Rock in Rio – Red Hot Chilli Peppers mistura sucessos com instrumental em noite variada
No retorno do Rock in Rio, após uma pausa de três dias, o festival retornou contando com Red Hot Chilli Peppers como a grande atração da noite. A noite começou no Palco Mundo com o Capital Inicial, e seus sucessos. Os presentes ouviram tanto as músicas dos anos 80 e 90, como Fátima ou Veraneio Vascaína, ou as músicas dos anos 2000, como Tudo Que Vai.
Dinho Ouro Preto ainda prestou tributo à Legião Urbana, cantando Tempo Perdido, e depois puxando capela com a plateia cantando Que País é Este. Emicida, Ibeyi, e Hip Hop Hurricane também levaram Hip Hop no Palco Sunset, que começou suas atividades com Francisco, el Hombre e Monsieur Periné.
Em seguida, foi a vez de Nile Rodgers e Chic. Apesar de parecer aleatório em um primeiro momento, a apresentação, recheada de funk, groove e soul, cativou, por razões peculiares, os fãs de Red Hot Chilli Peppers, que aguardavam o show que começaria mais tarde. O músico, que tem longo currículo no mundo do pop, tocou covers de Get Lucky, do Daft Punk, e We are a family, do Sister Sledge. Um momento bacana foi quando dezenas de pessoas subiram ao palco para dançar com a banda.
O Panic At the Disco assumiu, logo depois, o palco. Junto com o grupo, elementos eletrônicos, e metais com violino e piano. High Hopes foi um dos hits executados no show, que ainda contou com várias músicas antigas, de quando, na década passada, a banda explodiu. Eles ainda tocaram Bohemian Rhapsody, do Queen. A mesma música que já haviam executado antes, em Esquadrão Suicida.
E, por fim, chegou a hora do “Red Hot”. Apesar de a banda vir com certa frequência ao país (tocaram no Rock in Rio em 2017, e retornaram meses depois, no Lollapalooza, em 2018), os fãs não se cansam de vê-los. E em nova mistura de sucessos como Other Side ou Californication com jams e instrumentais.
A verdade é que o Red Hot, apesar de ser conhecido por seus sucessos na “era MTV”, entre os anos 90 e 2000, é também um grupo conhecido por ter uma boa performance instrumental. Basta ouvir o disco Freaky Styley, de 1985, que você entenderá o que quero dizer. Acontece que o público presente, em sua maioria, queria ouvir apenas os sucessos. Eles vieram, mas tais misturas não agradou muito aos presentes.
Mas, apesar deste sentimento ambíguo, o fã teve motivos para se divertir. Além dos sucessos, ainda cantou parabéns para o aniversariante, o guitarrista Josh Klinghoffer, que depois emendou I Don’t Want to Grow Up, dos Ramones.
O Rock in Rio segue nesta sexta (4) com a noite do metal. Iron Maiden, Scorpions, Sepultura, Helloween, além de bandas como o Armored Dawn no Palco Sunset, farão a noite mais pesada do evento.
Todas as fotos: I Hate Flash / Rock in Rio