Sound Test Arkade Faixa 30 – Gustavo Santaolalla / The Last of Us
The Last of Us já era uma marco antes mesmo de seu lançamento oficial. Anunciado em 2011, o jogo foi aclamado pela maioria do público crítica especializada. Isso se deu, sobretudo, devido ao enredo pautado na condição humana e por trazer representação feminina à indústria.
Lançado em junho de 2013 exclusivamente para PlayStation 3, o título vendeu mais de 1,3 milhão de cópias na primeira semana e se tornou um dos melhores jogos sétima de geração de consoles — quiça, da história. The Last of Us também cravou a nova roupagem de produtos da Naughty Dog, que desde Uncharted já apostava em desenvolver games com narrativa mais madura e realista sem abandonar a boa aventura.
Com mecânica similar ao já consagrado Uncharted, o novo título do estúdio ainda trouxe elementos mais calibrados de stealth que qualificam a jogabilidade de sobrevivência. Isso confere mais dramaticidade à experiência, ambientada em mundo pós-apocalítico. A trilha sonora, produzida por Gustavo Santaolalla, é baseada em instrumentais minimalistas e melancólicos que aperfeiçoam todas as emoções que o game se propõe a transmitir.
O JOGO
Em The Last of Us, o jogador controla Joel, um sobrevivente ao caos gerado pelo fungo Cordyceps, que transforma humanos em monstros canibais (Infectados). Joel perdeu sua filha de maneira traumatizante, contada logo na introdução do game.
Após alguns anos, o protagonista vive em uma zona de quarentena com outros sobreviventes. Neste contexto, há diversos grupos formados por não infectados que lutam entre si devido à escassez de suprimentos.
Em uma missão de resgate de arsenal, Joel e sua parceira Tess fazem contato com uma líder da milícia Vaga-Lumes. Ela promete dobrar o fornecimento de armas caso os personagens levem a adolescente Ellie. Uma sobrevivente imune ao vírus, até um capitólio fora da zona de quarentena.
O COMPOSITOR
Nascido em 1951 na argentina, Gustavo Santaolalla é um compositor muito renomado no cinema. O músico venceu dois Oscars seguidos na categoria de melhor trilha sonora original com os filmes O Segredo de Brokeback Mountain (2005) e Babel (2006).
Além disso, Santaolalla trabalhou em outros filmes renomados, como Diários de Motocicleta, O Informante, Amores Brutos, 21 Gramas, Terra Fria, Na Estrada, Álbum de Família, entre outros.
O compositor já havia declarado desejo em desenvolver trilha sonora para um jogo eletrônico. Mas desde que este priorizasse a história seus personagens. Como Bruce Straley e Neil Druckmann, diretores de The Last of Us, já haviam elogiado o trabalho de Santaolalla durante o desenvolvimento do jogo. Assim, a Sony Computer Entertainment não precisou de muitos argumentos para contratá-lo.
A TRILHA
Com um método particular de trabalho que dispensa partituras, Santaolalla começou a trabalhar cedo no desenvolvimento da trilha sonora de The Last of Us. Seu ‘briefing’ se resumia à história do jogo e os temas que ela abordava. O que o convenceu de produzir algo mais sombrio.
Livre de instruções que limitassem seu processo criativo, o argentino se desafiou a utilizar instrumentos que não dominava para que o produto final apresentasse uma característica de perigo e inocência. Conceitos do qual The Last of Us é muito embebido.
Grande parte da trilha sonora produzida para o título conta com um violão desafinado que gera sons distorcidos e graves. Somado por outros elementos musicais minimalistas que causam sensações melancólicas e dramáticas. Tudo em consonância com o jogo.
Confira abaixo a playlist no Spotify de The Last of Us. E não se esqueça de seguir o Arkade por lá, e curtir nossas playlists dos melhores games.
Em 2013, a trilha sonora de Santaolalla para The Last of Us foi premiada no Grammy Awards. Em 2015, seu trabalho foi novamente reconhecido e entrou para o Hall da Fama da música clássica junto com mais 11 trilhas sonoras de jogos. Em dezembro de 2016, a Sony anunciou a sequência do título, The Last of Us Part II.