A Game XP dentro do Rock in Rio acertou ao ser acessível a todos na Cidade do Rock
Uma das grandes novidades deste Rock in Rio foi a introdução da Game XP, evento de games que aconteceu dentro das dependências da Cidade do Rock, mas que terá funcionamento independente no ano que vem. Entre simuladores, torneios, eSport, pinballs e cosplay, o evento recebeu mais de 300 mil pessoas em suas dependências e se garantiu como um grande sucesso, “competindo” fortemente com tirolesa, palcos de eventos, estandes de patrocinadores e os shows do festival.
O evento em si, oferecia o básico para um evento de videogames: estações de arcades, pinballs e videogames para jogar lançamentos e clássicos, sejam eles fornecidos pelo próprio evento, ou por parceiros, como o Playstation que ofereceu free play de Crash Bandicoot e Knack 2, ou a Warner Games, que montou um estade baseado em Injustice 2. Também ofereceu atrações variadas como a NBA Fan Zone, um espaço com itens da liga, como bolas autografadas e camisas de jogadores, além de brincadeiras, como campeonato de arremessos.
Outras atividades bacanas envolveram torneios, como o de PES que tiveram a presença de Milton Leite, o narrador do game, e do Zico, que comentava os jogos e deixavam a transmissão mais “real”, além de Counter Strike, com a presença de Gabriel Medina, e do torneio de Injustice 2. Star Wars também se fez presente, com uma apresentação especial de Andreas Kisser, e os irmãos Moisés e Lucas Lima, que interpretaram vários temas dos filmes da franquia.
Os cosplays fizeram presença também no evento, desfilando pela Cidade do Rock e competindo em um torneio também, além de equipes de eSport, que vez ou outra apareciam por lá para interagir com o público.
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O interessante da Game XP é que, apesar de um evento de games, sua missão era um pouco diferente: enquanto um evento tradicional conta com a presença de um público que de fato sabe o que terá no local, além de querer ver de perto as atrações, sejam elas jogos, youtubers ou atletas de eSport, este evento tinha a tarefa de convencer o público, que foi lá para curtir shows, a fazer uma visita, o que fez com que seus organizadores pensassem muito bem na acessibilidade, oferecendo aos visitantes uma experiência gamer para quem não era lá tão aficcionado assim.
Acertaram muito bem logo na entrada, com um espaço bem grande baseado em Super Mario, para tirar fotos, e na área de brincadeiras da NBA, trazendo duas marcas fortes para atrair o público. Decidindo entrar no espaço, o local era bem convidativo para todos que quisessem jogar um pouco, experimentando um simulador de corrida ou encarando pequenas filas para jogar os títulos Playstation. E, os independentes também marcaram presença, com projetos do projeto Rio Criativo, apoiado pela Secretaria da Cultura do Estado do Rio de Janeiro. Jogamos alguns games lá e o potencial criativo está bem calibrado!
A Game XP não ofereceu grandes novidades no que diz respeito ao público gamer, como jogos antecipados ou projetos exclusivos (mas serviu de palco para a anúncio da chegada do Xbox One S no país), porém garantiu um grande sucesso entre aqueles que gostam de videogames, mas que não são entusiastas. Aqueles, que gostam de jogar Mario “de vez em quando”, mas que gostaram muito do que viram lá dentro. Ouvi bastante relatos de pessoas que não são gamers, mas que adoraram o espaço, dando ao evento o atributo de introduzir o mundo do videogame para estas pessoas, que podem ser potenciais gamers no futuro, dos que dançam Just Dance até os entusiastas de Injustice 2.
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Os videogames ainda sofrem atualmente com um grande problema de inclusão. Os games, em sua maioria, são complexos para quem quer iniciar sua jornada gamer e a comunidade ainda é muito exclusiva, discriminadora e pouco receptiva, tratando mal jogadores iniciantes e não tendo paciência com aqueles que querem aprender determinado jogo, ou que não dominam algum gênero. Por isso, a Game XP, se mantiver esta postura de oferecer espaços interessantes, incluir todos os tipos de jogadores neste espaço, mas também somar a presença de grandes nomes da indústria, e alguns lançamentos, poderá somar e muito no calendário de eventos do país, trazendo mais opções de feiras e atraindo um público potencial enorme.
A Game XP estará de volta em 2018, com uma segunda expectativa: se neste ano, estávamos curiosos em saber como seria o evento, dentro do Rock in Rio, no ano que vem queremos saber como ele será sem a companhia do festival.