Testamos o Zenfone Go, o substituto do Zenfone 5 que promete o mesmo desempenho

15 de outubro de 2015

Testamos o Zenfone Go, o substituto do Zenfone 5 que promete o mesmo desempenho

A Asus apresentou recentemente o sucessor do Zenfone 5, aparelho lançado no ano passado: o Zenfone Go, smartphone que terá a missão de continuar agradando os adeptos da marca. Confira nossa análise.

Em evento realizado no começo do mês, que contou com a nossa presença, a Asus explicou bem suas intenções com o Zenfone Go: substituir o Zenfone 5, fazendo uma evolução técnica e oferecendo um produto semelhante, mas com algumas atualizações.

O aparelho na teoria é o mesmo, com recursos idênticos ao aparelho lançado no ano passado — e analisado aqui — mas com um novo processador, que promete desempenho semelhante, com menor consumo de bateria.

Porém o universo Android evoluiu em um ano, e novos aparelhos com melhores processadores e mais memória, além de games mais exigentes nos fazem questionar o seguinte: será que o Zenfone Go dá conta do recado? Vem com a gente conferir.

Especificações e design

Testamos o Zenfone Go, o substituto do Zenfone 5 que promete o mesmo desempenho

O design do Zenfone Go é semelhante ao de seu antecessor, porém ele é mais leve e mais fino. A Asus aproveitou melhor o espaço para colocar o mesmo conteúdo sem ficar com cara de “igual”. O aparelho segue a linha de design dos outros modelos, o que agrada os adeptos da marca e continua com sua tela de 5 polegadas e melhorias, como o botão liga desliga que segue a tendência e agora fica no meio.

Mas os botões de acesso continuam sendo no próprio aparelho e não tem iluminação, e continua atrapalhando muito o uso do dispositivo no escuro.

Suas especificações no site da Asus são as seguintes:

Testamos o Zenfone Go, o substituto do Zenfone 5 que promete o mesmo desempenho

Na teoria, são as mesmas especificações do Zenfone 5, mas com algumas diferenças, com o Android, que já sai de fábrica com a versão 5.1, o processador quad-core, que substitui os processadores Intel dos modelos passados e a bateria de 2070mAh, que segundo o fabricante, oferece o mesmo desempenho mas com menor gasto de energia.

O aparelho é dual sim, mas não aceita o 4G, repetindo a proposta do 3G+, que segundo a Asus, ainda tem mercado para conquistar.

Benchmark

Usando o AnTuTu Benchmark, podemos conferir um pouco melhor algumas informações e a posição do aparelho no universo dos smartphones.

Testamos o Zenfone Go, o substituto do Zenfone 5 que promete o mesmo desempenho

Aqui as informações ficam mais claras, com os 16GB do aparelho, que serão o mínimo da Asus daqui para frente, e quase que as mesmas configurações do Zenfone 5, incluindo mesma tela, mesmas câmeras e mesma GPU. De diferente, apenas o processador, a bateria pouquíssima coisa menos potente e a já comentada memória interna.

Testamos o Zenfone Go, o substituto do Zenfone 5 que promete o mesmo desempenho

E já ficou bem claro que o aparelho é de fato um modelo de entrada, ficando para trás quando “compete” com modelos mais avançados, incluindo o Zenfone 2, o aparelho top da Asus.

Vídeo e som

A já mencionada tela IPS de 5 polegadas é a mesma do modelo anterior e oferece os mesmos recursos. De maneira bem direta, o vídeo roda de maneira interessante, com cores vivas e bastante detalhes, mesmo perdendo definição com a tela em 720p. Ao passo de que o som dá conta do recado, e devido aos traços do aparelho, funciona bem até em uma mesa, já que sua saída é por baixo.

Ouvir vídeos ou jogos no auto falante não é uma das experiências mais interessantes, pois o conjunto é simples e ruídos são ouvidos facilmente por ali. Mas com fones de ouvido, a experiência melhora.

Bateria

Com as mudanças do processador, a proposta era de que o aparelho tivesse melhor administração de bateria. Mas na prática o que temos é um desempenho levemente superior ao antecessor, o que garante um dia de trabalho e nada mais, e isso se o usuário não exagerar nos recursos.

Desempenho e jogos

Em questão de desempenho, o Zenfone Go tem uma proposta totalmente diferente do seu antecessor. Enquanto o Zenfone 5 chegou buscando oferecer um desempenho aceitável com o poder do Intel Atom, a troca de processador para um quad-core da MediaTek fez com que o aparelho funcionasse de maneira semelhante no uso simples do Android, porém mostraç suas limitações quando mais exigido. Na prática, a Asus de fato trabalhou no Go para posicioná-lo como um aparelho de entrada, já que seus esforços de evolução técnica estão mesmo no Zenfone 2.

Como sempre, testamos alguns jogos no aparelho, o que serve para mostrar o quanto o dispositivo é funcional em games e o quanto ele pode ser exigido.

Ducktales Remaster

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O remake do clássico do NES roda sem muitos problemas por aqui, desde que o usuário se lembre de encerrar todas as atividades antes. O jogo funciona bem na tela grande e raramente tivemos problemas de controle. Porém em algumas raras ocasiões o game dá uma travada e roda “em câmera lenta”.

Need fot Speed: No Limits

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O game de corrida exclusivo para smartphones da franquia tem loadings mais demorados e graficamente, é inferior a outros dispositivos. Porém o game está lá, completo e roda de maneira fluída, já que contou com o devido downgrade. É a mesma coisa que jogar Metal Gear Solid V no Playstation 3: o conteúdo está lá, o jogo é divertido, mas você sente falta do “algo mais” que está no dispositivo com configuração superior.

Neymar Jr. Quest

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O game da Smyowl e Skillab foi escolhido por se tratar de um título que usa metade da tela para exibir suas informações, além de exigir bastante do toque para se criar grandes combos e concluir seus desafios. E no Zenfone tudo rola bem, afinal é um jogo simples, e que com uma tela maior, garante melhores resultados do jogador.

Conclusão

O Zenfone Go é exatamente o que ele propõe ser: uma evolução natural do Zenfone 5. Enquanto a Asus se dedica em melhorar seu conceito com o Zenfone 2, o Go chega como um dispositivo de entrada, mas com recursos e conceitos semelhantes aos do ano passado.

Embora a natural evolução do Android e seus aplicativos façam o aparelho sofrer um pouco, não podemos dizer que o sistema não funciona bem, já que está com o 5.1 de fábrica, porém estamos falando do típico aparelho “bom e barato”, que oferece sim desempenho, mas que fica atrás dos dispositivos top de linha. Para games, o aparelho consegue rodar satisfatoriamente todos os games disponíveis, o que significa que o aparelho pode ser bastante útil no dia a dia de quem quer desempenho, mas gastando pouco.

Junior Candido

Conto a história dos videogames e da velocidade de ontem e de hoje por aqui! Siga-me em instagram.com/juniorcandido ou x.com/junior_candido

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