Um mês com o Apple Arcade. Veja como funciona o serviço de games da Apple, que traz bons games
Após o seu lançamento, todos os usuários de algum dispositivo da Apple finalmente puderam experimentar o Apple Arcade. A plataforma de games da companhia de Cupertino oferece um mês gratuito a todos os usuários. Quem gostou e quis continuar, já pagou o primeiro mês, e segue com o serviço.
Disponível para iPhone, iPad, Mac e Apple TV, a proposta é bem simples: pague R$ 9,90 por mês, e acesse o conteúdo do Apple Arcade, que está disponibilizado em uma aba específica na App Store. Veja os jogos que mais lhe agrada, baixe quando quiser e jogue, com a possibilidade de intercalar o gameplay de um dispositivo para o outro.
Na prática é uma ideia bem simples. Com o próprio iCloud da empresa, os saves ficam armazenados na conta do jogador. Assim, é muito simples começar a jogar no iPhone, enquanto está fora de casa, e continuar o gameplay no Mac, quando estiver em casa. Joguei Shantae, Neo Cab, entre outros, e é muito simples alternar os dispositivos. É só acessá-lo no outro dispositivo e o save está ali, do jeito que deixou no outro aparelho. Assim, dá pra aproveitar os games tranquilamente em todos os dispositivos.
Quanto à biblioteca, a Apple decidiu apostar no que já vem dando certo: games independentes, e, mesmo que de grandes estúdios, jogos simples, com gameplay diferenciado. Por enquanto, nada de Ghost Recon: Breakpoint no serviço. Até pelo motivo de que os jogos, em sua maioria, são leves o suficiente para rodar até em dispositivos mais antigos, que suportam os sistemas atuais, compatíveis com o Arcade. Lembrando também que os games são baixados no aparelho. Não rola o streaming, que é a proposta do Google Stadia.
Temos, então, o divertido Shantae and the Seven Sirens, Spidersaurs, o curioso Neo Cab, o psicodélico Manifold Garden, o 2D Towaga, entre diversos outros games. A lista é boa, acredite. As grandes produtoras estão presentes com Rayman Mini, Pac-Man Party Royale, Sonic Racing, e ChuChu Rocket! Universe. Mas, a cereja do bolo, por enquanto, é o excelente Oceanhorn 2. O belo game, que conta com muitas melhorias em comparação a seu antecessor, brilha muito por aqui, justificando quase que por si só, a assinatura.
Os games não são vinculados à sua conta Apple. Ou seja, se excluir, é só baixar de novo pela aba Arcade, e seguir a jogatina, já que o save está guardado. Os games que você comprou seguem disponíveis, pois funcionam de maneira separada da assinatura. E, claramente, haverá jogos que funcionarão melhor em um computador, enquanto outros imploram para serem jogados na TV, além dos casuais, perfeitos para serem jogados em qualquer lugar, em um iPhone.
O Apple Arcade se apresenta muito bem em seus primeiros dias. Jogos são adicionados regularmente, é simples trocar de dispositivos para jogar, e a biblioteca, embora não tenha nenhum nome de peso, é interessante, além de contar com boa navegação pelo app. Além disso, é possível adicionar até seis membros da família para o jogo, fazendo os R$ 9,90 render muito mais. O espírito dos títulos tem a alma indie, fazendo assim, com que fãs de games encontrem títulos muito bons.
O modelo atual de games móveis conta com duas forças. Os freemiums, como PUBG Mobile, Free Fire e tantos outros que oferecem gameplay gratuito, e vendem muita coisa dentro do game. E os games indies, que seguem fortes, a preços acessíveis, com suas boas ideias. É esta segunda vertente que fará a Apple Arcade seguir com uma biblioteca robusta, permitindo, eventualmente, a chegada de mais um título de peso, como foi com Oceanhorn 2.
Caminhando na contramão de outros serviços, que apostam em grandes games e grandes tecnologias, a Apple oferece bons games, alguns desconhecidos do grande público, mas, em sua maioria, muito divertidos. E, com o mês gratuito, não custa nada, para quem tem os dispositivos da empresa, conferir os games, e conhecer muita coisa boa que está disponível, pelo menos neste primeiro momento.