Review: Patapon 2 – PSP

14 de julho de 2009

Review: Patapon 2 - PSP

Houve quem dissesse, na época da invenção do jogo em ambiente tridimensional, que os dias do 2D estavam liquidados. Depois de mais de dez anos, Patapon 2 é lançado para dar seqüência a um dos maiores sucessos – bidimensionais ou não – do PSP. Patapon, de 2007, foi um estouro de vendas e reconhecido pela crítica e pelo público como um dos melhores jogos do portátil. Com tamanha espera por sua seqüência, os mais descrentes poderiam prever uma decepção por não alcançar as expectativas dos fãs das criaturinhas caolhas. Ledo engano. Patapon 2 consegue não apenas ser melhor do que o primeiro como também nos possibilita enxergar várias lacunas deixadas no game original que agora estão preenchidas.


À primeira vista, o jogo pode parecer muito similar à sua primeira versão, pois as novidades não se mostram todas já no início. O visual limpo e simples, a jogabilidade, os comandos e as armas não mudam, bem como a maioria dos animais caçados, A história começa quando a brava tribo dos Patapons resolve aventurar-se em águas nunca antes navegadas, e acaba naufragando após 49 dias no mar bravio. Felizmente, a tribo consegue chegar à margem de uma terra desconhecida, habitada por uma nova tribo rival, os Karmen. Cabe agora ao jogador, que novamente assume o papel de deus, guiar a tribo perdida rumo aos mistérios do novo território e às novidades do game a serem descobertas.
A primeira que nos aparece é a presença do Herói, uma nova classe de guerreiro patapon, que sozinho compõe uma unidade de combate. Em campo de batalha, o Herói pode fazer a diferença, pois não chega a morrer de fato – ressuscita após um tempo de espera, o que facilita muito vencer algumas batalhas. O herói possui um ataque especial no modo Fever que varia conforme a classe de guerreiro em que o jogador o posicionar. Aliás, o modo Fever agora não acaba mais ao menor descompasso. Uma caveira amarela junto de uma sirene aguda aparece para dizer que alguma parte do comando ficou fora do ritmo e que o jogador precisa se acertar no próximo compasso ou terá de começar a juntar combos outra vez. Isso é uma vantagem sem comparação, pois muitas vezes perder o modo Fever é lascar-se de verdade.

Review: Patapon 2 - PSP

Também há mais classes de guerreiros em comparação ao primeiro jogo. Para ser mais exato, três a mais: Os Robopons, que possuem braços mecânicos gigantescos, os Mahopons, magos do ataque e finalmente os Toripons, que montam pássaros e atiram lanças. Pela variedade de classes, os itens aparecem aos montes, então a customização de equipamento acontece mais facilmente. Não demora nada para que você tenha um exército massivo de rarepons (que agora são dispostos em uma espécie de árvore evolutiva) armados até os dentes.
Porém, a grande novidade do jogo é o modo multiplayer que permite até quatro jogadores em uma fase de chefe, que pode ser habilitada pegando ovos dos monstros derrotados no modo single player. Um dos quatro precisa trazer o tal ovo e então cada um encarna um dos vários heróis disponíveis para enfrentar o monstrengo em questão. Trabalho de equipe mesmo. Ao final da fase, um novo tipo de minigame aparece, onde os tambores devem ser batidos ao passarem por um indicador, e às vezes é preciso descobrir qual o tambor foi tocado apenas pelo som. Uma prova digna para os verdadeiros fanáticos Pataponianos.

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