The Town – Foo Fighters e fãs homenagearam Taylor Hawkins do melhor jeito: com muito rock!
Em 2022, quando os eventos estavam retornando aos poucos, após os meses de confinação e paralisação de eventos, o Foo Fighters seria uma das atrações do Lollapalooza Brasil. Entretanto, o que seria uma noite de reencontro, acabou se tornando em uma noite de tristeza, pois Taylor Hawkins, o baterista do grupo, faleceu dias antes, transformando o que seria o show do grupo em nosso país em um momento de homenagens.
Mas em 2023 o reencontro finalmente aconteceu. E foi no mesmo Autódromo de Interlagos, onde a banda tocaria no ano passado. Só que desta vez, foi no The Town. A banda, que já havia tocado em Curitiba dois dias antes, foi muito bem recebida pelo público, que faziam questão de demonstrar o carinho que sentem pela banda e pelo falecido músico.
Josh Freese, que substituiu Hawkins, também recebeu muitos aplausos dos fãs, especialmente nos solos de bateria. Cartazes com o nome de Taylor foram erguidos pela plateia, e ele foi homenageado mais ainda durante a interpretação de “Aurora”, que era sua música favorita da banda.
Mas nem por causa da emoção envolvendo Hawkins que o show foi triste. Pelo contrário, a banda entregou seus sucessos com a energia que os acompanham em todos esses anos, fazendo o público cantar cada uma das suas músicas, entre as clássicas e as mais recentes, do novo disco But Here We Are.
Muito a vontade no palco, a banda fez um show em que mais parecia uma roda de amigos tocando juntos. Tocavam pra valer em músicas mais pesados, enquanto alternavam entre solos, improvisos e conversas com a plateia.
O show começou com “All My Life” e “The Pretender”, e recebeu também músicas como “Times Like These”, “Learn to Fly” e “Breakout”. Em um ambiente “entre amigos”, a banda também improvisou, com Dave Grohl trazendo riffs de “Paranoid”, do Black Sabbath, e “Enter Sandman”, do Metallica.
Dave Grohl é conhecido por seu carisma e ele trouxe essa energia ao palco. Ele elogiou o público brasileiro como sendo único e afirmou que gosta de fazer shows em grande escala, como o do The Town. Ele aproveitou para exaltar o novo baterista, que deu conta do recado e mantém a banda ativa.
Apesar da ausência de Taylor Hawkins, o Foo Fighters entregou uma performance de alta qualidade. A plateia foi brindada com uma série de músicas incríveis, incluindo sucessos como “My Hero”, singles mais recentes como “The Sky is a Neighbourhood” e pérolas antigas como “This is a Call”.
Ainda tivemos músicas como “Monkeywrench” e “Best of You”, em um final que contou com um coro para “Everlong”. Tudo ficou como o esperado, se não fosse por um problema, que não é culpa da banda. O palco Skyline foi posicionado em um local ruim, em se tratando de um “palco mundo” do festival.
Se no Rio de Janeiro, você consegue ver o show principal de praticamente qualquer lugar, em Interlagos os fãs tiveram que se espremer em um pedaço entre as proximidades S do Senna, local onde o palco foi montado, e a área de recreação do autódromo, que no festival foi a área VIP. Além de apertado, a disposição do palco fez com que algumas pessoas não conseguissem ver direito a apresentação, em um layout que deveria ser reestudado para a próxima edição.
Mas detalhes a parte, sim. O reencontro do Foo Fighters com o público brasileiro foi emocionante, mas não triste. Pelo contrário. Taylor Hawkins foi honrado com o que a banda sabe fazer de melhor: tocar sua música.