Review – Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo (filme)
Historicamente, filmes baseados em games não são lá tão bons, mas de vez em quando surge um que promete salvar a lavoura. A bola da vez neste ano é Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo, baseado na trilogia Sands of Time-Warrior Within-Two Thrones dos games Prince of Persia.
A história de Príncipe da Pérsia consegue prender sua atenção, mas não é nada que vá ser candidato a melhor roteiro pela Academia no Oscar. O herói da película se chama Dastan (Jake Gyllenhaal), um menino pobre que, ao desafiar um dos soldados do rei Sharaman, chama a atenção deste e acaba sendo adotado. Ele então cresce ao lado de seus dois irmãos, Tus e Garsiv, sendo que Tus é o principal herdeiro ao trono. Um dia, Nizam (Ben Kingsley), tio dos três, aconselha Tus a atacar Alamut, uma cidade sagrada que supostamente traiu o império persa. É neste ataque que a Adaga do Tempo chega a Dastan.
Ao voltarem para casa, o rei Sharaman morre envenenado e Dastan é acusado de ter matado o próprio pai. Tendo agora ao seu lado a bela princesa Tamina (Gemma Arterton), de Alamut, responsável por guardar a Adaga do Tempo, o príncipe renegado busca então revelar a verdade e provar sua inocência.
Um ponto de destaque do filme são suas cenas de ação. Dastan passa o filme todo pulando de prédio em prédio, andando por paredes e realizando as mais loucas acrobacias permitidas pelo corpo humano. Tal qual todo filme de Jerry Bruckheimer, Príncipe da Pérsia também é recheado com algumas cenas em câmera lenta – apesar de que o filme num todo se sairia bem sem elas.
As atuações não comprometem, mas também não são de destaque. Gyllenhaal se mostra apto a atuar em filmes de ação, Ben Kingsley, grande ator que é, não foi exigido e cumpre bem o papel de vilão da película e Gemma Arterton pode não ser um primor de atriz, mas embeleza bastante o filme.
Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo conta com cenários belíssimos e figurino impecável. As músicas, todas instrumentais, dão o tom perfeito para o filme e casam com a história e temática.
Se você quer uma “sessão pipoca” das boas, Príncipe da Pérsia é o seu filme. Só não vá esperando um filme sensacional e extremamente fiel aos jogos, pois não é esta a intenção do filme. É uma película boa, que certamente ganhará uma ou duas sequências, mas que dificilmente marcará época como “O” filme de videogame.