da maneira Bond, mas com quatro rodas
A ideia do game é bem simples: unir o gameplay de carro pronto para explodir tudo o que vê pela frente, com o estilo já comum da época de games 007. Traz uma história no padrão dos filmes da época também, que não tem nada de impressionante, mas consegue intrigar mesmo assim. É daqueles games que você ignora alguns problemas, para acompanhar o enredo.
São doze missões no total, que tentam ser bem diferentes, para somar variedade. São missões que vão desde o estilo Vigilante 8, com ação e ataque a outros veículos, até missões no melhor estilo Driver, como uma em que você precisa dirigir um carro com bombas em Nova York, no melhor estilo Velocidade Máxima.
Entre os carros, temos os usados por Bond durante os filmes, como um Aston Martin ou uma BMW. Todos equipados com a possibilidade de carregar metralhadoras e mísseis teleguiados. Ainda é possível fazer os carros soltar óleo e fumaça, para atrapalhar os inimigos.
Entretanto, um problema atrapalha o game: seu controle. Em 2000, o Dual Shock ainda estava sendo lidado de maneira inicial pelas desenvolvedoras, e muitas delas não sabiam direito o que fazer com os novos analógicos de Playstation. O controle é sensível demais, fazendo com que um pequeno toque para a esquerda seja uma virada brusca. Mas nada que um pouco de prática não resolva, além do MMMQRRQ, o código que você deve inserir como seu nome, para desbloquear alguns truques, que podem te ajudar nos primeiros contatos com o jogo.
Além disso, espere por gráficos no “padrão Playstation“, que mostram bem como eram os games para o console em seu último ano como console principal da Sony, pois o Playstation 2 já estaria dando as caras. E, além dos gráficos, o game vale exatamente por isso: para trazer uma parte importante dos games. A época da transição dos 32 para os 128 bits.