Testamos – Moto G6: Boas evoluções por fora, poucas novidades por dentro

5 de junho de 2018

Testamos - Moto G6: Boas evoluções por fora, poucas novidades por dentro

A Linha Moto G chega com fôlego e sucesso em sua sexta edição. Com isso, a Motorola mostra que segue investindo em pesquisa e desenvolvimento para entender as necessidades de seus consumidores e lançar um produto que atendesse ao máximo possível destas demandas, mas a um custo acessível, diferente do trabalho executado com os tops de linha.

Para a edição deste ano, a Motorola decidiu apostar em novidades estéticas, o que inclui uma câmera de lente dupla, uma tela de 18:9 e um design bem interessante. Por dentro, poucas mudanças, servindo mais como uma evolução. Acompanhe conosco uma análise mais detalhada do smartphone e de tudo o que a companhia colocou nele, para atrair os consumidores.

As maiores novidades estão do lado de fora

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Sim, foi na parte exterior que a Motorola investiu pesado, buscando trazer a sua linha G6 ares de modernidade, se adaptando a realidade atual do mercado e não deixando o aparelho ficar com cara de produto de entrada. De cara, você percebe que o Moto G6 é um smartphone grande, com a sua tela de 18:9, e que também conta com um design bem atraente, com seu brilho em vidro e um aro em metal. Ele tem aura de premium, pelo menos em sua estética.

Também acompanha o Moto G6 a câmera com dois sensores, a qual falaremos melhor mais tarde, localizadas no centro da parte traseira, acima do logo da Motorola, e um estranho, mas funcional sensor de digitais. O sensor é em formato retangular, e fica meio estranho de colocar o dedo para desbloquear. Funciona, mas pela necessidade de se colocar uma tela maior e a câmera ao centro, a solução encontrada foi esta, que apesar de funcional, não foi a melhor.

Temos também um auto falante na parte de cima do aparelho, que resolve e muito os problemas de colocar o dedo em cima da saída de som e atrapalhar o ouvir de áudios de todo tipo. O design do Moto G6 agrada, a sua empunhadura é boa e, apesar de estar mais pesado e maior que seu antecessor, oferece uma boa experiência no uso diário.

Tela e som

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O visor de 18:9 amplia as possibilidades de visão. Por ser ainda algo novo, apps e jogos rodam, algumas vezes, com a tela cortada, o que deixa tudo um pouco esquisito, mas nada que um pouco de costume, ou mesmo futuras atualizações, não resolvam. Já existem aplicativos que foram otimizados para este tamanho de tela, aproveitando melhor o espaço. E, mesmo aplicativos como o Youtube, permitem que você estique o vídeo, perdendo um pouco da proporção original, mas preenchendo a tela.

O interessante aqui é que estamos vendo algo que pode ser uma tendência futura nos smartphones, igual aconteceu com as câmeras duplas (que equipam o G6, inclusive). O LCD é competente, não compromete em nenhum momento e, mesmo sem entregar uma experiência completa, cumpre muito bem o seu papel.

O som, fica estranho no começo, por estar na parte de cima, mas não compromete também. Apenas senti falta de um som estéreo, afinal, com uma saída de som na parte de cima do aparelho, poderia existir numa boa outra saída na parte inferior, deixando o aparelho com um som bem envolvente. Mesmo assim, o som é alto, definido e não deixa o usuário na mão, em atividades do dia a dia.

As duas câmeras

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As câmeras, que oferecem 12 megapixels, com abertura de f/1.8 em uma lente, e a outra com f/2.0 e 5 megapixels, não oferecem a experiência que um aparelho com estas duas lentes atrás prometem. Claro, a lente complementar está ali apenas para ajudar o smartphone a fotografar com recursos que já aparecem nos aparelhos da marca: como o recurso de seleção de cor, que destaca apenas uma cor na fotografia e deixa o restante preto e branco, ou o modo retrato.

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O modo retrato

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Foto geral de Interlagos, sem tratamento

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O modo seleção de cor do Moto G6

As fotos ficam boas, com cores vivas e bem reproduzidas. O modo retrato também funciona bem, mas não espere resultados impressionantes. Ele apenas faz o essencial para que tais fotos possam ser tiradas, e sim, de forma satisfatória, mas não incrível. É preciso um pouco de atenção do fotógrafo na hora, mas, mesmo assim, uma coisa bacana nestes aparelhos é que é possível editar as imagens mesmo depois da foto ter sido tirada.

