Seattle Supersonics traz não apenas covers, mas a experiência de um show do Nirvana em São Paulo
O tributo argentino ao Nirvana, Seattle Supersonics, está atualmente em uma extensa turnê pelo Brasil, acompanhado pela Orquestra Sinfônica Villa-Lobos, conduzida por Adriano Machado. Eles se apresentaram em São Paulo, na Audio, no dia 13, uma sexta-feira, mas estão passando por inúmeras cidades brasileiras.
A apresentação é uma grande oportunidade de levar um pouco do que foi o Nirvana para gerações que jamais verão um show da banda. Com o falecimento de Kurt Cobain em 1994, já são várias as gerações que conhecem o Nirvana apenas por seus discos e vídeos antigos. Mesmo não sendo os próprios membros, o tributo busca levar a excelência da experiência que um show da banda traria, décadas atrás.
A performance, dividida em dois sets, um com a orquestra e outro sem, cativou o público de diferentes faixas etárias, destacando a atemporalidade do trabalho de Kurt Cobain e sua banda. Foi realmente muito interessante entrar no local do show e ver não apenas pessoas mais velhas, que “viveram” a era do grunge, mas muitos jovens, com camisetas da banda, cantarolando as canções antes mesmo do show começar.
O início foi marcado por uma breve introdução da Orquestra, seguida por clássicos tocados pelo Seattle Supersonics, que subiram ao palco com figurinos inspirados na apresentação do Nirvana no programa francês “Nulle Part Ailleurs”. O show começou bem, com In Bloom, sem deixar de lado os clássicos eternos como About a Girl, Been a Son e o eterno Smells Like a Teen Spirit, que foi não só curtida por quem estava ali, mas vivida como se fosse um show de 1993.
A segunda parte do show focou em versões acústicas, um momento importante, já que o acústico do Nirvana é um dos mais bem sucedidos da história dos famosos acústicos da MTV. The Man Who Sold the World, o cover do David Bowie foi um dos exemplos da positividade da orquestra, que neste momento abrilhantou muito as músicas.
O tributo passeou por várias eras da história do Nirvana, demonstrando respeito pela história toda do grupo. Não só os clássicos e nem só o “acústico”, mas até o lado B foi apresentado, em um show de 26 músicas, que demonstrou um imenso trabalho por parte dos envolvidos em preparar um material que não demonstrasse apenas a sonoridade do Nirvana, como também o respeito por toda a sua história e essência.
Os fãs que lá estiveram, com certeza foram transportados para algum dia de 1993, mesmo se nem vivos estivessem nesta época. Pois o cuidado e o respeito do Seattle Supersonics com o legado do Nirvana com certeza serviu para transportar o fã para um momento único da história da música.
