RetroArkade: Vamos andar de moto de novo com os ratos do Esquadrão Marte?

2 de abril de 2017

RetroArkade: Vamos andar de moto de novo com os ratos do Esquadrão Marte?

Ratos marcianos que andam de motos invocadas e combatem o mal, como não amar? Durante a era criativa dos anos 90, que permitiam que animais se comportassem como humanos e nos ajudassem na luta contra o mal, entre tartarugas e patos, também contamos com ajudas dos queridos ratos, que vieram diretamente de Marte para contribuir para o time do bem.

E, como ouvi outro dia, “os anos 90 estão chegando”… de novo. Por isso, pode ir buscar sua moto que tá encostada em algum canto por aí e vir andar de novo com a gente, no divertido game de corrida que a Konami lançou em 1994, na época em que o desenho era bastante popular, inclusive aqui no Brasil.

Os ratos motociclistas de marte

Na saudosa TV Colosso, conhecemos uma raça de ratos em Marte que adoravam moto e viviam de maneira semelhante a nós, humanos. Mas, nos “comuns” genocídios espaciais, sua raça foi exterminada pelos plutarkianos, que acabaram fugindo e vieram parar no “único lugar possível em situações deste tipo”: o nosso planeta Terra, mais exatamente na cidade de Chicago.

E, com a chegada dos ratos, também chega Lawrence Bolacha, que é um plutarkiano disfarçado como humano que fará de tudo para tentar fazer o mesmo que foi feito em outros planetas com a Terra: extrair todos os seus recursos naturais. E, a partir daí, os episódios vão mostrando todas as tentativas do vilão, sempre atrapalhadas por Todd, Brad, Vinnie e a mecânica Charlene “Charlie” Davidson.

Seus 65 episódios, divididos em três temporadas, fizeram com que a criação de Rick Ungar se tornassem bastante popular, gerando inclusive três edições em quadrinhos pela Marvel. E, no concorrido espaço da preferência dos desenhos dos anos 90, tivemos em Esquadrão Marte um dos que ficaram pra sempre guardados na memória.

Correndo nas pistas do Super Nintendo

Pegando carona na popularidade do desenho, a Konami então lançou, em 1994, Biker Mice from Mars, um jogo com a participação dos personagens principais da série, heróis ou vilões, e colocou-os em corridas semelhantes a Mario Kart, com trapaças e pistas com armadilhas, mas com visão isométrica, o que exigia uma forma diferente de se jogar.

Toda volta, o piloto ganha um ataque para utilizar contra seus inimigos, e assim como na corrida da Nintendo, um item aleatório pode aparecer para trazer mais dinheiro (que é utilizado para upgrades nas motos), invencibilidade temporária, turbo extra, paralização do tempo ou um pequeno terremoto. Tudo bastante semelhante a outro game que também utiliza a visão isométrica e foi bem recebido pelo público: Rock’n Roll Racing. A ideia de se inspirar mais no game rock’n roll do que em Mario se mostrou bem acertada e deu identidade própria para o jogo, o tornando bastante divertido.

Tudo isso em cenários bem detalhados e coloridos, apesar das pistas serem menores do que o comum naquela época. O diferencial ali, além dos personagens, estava na forma dinâmica de se jogar, pois apesar de já estabelecida a fórmula da “corrida de trapaça”, neste game tudo acontece de maneira muito rápida, e as pistas curtas trazem ainda mais urgência para as disputas, já que mais do que nunca, a máxima “do último para o primeiro lugar”, ou vice-versa, se fazem presentes aqui.

O sistema de upgrades também é relevante, e deixam o gameplay mais interessante, já que você vai melhorar o que é importante pra você de fato, o que traz um pequeno grau de personalização, em uma época em que não havia tantos recursos para tal.

Eles tentaram voltar…

Sempre questionamos na RetroArkade sobre a possibilidade de retorno de um game, ou série. E o Esquadrão Marte voltou, em 2006, mas foram apenas 28 episódios em uma temporada. Um game para Playstation 2 foi lançado, na tentativa de alavancar a série, o que não deu muito certo.

Mas a verdade é uma só: enquanto existem projetos bons que acabam se tornando sucesso quando são lançados novamente, existem outros projetos que devem ficar apenas na nossa memória. O universo do desenho é bem interessante e claramente serviria para muita coisa bacana, mas a forma que costumam pegar as animações e refazê-las, tentando adaptar coisas que não são adaptáveis para um novo público, acabam fazendo com que não consigam cativar o público alvo e nem chamar atenção do mais nostálgico, que curtiu primeiro a série.

Com isso, nem é preciso falar que este game para o Super Nintendo é suficiente para nos divertir e que bom que a Konami decidiu nos colocar para pilotar motos do que nos colocar em missões de plataforma, que não sei se encaixaria bem neste caso. De qualquer forma, estamos falando de “mais” um game obrigatório, entre tantos outros games obrigatórios que o Super Nintendo tem para oferecer.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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