Salão do Automóvel 2018: Testamos o Bolt, o carro elétrico da Chevrolet
Um dos “carros chefe” deste Salão do Automóvel, os carros elétricos chamam atenção por vários fatores. Seja pelo seu silêncio, soluções tecnológicas, ou pela praticidade de apenas “recarregar” o veículo, estes automóveis tentam conquistar seu espaço. Para conhecer melhor estes automóveis, a Chevrolet nos convidou para testar o seu elétrico, que chegou no Brasil, o Bolt EV.
Com a proposta de unir autonomia de um carro médio tradicional, oferecendo soluções semelhantes a este segmento, e preços também semelhantes, o automóvel elétrico tem, de acordo com a Chevrolet, capacidade de rodar 383 quilômetros com uma carga de bateria. Ele também conta com sistema regenerativo, que aproveita a energia de frenagens e desaceleração para alimentar as baterias.
O teste, apesar de simplificado em um circuito pequeno e fechado, é suficiente para tirarmos as primeiras impressões. E, a primeira impressão, que é a que fica, como dizem, é de que o Bolt é um carro muito divertido. O silêncio, que é estranho pra quem está acostumado com os motores tradicionais logo é adaptado. Dando lugar a uma direção bem leve e macia.
A Chevrolet anuncia que o seu carro faz de 0-100 km/h em 6,5 segundos. E sim, o carro arranca bem, mas o veículo foi feito para a cidade. Por isso, o foco maior é no conforto. Além disso, é preciso frear com um pouco mais de força. Afinal, estamos guiando um carro mais pesado, que conta com as baterias necessárias para fazê-lo andar. O câmbio funciona como um câmbio automático normal, e o Bolt conta com recursos bem interessantes.
Um é a borboleta do lado esquerdo do volante, que, ao invés de mudar marcha, serve como freio. Inclusive, com ele, a bateria é melhor alimentada do que o freio no pedal. E também há a posição L no câmbio, a One Drive Pedal. Que busca ativar o freio automaticamente, bastando tirar o pé do acelerador.
Carros elétricos: uma novidade que ainda “precisa se explicar”
Como tecnologia, os carros elétricos ainda precisam encarar alguns desafios e responder várias questões para o público brasileiro. Há, por exemplo, a questão do combustível, para saber se, de fato, vale a pena manter um carro sem visitas ao posto, mas com recargas constantes na tomada. A Chevrolet explica que uma hora em um carregador semirrápido, doméstico, garante 40 km de autonomia.
Enquanto carregadores rápidos, encontrados em alguns eletropostos, fornecem 145 km de autonomia com apenas meia hora de carga. Além da questão preço, também fica a dúvida sobre possibilidades de recarga em hotéis. Ou em caso de viagens a locais distantes, como casa de parentes.
Assim, os desafios dos elétricos são bem mais amplos do que as promessas tecnológicas (e o Bolt tem várias delas, como central multimídia, quatro portas USB e toda a conectividade disponível em um carro médio atualmente). Será preciso convencer, pouco a pouco, o consumidor brasileiro de que carros elétricos são, além de práticos, de fato, uma solução mais barata.