Para sempre PS2: Pegue seu chicote e venha combater Lord Dracula em Castlevania!

9 de maio de 2015

Para sempre PS2: Pegue seu chicote e venha combater Lord Dracula em Castlevania!

Vampiros, castelos, monstros malignos, caçadores, chicotes, crucifixos, água benta e aventuras em 3D. Prepare-se para a maior batalha vampiresca do mundo dos games em Castlevania: Lament of Innocence e Castlevania: Curse of Darkness!

A série Castlevania sempre foi muito variada entre seus games, desde seu início no final da década de 1980 e início dos 90, com seus primeiros capítulos protagonizados pela família Belmont, passando pela renovação da série no incrível Symphony of the Night, pela primeira vez no 3D durante o Nintendo 64 e chegando aos portáteis com o Game Boy Color e Advance.

O Playstation 2 demorou um pouco para receber os seus próprios jogos da franquia, mas quando recebeu, não deixou por menos, com duas aventuras de responsa em três dimensões pra ninguém botar defeito. Vamos conferir um pouco mais sobre elas?

Os responsáveis

Para sempre PS2: Pegue seu chicote e venha combater Lord Dracula em Castlevania!

Primeiramente, não tem como falar de Castlevania sem citar os nomes que compõe o trio que praticamente reinventou a franquia, capitaneado pelo diretor e produtor Koji Igarashi, a designer Ayami Kojima e a compositora Michiru Yamane. Juntos, eles voltaram a produzir um game da série para consoles de mesa seis anos após o último game.

Depois de Symphony of the Night, a série recebeu alguns jogos para Game Boy Color e Nintendo 64 — a primeira vez que tivemos um Castlevania em 3D –, porém, nenhum deles teve o envolvimento dos três desenvolvedores, o que acabou se refletindo na identidade da franquia durante esses anos, e até mesmo na qualidade dos jogos.

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Mas a partir do ano de 2002 eles voltaram a trabalhar juntos na série, levando mais dois games no estilo clássico metroidvania para o Game Boy Advance, e finalmente em 2003 voltaram à produção de um game de console, resultando em Lament of Innocence, exclusivo de Playstation 2 e que seguiria com Curse of Darkness, em 2005.

Os games tem as características marcantes do trio: muita ação e exploração em cenários amplos e variados, marcas de Igarashi; design de personagens e artes oficiais com o estilo único de Kojima; e trilhas sonoras fortes que variam por vários estilos clássicos de música, como já se via em games anteriores com a participação de Yamane. Isso foi o passo definitivo para que Castlevania voltasse a figurar entre os grandes novamente.

Lament of Innocence, o reinício

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Castlevania: Lament of Innocence foi em muitos sentidos, uma espécie de reinício da série: depois de ficar eclipsado pelos grandes títulos exclusivos do Nintendo 64, a série se limitou aos consoles portáteis da Nintendo, e uma possível continuação para a versão 3D da série não estava nos planos, pelo menos por enquanto.

Lançado em 2003, o game era o 19º jogo da franquia em 17 anos de vida, mas, cronologicamente, se tornou o primeiro da série. Seu enredo se passa em 1094 e conta a história de Leon Belmont, um antigo nobre que abre mão de seus títulos para se dedicar à caçada contra monstros malignos e o resgate de sua amada em um misterioso castelo. O jogo ainda se destaca por contar a origem do clã Belmont, do poderoso chicote Vampire Killer e também do principal antagonista da série, Dracula.

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Apesar de não contar com personagens marcantes, o game nos apresenta Leon Belmont e conta uma história muito interessante, com diversos plot twists e até prende um pouco a nossa atenção, mesmo o foco principal do game sendo claramente a exploração e as batalhas contra diversos monstros.

As batalhas do game são no melhor estilo old school: armado apenas com um chicote, Leon Belmont adentra o misterioso castelo através de cinco portais que o levam à fases distintas, cada uma com um boss apelão para testar todas as nossas habilidades, além de vários segredos e salas secretas. Como uma transição de um side-scroller para três dimensões, o jogo acaba pecando um pouco na imprecisão dos controles, principalmente nas seções de plataforma, que se tornaram (ainda mais) desafiadoras. Então prepare-se para passar alguns momentos de raiva.

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Um fato interessante é que o jogo parecia ser uma versão 3D de Symphony of the Night ou mesmo de Harmony of Dissonance, com seu mapa gigantesco e ambientações variadas, mesmo que a falta de um bom level design deixe a impressão de repetitividade durante a jogatina, já que muitos cenários parecem arenas e ganham ares de dungeon crawler. O jogo ainda te força a lutar contra diversos inimigos para poder prosseguir, trancando portas e deixando o jogador na mão, caso não esteja preparado.

https://youtu.be/Izj8elq1o1Q

Mas mesmo assim, Lament of Innocence é um grande agrado audiovisual, contando com personagens e inimigos idealizados por Ayami Kojima, aliados à gráficos bonitos bem para a época, o que torna a aventura mais interessante ainda. Alie ainda uma trilha sonora de respeito, com diversas músicas que remetem aos primeiros Castlevania, com toques que vão de música erudita ao jazz e temos uma parte técnica invejável.

