Um rover árabe vai levar Inteligência Artificial para a Lua pela primeira vez

31 de janeiro de 2023
Um rover árabe vai levar Inteligência Artificial para a Lua pela primeira vez

A Inteligência Artificial será utilizada na Lua pela primeira vez, através de um sistema de IA canadense, que está em um rover dos Emirados Árabes Unidos e que está sendo carregado por um módulo de pouso japonês, o Hakuto-R. Todos eles foram lançados pela SpaceX em dezembro.

O rover árabe Rashid tem previsão de pousar na Lua em abril, para buscar minerais e outros itens de interesse disponíveis na superfície do satélite. Enquanto isso, o sistema de IA canadense informará as tomadas de decisão do veículo no primeiro uso de uma inteligência artificial fora da órbita da Terra.

“Se funcionar, isso será extremamente importante para o impulso lunar da NASA”, disse o CEO da MCSS (empresa desenvolvedora do algoritmo, cuja sigla significa Serviços Espaciais para Controles de Missões), Ewan Reid. “A IA será uma ferramenta de habilitação crítica para a tomada de decisões a bordo de espaçonaves”.

Se tudo seguir o cronograma original, o Rashid passará 29 dias na superfície da Lua, o que significa, aproximadamente, um dia lunar. As imagens de navegação serão enviadas pelo Hakuto-R, que faz o papel de manter as comunicações com a Terra. De acordo com o algoritmo da MCSS, “cada pixel na imagem será classificado como um determinado tipo de terreno”.

Os dados serão levados para o escritório da empresa, que fica em Ottawa, e também serão compartilhados em universidades do Canadá, para ajudarem nas decisões para onde o rover deve ir. Com o sucesso desta missão, a tendência é de que missões futuras dispensem o ser humano destas tarefas, pois os engenheiros envolvidos com esta missão estão confiantes de que a inteligência artificial sabe diferenciar diferentes minerais, além de distinguir elementos como rochas e crateras.

“Na Lua, a IA pode economizar muita largura de banda de satélite limitada, uma vez que compartilharia apenas os dados, imagens e vídeos que os cientistas precisam”, disse Reid, que também esclarece que a tecnologia pode ser reaproveitada nas mais diferentes situações.

“Se tudo correr conforme o planejado, a demonstração lunar permitirá que a MCSS apoie outras empresas e organizações enquanto trabalham para implantar a IA em suas missões no futuro”, completou.

Junior Candido

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