SnowRunner continua agradando no Nintendo Switch
Em 2020, fiz o review de uma das grandes surpresas, para mim. SnowRunner, a sequência de MudRunner, pegou uma ideia que já era muito boa, e melhorou o que o game original possuía, em diversos aspectos. Ampliou as possibilidades, aumentou o território, trouxe novos ambientes para nos aventurar e, talvez o mais interessante, caprichou no gameplay.
Assim, o game, que tem como premissa principal realizar entregas e fazer serviços como resgate ou o que mais for preciso em terrenos acidentados, usando veículos 4X4, conseguia ser desafiador para quem tem o interesse em aproveitar cada metro quadrado de lama, rios ou neve, mas também era acessível, para quem não tem muita experiência com este tipo de jogo.
Passado um ano após seu lançamento, SnowRunner expandiu. Conta com novos modos, incluindo um mais difícil, que desativa alguns facilitadores do game, e chegou ao Game Pass no Xbox, para que mais pessoas possam conhecer sua proposta. E, como razão deste review, também ganhou uma interessante versão para Nintendo Switch, o que nos permite curtir nossas aventuras na neve, em qualquer lugar, a partir de agora.
A versão de Switch segue o que já havia sido feito anteriormente no console, com MudRunner. Todo o conteúdo é exatamente o mesmo, com desafios nos pântanos dos EUA, na neve do Alasca, e na lama da Rússia. As únicas mudanças, obviamente, estão em relação as características do Switch, e seu poder de processamento.
Visualmente falando, SnowRunner roda de forma honesta no Switch, tendo como único problema, o fato de que tudo ao seu redor vai sendo construído, na sua frente. Árvores, alambrado, portões e árvores vão surgindo ou sendo definidas na sua visão, o que pode incomodar quem é mais exigente neste sentido. De resto, tudo “simples, mas de coração”, o que mostra dedicação neste port.
Mas em desempenho, o jogo roda de forma satisfatória, tanto no Dock, quanto no modo portátil. A Saber fez um bom trabalho ao conseguir colocar o game de forma jogável no console, afinal, há estúdios que apostam no Switch, mas não conseguem levar um bom desempenho ao console, coisa que felizmente não acontece por aqui.
E, no gameplay, tudo também funciona bem. Apenas não entendi a troca de comandos no Switch, uma vez que os comandos dos consoles atuais são padronizados. Como já havia jogado o game no Playstation 4 e depois em um Xbox, vira e volta me confundi com comandos simples, que foram remapeados, e sem sentido, já que os comandos do Switch são semelhantes aos dos outros videogames.
Além, claro, das limitações da Joy-Con, para jogos deste tipo. Especialmente com os botões L e R, para acelerar e frear, que não possuem as mesmas capacidades analógicas de consoles da Sony e Microsoft. Dão conta do recado, mas o game é melhor jogado com controles mais completos. Possuo um dongle que permite conectar um controle de PS4, onde o jogo ficou bem mais interessante.
Porém, como estamos falando de Nintendo Switch, nada é mais gratificante do que curtir um game como SnowRunner, em qualquer lugar. Como o game praticamente salva em qualquer lugar, é o game ideal para jogar em qualquer situação, servindo para longas sessões, ou aqueles cinco minutos de descanso do trabalho, ou da fila do dentista.
Como alguém que adorou SnowRunner, e segue jogando o game, após mais de 100 horas de Playstation 4, e mais algumas horas no Xbox, ter o game também no Switch é algo muito bom. Pelo simples fato de seguir fazendo as entregas pelos mundos do game, agora em qualquer lugar, e a qualquer tempo. É um game, na minha opinião, que combina muito com podcast, para ir dirigindo, como na vida real, ouvindo seu programa preferido. E, com a portabilidade do Switch, a experiência fica ainda mais divertida.
SnowRunner já está disponível, além do Nintendo Switch, para Playstation 4, Xbox One e PC. Rodando, via retrocompatibilidade, no Playstation 5 e Xbox Series X|S.