Curse of Darkness e o retorno de Dracula

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Depois de dois longos anos, em 2005, a Konami lança seu novo Castlevania tridimensional, Curse of Darkness, para a alegria dos fãs. O jogo prometia muitos elementos bem conhecidos pelos jogadores, tendo muitas semelhanças com Symphony of the Night.

A começar pelo seu protagonista, Hector — que passaria despercebido como Alucard se ninguém falasse, com suas roupas pretas e longos cabelos brancos–, um ex-general de Lorde Dracula. Além disso, ele possui a habilidade de summonar diversos ajudantes, que se parecem com os familiars do jogo de 1997, e ainda conta com uma variedade enorme de armas, que vão desde espadas normais até martelos gigantes de duas mãos.

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Uma curiosidade desse jogo, aliás, é o seu arsenal de equipamentos que trás muitos easter eggs e referências a outros produtos da cultura pop: desde a Alucard Mail — equipamento clássico do filho de Dracula –, passando pela máscara de Jason, uma guitarra elétrica digna de guitarristas do Slayer, até uma Power Glove, o tosco-bizarro-cult-clássico acessório da Nintendo. É preciso mencionar também que o jogo conta com sabres de luz à lá Star Wars e uma metralhadora minigun. Bem divertido, não?

Bem, mas qual era a história dessa vez? O enredo de Curse of Darkness se passa após Castlevania III: Dracula’s Curse e conta a história do já mencionado Hector, que depois de se rebelar contra seu ex-chefe (o Dracula), vai atrás de Isaac, seu ex-parceiro a serviço do tinhoso em busca de vingança. O jogo ainda manda bem trazendo versões atualizadas de personagens de Dracula’s Curse — como Trevor Belmont — em papéis importantíssimos.

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Fato é que o grande trunfo do jogo é a sua jogabilidade, que mesmo não sendo perfeita e trazendo ainda algum vestígio da movimentação travada de Lament of Innocent, era carregada pela sua variação de armas disponíveis e golpes que dessa vez lembram um pouco os jogos musou, como Dynasty Warriors. As lutas contra inimigos comuns e chefes se tornam muito agradáveis ainda pelo uso dos Inocent “I.D.” Devils, monstros que te ajudam durante as batalhas e em tarefas específicas, como te fazer voar por grandes distâncias ou atravessar paredes.

Dessa vez o jogo também trazia diversos inimigos clássicos não vistos em Lament of Innocence e chefões muito mais absurdos que os do jogo anterior, como minotauros e dragões gigantes, cavaleiros em peixes-caveira e o próprio Dracula fazendo seu retorno triunfal.

Outra curiosidade: esse é o único Castlevania até hoje que não possui morcegos como inimigos regulares durante o jogo! É uma pena que não vemos os monstrinhos icônicos nenhuma vez sequer.

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Para acompanhar e completar o ar de grandeza do game, tínhamos mais um grande trabalho do trio Igarashi-Kojima-Yamane. O jogo volta a trazer cenários variados e diversas “masmorras” para se explorar, que não se limitam mais apenas ao castelo de Dracula, agora tendo cidades e florestas para diversificar ainda mais a aventura.

Um pecado, no entanto, é que aqui a trilha de Michiru Yamane não brilha tanto como de costume, tendo poucas faixas realmente memoráveis e que de certa maneira abusa muito de percussões e tons mais soturnos.

Infelizmente, Curse of Darkness foi o último jogo da franquia à pintar no Playstation 2 e na era 128bits. Depois dele, o trio de desenvolvedores não voltou a trabalhar junto, e apenas mais três jogos da linha do tempo tradicional da franquia foram lançados, Aria of Sorrow, Portrait of Ruin e Order of Ecclesia, todos para Nintendo DS.

Seguidos ainda por alguns remakes e lançamentos duvidosos, como Judgement e o leve reboot Lords of Shadow, atualmente franquia ensaia seu retorno espiritual com rumores que apontam à Koji Igarashi estar desenvolvendo um novo game no estilo clássico que ele gosta de fazer. Será que há possibilidade dele se juntar ainda à Ayami Kojima e Michiru Yamane novamente? Só o tempo dirá.

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Mas uma coisa é certa: Castlevania deixou sua marca no nosso querido console de sexta geração com suas batalhas entre caçadores de vampiros e as mais bizarras criaturas das trevas. Concorda? Tem boas lembranças destes jogos? Vem trocar ideia com a gente nos comentários!

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