Tribuna Arkade: jogador profissional de Counter-Strike abre o jogo sobre doping nos e-Sports

16 de julho de 2015

Tribuna Arkade: jogador profissional de Counter-Strike abre o jogo sobre doping nos e-Sports

Uma das maiores polêmicas dos esportes “tradicionais” parece já estar bem estabelecida nos e-Sports: Kory “SEMPHIS” Friesen, jogador profissional de Counter-Strike, falou sobre doping e a utilização de remédios que aumentam a concentração que rola no submundo das jogatinas.

SEMPHIS decidiu soltar a língua agora que saiu do time Cloud9, equipe profissional que participa de vários torneios de CS: GO pelo mundo.

Segundo o jogador, o uso de medicamentos que dão um boost na concentração é bem comum entre os jogadores profissionais. O mais comum é o Adderall, remédio indicado para o tratamento de transtornos psicológicos como o TDAH — Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade — e o DDA; o famoso Déficit de Atenção.

“Estávamos todos pilhados de Adderall. Eu não dava a mínima. Era bem óbvio se você parasse para ouvir nossas conversas”.

Como todo medicamento, o Adderall pode trazer riscos à saúde se usado indiscriminadamente: a utilização prolongada pode causar dores de cabeça, insônia, dependência, e aumenta os riscos de AVC ou parada cardíaca em quem é propenso a este tipo de problema.

Se o seu inglês estiver em dia, você pode conferir a entrevista abaixo — onde SEMPHIS fala também sobre sua saída do Cloud9 e de outros assuntos relacionados ao mundo dos e-Sports profissionais:

Mesmo já tendo ligas e campeonatos que movimentam milhões de dólares, os e-Sports ainda não tem padrões muito rígidos em relação ao doping e a outros problemas relacionados. Ok, o livro de regras de quase todos os torneios proíbe a participação de jogadores “sob a influência de qualquer droga, álcool ou outros melhoradores de desempenho”… mas alguém fiscaliza isso?

No início do ano, Michal Blicharz, o diretor administrativo da ESL One, contou ao Eurogamer que sabia de casos de jogadores que utilizavam medicamentos como Adderall e Valium, mas não enxergava isso como um problema para o torneio.

Você acompanha os torneios de e-Sports? O que acha da utilização de “melhoradores de desempenho” pelos pro players? Deixe sua opinião nos comentários!

(Via: Motherboard)

Rodrigo Pscheidt

Jornalista, baterista, gamer, trilheiro e fotógrafo digital (não necessariamente nesta ordem). Apaixonado por videogames desde os tempos do Atari 2600.

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