Rock in Rio: Bon Jovi e Tears for Fears nos levaram de volta aos anos 80

23 de setembro de 2017

Rock in Rio: Bon Jovi e Tears for Fears nos levaram de volta aos anos 80

O quinto dia de Rock in Rio foi, principalmente, para viajar no tempo. Bon Jovi e Tears for Fears tocaram seus hits de mais de trinta anos de sucesso e, unidos a Jota Quest e Alter Bridge, conseguiram fazer juntos um dia bastante especial para o evento.

O Jota Quest foi o primeiro a subir no palco. Quem esperava grandes sucessos do grupo, como Encontrar Alguém ou As Dores do Mundo, pode até ter saído decepcionado, mas a banda trouxe uma boa variedade em seu repertório, partindo de clássicos como Na Moral, o “abraçaço coletivo” em Dentro de um Abraço e até momentos de ativismo político, como a introdução para Dias Melhores, que serviu para a banda apoiar o Amazônia Live, projeto de reflorestamento do evento, que ecoou um tímido “Fora Temer” do público.

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Já o Alter Bridge tinha uma missão um pouco mais complicada: seu som pesado destoava completamente da proposta pop rock da noite, e muita gente nem os conhece pra valer, mas mesmo assim Myles Kennedy, que tirou a “casca grunge” do grupo, trouxe com seus companheiros um show poderoso e que nos fez sentir ainda mais falta da ausência do dia do metal no Rock in Rio. Com um público que em sua maioria não estava lá para vê-los, a força musical da banda contagiou e fez com que, no mínimo, tivessem a atenção para si.

Tears for Fears e a elegância do Rock

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Quando o Tears for Fears subiu ao palco, introduzindo-os ao som do cover de Everybody Wants to Rule the World, cantado pela Lorde, a certeza era uma só: iríamos reviver todos os clássicos a la Alpha FM, o que de fato aconteceu.

Com muita elegância e competência, o duo entregou um show tecnicamente impecável, contagiando a todos que conheciam seus clássicos e se transformando em um karaokê a céu aberto. Shout, Head Over Hills e Break it Down Again foram alguns dos hits executados, que até contou com um cover de Creep, do Radiohead.

Você não espera um público animado e dançante em um show do Tears for Fears, mas com certeza absoluta, era possível ouvir a Cidade do Rock cantando junto com a banda cada sucesso, o que deixou o show ainda mais legal.

Bon Jovi: não são mais os mesmos mas continuam sendo os mesmos!

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Infelizmente, o tempo passa e nossos heróis mudam. A voz fica diferente, os tons das musicas diminuem e não ouviremos mais, pelo menos ao vivo, Jon Bon Jovi gritando a plenos pulmões Livin on a Prayer. Mas e daí? O público presente, o que inclui seus fãs, sabem disso e só queriam curtir o momento junto à seus ídolos.

Mais do que a performance de Jon Bon Jovi que, com seus sorrisos singelos e muita energia fez a Cidade do Rock pular com ele a todo momento, a sintonia banda-público era visível, fazendo com que o show tivesse um ar especial. A banda se deu ao direito de tirar músicas clássicas de seu repertório para dar lugar para músicas de This House is not for Sale, o mais atual trabalho da banda.

Assim, ficamos sem músicas novas, porém legais, como Who’s Say You Can’t Go Home, ou mesmo clássicos como I’ll Be There For You e a quase implorada Always, mas a mistura que envolveu Have a Nice Day com Bad Madicine agradou. Até a versão acústica e solitária de Someday I’ll Be A Saturday Night foi bem aceita e cantada pelo público.

No fim, o que tivemos no Palco Mundo foi uma celebração de banda e fãs. Tudo o que foi mencionado acima nem passa pela cabeça de quem foi ontem curtir o show, valendo mesmo esta ligação muito próxima vista durante as duas horas de apresentação, com banda e público curtindo a música juntos e convidando quem estivesse por perto para participar também.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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