RetroArkade: Pular em rios gelados sempre é mais legal em Frostbite

13 de março de 2016

RetroArkade: Pular em rios gelados sempre é mais legal em Frostbite

Pular de bloco em bloco, tomando cuidado para não cair no rio gelado e sem ser pego pelos ursos ainda é divertido. Hoje é dia de tirar pó do seu Atari e jogar de novo Frostbite, vamos nessa?

O Atari 2600 não foi o primeiro console da história e disso você já sabe. Mas foi o primeiro console de muitos gamers e também foi no saudoso sistema que conceitos foram estabelecidos, seja com alguns elementos ou no gameplay como um todo.

No caso de hoje, nós vamos lembrar de um game que embora simples, era desafiador e divertido o suficiente para ser reconhecido como um dos melhores do Atari. Se você joga fases de neve hoje em seu game preferido, tenha certeza que um pouco de Frostbite está ali.

Um homem, um jogo.

RetroArkade: Pular em rios gelados sempre é mais legal em Frostbite

Em tempos de muitas limitações técnicas, era comum uma pessoa só fazer um jogo inteiro. Estúdios não precisavam de roteiristas, engenheiros de som, artistas e todo o resto, pelo menos naquele momento, então ficava a cargo de uma pessoa programar o jogo. Uma das razões que fez a Actvision lançar diversos títulos na era de ouro do console.

E na mesma Actvision, trabalhava Steve Cartwright. Steve, que também produziu Seaquest, entre outros títulos, programou sozinho Frostbite, inserindo todo o contexto de gameplay e desenhando níveis e personagens.

Após a Atari, Cartwight também passou por Accolade (o estúdio que lançaria depois Bubsy), Electronic Arts (se envolveu com os games de golfe da empresa), e Glu Mobile (que apesar de lidar com jogos diversos, também teve mais proximidade com os games esportivos).

Vamos pular, vamos pular, vamos pular, vamos pular…

RetroArkade: Pular em rios gelados sempre é mais legal em Frostbite

O “hit” de Sandy e Junior explica bem o contexto do game. Em Frostbite, você conduz um esquimó que precisa construir um iglu para se proteger das baixas temperaturas. Para construir sua casinha, é necessário pular de bloco em bloco antes do tempo acabar (simbolizado por temperatura), tomando cuidado para não errar o pulo e cair no rio gelado. Com o passar das fases, mais dificuldades apareciam na tela, como pássaros, blocos falsos e até um urso polar pronto para te pegar, exigindo além de reflexos, bastante estratégia do jogador. Sem esquecer dos peixes, que aumentam a pontuação

Tudo funciona com o simples, porém controle eficaz do Atari 2600: com a alavanca controlamos o esquimó, para os lados e para pular entre os blocos, enquanto o botão de ação serve para mudar a direção dos blocos, fazendo com que a casa diminua quando fazemos isso, simples assim. Podemos pular para cima e para baixo, seja para pisar em mais blocos de gelo, seja para desviar dos inimigos.

Um diferencial que Frostbite trazia em comparação aos outros games de sua época, era uma jogabilidade mais dinâmica e até dramática, já que tudo era pra ser feito de maneira rápida e eficaz, aumentando a dificuldade com o passar dos níveis.

Para os melhores, o Patch

RetroArkade: Pular em rios gelados sempre é mais legal em Frostbite

Obviamente que nós, brasileiros que jogavam em cartuchos da Polyvox, CCE e Gradiente, estávamos mais do que longe nas tendências dos games da época, mas era muito comum ganhar um patch de presente do desenvolvedor pelo seu desempenho no jogo.

No caso de Frostbite, bastava enviar a foto de sua televisão com a pontuação de 40 mil ou mais pontos no jogo pelo correio e você recebia o patch “Artic Architects”, prontinho para ostentar para seus amigos que você era “um fera” no game! Lembra desse termo… fera?

Para ver se sou merecedor desse patch e desenferrujar um pouco também, inventei de jogar um pouco Frostbite, mesmo enferrujado com o game, afinal não o jogo há anos. Te convido a dar o play e ver se sou merecedor ou não do lendário objeto que tão poucos foram merecedores:

E o futuro? Vamos jogar Frostbite de novo?

RetroArkade: Pular em rios gelados sempre é mais legal em Frostbite

Na verdade, você joga, e nem percebe. Claro que não estou falando do jogo em si e sim das mecânicas. Você pula em blocos de gelo em Crash? Atravessa por malditas fases geladas nas quais seu personagem sempre escorrega? Explorou o Nepal em Uncharted 2? Claro que estes games não tem influência direta com Frostbite, mas não temos como negar que o pioneiro no ramo basicamente ensinou toda uma geração de games de plataforma com estratégia e… frio.

Até games que não usam do tema “neve” contam com influência, como o Q*bert que já foi tema de RetroArkade há pouco tempo. O lance é que, embora o game Frostbite em si ficou destinado apenas como peça importante no “museu dos videogames”, seu legado está aí até hoje, divertindo com sua jogabilidade dinâmica e temática gelada.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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