Uma novidade é o reconhecimento de objetos através da câmera, que, mirando-a em um objeto, leva informações para o usuário. Interessante, por exemplo, para viagens, no qual, colocando ela para ver um prédio, pode receber informações sobre o local, ou mesmo para saber o preço do notebook de seu amigo sem precisar perguntar pra ele. E, por fim, uma agradável surpresa: ele filma em Full HD, mas com 60 FPS, o que faz bastante diferença na hora de assistir.

E por dentro? Dá pra jogar PUBG nele?

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Por dentro, o Moto G6 aparece apenas como uma atualização. É claro que isso faz com que o aparelho continue oferecendo um bom desempenho no dia a dia, permitindo, nas suas capacidades, um bom gerenciamento de aplicativos, mas não espere nada além disso. O smartphone tem um Snapdragon 450 octa-core de 1.8 GHz, 3GB de RAM e 32 GB de armazenamento, com expansão para cartões microSD. Felizmente, é possível desta vez colocar dois SIM cards e o microSD ao mesmo tempo.

Para os games e outros recursos visuais, ele traz uma GPU Adreno 506, que, junto ao Android Oreo, permite que os jogos mais queridos do momento rodem sem grandes problemas. E, se roda os games, significa que, para o dia a dia, dá pra usá-lo numa boa em atividades básicas. Que é apoiada por uma bateria de 3.000mAh, que dá, em vistas de um uso moderado, praticamente um dia todo de energia, suportado pelo Turbo Power, que garante recargas mais rápidas.

No uso geral, o Android puro, com poucos apps além dos quais o Google coloca no sistema, segue sendo um dos motivos pelos quais a Motorola segue chamando atenção dos consumidores. Sem grandes invenções, apenas alguns poucos apps, como o Moto, que busca otimizar o uso do aparelho, e um equalizador da Dolby, estão presentes. E isso faz a diferença, tanto no espaço disponível, quanto no seu uso, permitindo acessar as redes sociais, ver vídeos e e-mails sem grandes problemas.

E, para jogar, o Moto G6 é sim um bom companheiro. Ele roda no máximo games antigos, como o Asphalt 8, com ótimo desempenho. Games mais exigentes, como o Batman da Telltale, até rodam, porém alguns engasgos acabam limitando a experiência, especialmente em um game de respostas rápidas como a aventura do Homem-Morgego.

Porém, o queridinho do momento, o PUBG Online, roda sem nenhum problema. Nas partidas que participei com o Moto G6, apesar de jogar com tudo no mínimo, o game não deu nenhum sinal de engasgo, e rodou de maneira bem satisfatória, com respostas rápidas na tela e trazendo muita diversão para quem curte o gênero. Jogos SEGA Forever também rodam de maneira bem satisfatória, mesmo com o espaço maior da tela, que acaba involuntariamente atrapalhando estes games, já que rodam em proporção 4:3.

Mas afinal, vale a pena ou não?

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Como todos os aparelhos da linha Moto G, o G6 vai valer a pena para o usuário que busca um bom desempenho, para tarefas mais essenciais, e que pode até contar com algum extra com os recursos de lazer que o mesmo oferece. Sua câmera, processador, memória RAM e GPU entregam um bom desempenho para aparelhos de sua faixa de preço, e garantem que ele rode o que há de mais atual, sem maiores dificuldades em seu tempo de vida útil.

Suas novidades externas chamam bastante atenção, especialmente pela sua câmera dupla e acabamento refinado, porém ele tropeça no preço. Estas melhorias, incluindo a tela, deram ao aparelho o preço de R$1.299, um preço um tanto salgado, para a sua proposta. O Moto X4, lançado no final do ano passado, por exemplo, traz um Snapdragon 630 e é mais barato. De qualquer forma, estas novidades podem ser apenas um teste da empresa, para aplicar de maneira mais concreta em seus próximos lançamentos, que poderão servir até para fazer leves mudanças em sua estratégia de negócios, o que justificaria o preço.

O Moto G6 já se encontra à vendaTestamos - Moto G6: Boas evoluções por fora, poucas novidades por dentro nas principais lojas do Brasil, pelo preço médio de R$1.299.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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